sexta-feira, 26 de junho de 2009

Atividades do Acra - Fundamentação Teórica

O Programa Descolonização e Educação – PRODESE, que tem como coordenadora Dra. Narcimária Correia do Patrocínio Luz, desenvolve produções acadêmico-científicas no contexto da diversidade étnico-cultural das Américas. Agrega pesquisadores, professores e estudantes que desenvolvem seus trabalhos no sentido de superar os paradigmas neocoloniais e etnocêntricos que estruturam a política de educação no Brasil, além de elaborar e difundir conhecimentos sobre educação referidos às alteridades civilizatórias que constituem a formação social brasileira.

O PRODESE está presente na Associação Crianças Raízes do Abaeté através do Projeto de Extensão DAYÓ: Compartilhando a Alegria Socioexistencial em Comunalidades Africano-Brasileiras, que foi desenvolvido com o intuito de estabelecer perspectivas profícuas na área de educação.

O DAYÓ de autoria de Narcimária Correia do Patrocínio Luz, é uma iniciativa sócio-educacional que visa à implantação de condições infra-estruturais que otimizem a legitimação dos valores comunais do bairro de Itapuã, e através dessa ação, promover o desenvolvimento físico-emocional da população infanto-juvenil. Assim, procura dar forma às narrativas de mitos, provérbios, música polirrítmica de base percurssiva, danças, dramatizações, divulgar a riqueza da biodiversidade que atravessa a territorialidade e estabelecendo ações de preservação, repertório culinário, conhecimento milenar sobre a complexidade de vida que atravessa as dunas, o mar, a lagoa, as hierarquias comunitárias, suas instituições, organização territorial, repertório de cantigas e histórias dos pescadores que acumulam narrativas valiosas sobre os princípios fundadores da territorialidade, o mistério do viver e as estratégias de continuidade da tradição, herança dos antepassados.

O desafio, portanto, é implementar perspectivas de linguagens em Educação que aproximem as crianças e jovens do universo simbólico característico da presença afro-brasileira em Itapuã, e assim estabelecer canais de diálogos que favoreçam a implantação de iniciativas capazes de abrir novos horizontes que permitam o direito à alteridade civilizatória das nossas crianças e jovens.

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