Por Oju Oba Marco Aurélio Luz
Independência do Haiti 1804.
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O
presidente Trump revelou sua índole racista ofendendo os povos africanos e
citando primordialmente o Haiti nas Américas.
Durante
o período de luta de libertação os aldeões comandados
por Dessalines, derrotaram as tropas francesas de Leclerc e em 1804,
sedimentaram a independência do Haiti.
Já
no exílio Napoleão revelou sobre sua intervenção no Haiti:
“...tenho de me censurar pela tentativa junto à
colônia durante meu consulado. A intenção de fazê-la render-se pela força foi
um grande erro. Devia ter ficado contente em governá-la por intermédio de
Toussaint.”
Derrota das tropas francesas comandadas por Leclerc cunhado de Napoleão
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Os
ingleses que já tinham perdido metade da Jamaica libertada, gritaram aos
quatro cantos do mundo: fim do tráfico escravista!!! Abolição da escravatura!!!
A
estratégia foi de estabelecer uma política de colônias não só de exploração,
mas também de povoamento de europeus, e é assim que tem início a política de
branqueamento.
Com
Portugal submetido aos interesses do Reino Unido, logo D. João VI abre os
portos da colônia para a imigração de brancos especialmente nas regiões sudeste
e sul, onde ocorrem a “caça aos bugres” os massacres
dos povos Kaigang e Xokleng. Logo transformariam o “inferno verde” a Mata
Atlântica”, em “campos ridentes”.
Povo Kaigang
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No
Império, diante dos protestos da oligarquia agrária escravista, José Bonifácio
acalma o cônsul inglês Chamberlain:
“gostaria que os ingleses capturassem
todo navio negreiro...Não quero vê-los nunca mais... são a gangrena da nossa
prosperidade. A população que queremos é branca”...
A
preparação para a abolição consiste numa mudança de status da população negra;
será a transformação da classificação pelo aparelho jurídico de Estado de
“peça”, e “semovente” propriedade do senhor, em
cidadão livre, ou “livre de tudo” sem
acesso aos meios de produção como disse Marx.
Agora
caberá ao aparelho ideológico tentar manter uma formação social eurocêntrica. Tem
início com o convite de D. Pedro II aos ideólogos do racismo o higienista conde Gobinau e o
socialista arianista Lapouge.
A
Razão de Estado se alimentará das teorias científicas “psi” para estabelecer
padrões de “superioridade e inferioridade racial”, para erguer o edifício
racista que justificará na República, genocídios como o de Canudos,
perseguições policiais às instituições do povo negro e a constituição de um
imaginário de estereótipos e preconceitos que percorrem as instituições
oficiais e a sociedade em geral.
O
professor e psiquiatra Nina Rodrigues com a falsa “ciência da psiquiatria da
época”, relacionou a doença mental da histeria à manifestação de orixá da
tradição religiosa africano brasileira. Com isso, ele atacou a religião fonte
da civilização e também a população negra em geral, colocando-a numa escala
evolutiva patológica e inferior.
Importante também é a influência da ideologia do filósofo francês Augusto Conte, constituindo uma escala evolutiva baseada nas "etapas" da humanidade. Primeiro estágio o religioso com predominância do mito, depois o metafísico com predominância da filosofia e finalmente a etapa superior, o científico com a presença da ciência. Seu pensamento chamado de positivista muito influenciou a formatação do Estado Republicano no Brasil, e é de onde deriva o lema "ordem e progresso", ordem eurocêntrica e progresso acima de quaisquer limites ecológicos.
Importante também é a influência da ideologia do filósofo francês Augusto Conte, constituindo uma escala evolutiva baseada nas "etapas" da humanidade. Primeiro estágio o religioso com predominância do mito, depois o metafísico com predominância da filosofia e finalmente a etapa superior, o científico com a presença da ciência. Seu pensamento chamado de positivista muito influenciou a formatação do Estado Republicano no Brasil, e é de onde deriva o lema "ordem e progresso", ordem eurocêntrica e progresso acima de quaisquer limites ecológicos.
Espaço sagrado das águas na religião africano brasileira
Foto Hans Olu Obi
Apesar
disso a transposição pujante da civilização africana se realiza no Brasil e nas
Américas, e o povo negro mantém-se íntegro na luta pelos direitos de cidadania
plena.