quarta-feira, 3 de novembro de 2021

A MAGNÍFICA SISTER ROSETTA


 Por Marco Aurélio Luz




Sister Rosetta 
Imagem disponível em https://www.thezeallife.com/index.php/2020/02/27/sister-rosetta-tharpe-rock-n-roll-legacy/


Arkansas 1915 nascia Rosetta filha de Katie Bell Nubin que a acompanharia pelo resto da vida. Trabalhando na colheita de algodão e participando da igreja evangélica Katie Bell  cantava gospel e tocava bandolim atraindo fiéis para o culto.

Quando Rosetta tinha seis anos ela imigrou para o norte como muitos da população negra. Se estabeleceu em Chicago e acompanhando a mãe ela começou a se apresentar cantando gospel e tocando piano e outros instrumentos. Logo seu talento se fez notar e Rosetta se tornou a principal atração na igreja.

Com mais idade ela se dirigiu a noite musical de Chicago e se familiarizou com diversos estilos da música negra. Blues do Mississipi, Jazz de Nova Orleans, música cubana, formavam um conjunto de gêneros que designava o rythm and blues e ainda gospel e música country que ela conhecia alimentando seu talento e criatividade.


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Se destacava pela beleza de sua voz e o uso da guitarra elétrica um conjunto de inimitável força interpretativa pelo uso da síncopa e dos sons distorcidos e dissonantes.

Suas atuações atraíram também a indústria cultural do show business e ela sem muita experiência, assinou contrato de apresentações e gravou disco de expressão secular gerando críticas dos admiradores do gospel espiritualizado.

Ela porém nunca abandonou sua fé e transitava entre esses mundos e sempre admirada e amada.

Passado esses compromissos contratuais ela organizou suas próprias apresentações com grupos musicais como As Rosettes viajando pelo país. Ela adquiriu um ônibus e fez adaptações colocando camas no fundo para contornar as restrições de hotéis impostas aos negros pelo apartheid.

Cada vez mais admirada e amada por seu talento, beleza, alegria ela encantava a todos.

Conheceu Marie Knight e com ela fez uma dupla que se completavam e harmonizavam. A performance delas foi de muito sucesso. A dupla se desfez e ela continuou seu caminho de memoráveis apresentações.


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Músicos brancos de Memphis e arredores que procuravam assistir aos cultos evangélicos no fundo das igrejas foram fortemente influenciados pela música negra e viram em Sister Rosetta a “Mãe do Rock and Roll” e com Elvis Presley começaram a divulgar esse gênero e tomar conta do espaço musical.

Além de Rosetta, BB King, Chuky Berry, Litle Richard, e outros que estavam estabelecidos com seus talentos foram esmaecidos da cena musical pela presença dos roqueiros brancos na indústria cultural.

Rosetta perdeu esse espaço mas foi convidada por um músico de jazz da Inglaterra  Chris Barber eu admirador a ir para lá fazer uma série de apresentações.



Rosetta e Cris Barber 
Imagem disponível em https://www.thezeallife.com/index.php/2020/02/27/sister-rosetta-tharpe-rock-n-roll-legacy/

Ela fez enorme sucesso que está registrado no espetáculo para televisão inglesa que fez em 1964 numa estação de trem desativada em Manchester para uma plateia de estudantes.



Rosetta e sua mãe Katie Bell
Imagem disponível em https://dimitrivieira.com/sister-rosetta-tharpe/

Sua mãe, Katie Bell que sempre esteve ao seu lado partiu dessa vida e Rosetta ficou profundamente abalada e a partir daí não mais seria a mesma.