O sábado (2) foi marcado pelo centenário do sacerdote
afro-brasileiro e artista plástico Deoscóredes Maximiliano dos Santos,
conhecido como Mestre Didi, em Salvador. Integrando a agenda de comemorações, o
Governo do Estado, por meio das secretarias de Promoção da Igualdade Racial
(Sepromi) e de Cultura (Secult), nomeou o ‘Viaduto Mestre Didi’, na Avenida
Orlando Gomes, e oficializou o tombamento do Ilê Asipá, comunidade fundada pelo
religioso, no bairro Piatã. Os atos tiveram a presença de familiares,
integrantes do terreiro, autoridades, artistas e acadêmicos.
“Mestre Didi não foi somente mentor do Ilê Asipá, mas de
todos nós. Hoje, diariamente, seus discípulos praticam e preservam a religião
afro-brasileira com o rigor que o líder sempre ensinou”, afirmou o alabá
Genaldo Novaes, em nome da casa religiosa, durante o evento. Ele destacou a
sapiência e humildade que sempre foram as marcas do sacerdote, falecido em
2013.
O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, ressaltou a
importância das medidas tomadas durante as celebrações da Década Internacional
Afrodescendente. “O Governo do Estado abraçou a ideia de efetivar o tombamento
do Ilê Asipá e colocar o nome do Mestre Didi num viaduto, sem dúvidas, para que
ele tivesse uma presença pública ainda mais marcante em Salvador. Assim,
certamente será eterno na lembrança de todos nós”, destacou Dauster.
A secretária da Sepromi informou os trâmites do governo até
a concretização das homenagens, segundo ela, executados de forma transversal.
“Um conjunto de dirigentes, servidores e organismos foi mobilizado para a
realização destas importantes entregas. Uma ação continuada que culminou no dia
do aniversário deste grande líder. Marcamos na histórica os legados e
contribuições de um homem de múltiplos talentos, que nos ensinou o respeito à
diversidade religiosa e a preservação da cultura afro-brasileira”, disse Fabya
Reis, lembrando outras iniciativas, a exemplo do apoio ao documentário
‘Alápini, A Herança Ancestral De Mestre Didi Asipá’ e exposição no Teatro
Castro Alves (TCA), também neste ano.
Também estiveram presentes nos atos a titular da Secult,
Arany Santana, juntamente com o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e
Cultural (Ipac), João Carlos Oliveira, e o presidente do Conselho Estadual de
Cultura, Emílio Tapioca, que formalizaram o tombamento do Asipá; além do dirigente
da Fundação Pedro Calmon (FPC), Zulu Araújo.
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Matéria publicada no Jornal do Brasil em 03/12/2017
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