Aconteceu em abril de 2012 na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, debates temáticos e minicursos voltados para a
obra do comunicólogo, escritor, e um dos mais importantes pensadores da atualidade,
o professor doutor Muniz Sodré.
Autor de 36 livros, sua obra se caracteriza pelo ecletismo
das temáticas e dos gêneros, tanto nas teorizações sobre comunicação quanto a
continuidade da tradição afro-brasileira em abordagens eminentemente originais
abordando sempre o impacto da tecnologia nos contextos sociais. No que se
refere aos gêneros, Muniz se destaca além das narrativas científicas e
filosóficas, pelos contos e romances.
Agora o que mais sobressai na sua obra é que ele sempre se
mantém ligado ao seu solo de origem, a cultura e a sociabilidade da Bahia,
Salvador e o recôncavo que se constituem na seiva que alimenta suas criações.
A ACRA esteve representada pela presença de seu presidente o
professor Narciso José do Patrocínio, da professora Narcimária C. do Patrocínio
Luz, dos colaboradores Marco Aurélio Luz, Maurício do Patrocínio Luz e Marcelo
do Patrocínio Luz.
A professora doutora Narcimária Luz da UNEB integrou a mesa
de palestras livres juntamente com a professora Nizia Villaça da ECO/UFRJ e
Marcio Tavares professor emérito da UFRJ-ECO tendo como mediadora a professora
Raquel Paiva ECO/UFRJ.
“O Chão, a Roda e o Samba, Contribuições de Muniz Sodré para
a Educação” foi o titulo da comunicação da professora Narcimária que ressaltou
na obra de Muniz a presença simbólica do contexto de origem, a arkhé de onde se
lança a preocupação teórica caracterizada por sua inserção comunitária, ele é
Oba Aresa, integrante do corpo dos Oba do Ilê Axé Opô Afonjá, e por estar
familiarizado com os códigos e repertórios da cultura afro-baiana.
Raquel Paiva, Muniz Sodré, Márcio Tavares, Narcimária Luz nas homenagens na ECO UFRJ
Imagem: Acêrvo M.A Luz
Ela ressaltou então a importância da obra de Muniz para se perceber os paradigmas culturais que atravessam o sistema de ensino e os problemas aí advindos com referência aos contextos pluriculturais e as diversas formas e sistemas de comunicação existentes especificamente no Brasil. A partir daí, de uma abordagem que transcende e empiria, é possível procurar soluções para uma educação que contemple nossa riqueza cultural principalmente no que se refere ao continuo civilizatório africano-brasileiro, como aconteceu, por exemplo, com a experiência de educação pluricultural a Mini Comunidade Oba Biyi e que inspira a ACRA, ponto de cultura e seus trabalhos universitários de modo geral.
Raquel Paiva, Muniz Sodré, Márcio Tavares, Narcimária Luz nas homenagens na ECO UFRJ
Imagem: Acêrvo M.A Luz
Ela ressaltou então a importância da obra de Muniz para se perceber os paradigmas culturais que atravessam o sistema de ensino e os problemas aí advindos com referência aos contextos pluriculturais e as diversas formas e sistemas de comunicação existentes especificamente no Brasil. A partir daí, de uma abordagem que transcende e empiria, é possível procurar soluções para uma educação que contemple nossa riqueza cultural principalmente no que se refere ao continuo civilizatório africano-brasileiro, como aconteceu, por exemplo, com a experiência de educação pluricultural a Mini Comunidade Oba Biyi e que inspira a ACRA, ponto de cultura e seus trabalhos universitários de modo geral.
Ela citou diversos livros de Muniz que concorreram para seu
“tour de point” seu novo ponto de partida nas elaborações sobre educação,
principalmente “O MONOPOLIO DA FALA” e “SAMBA O DONO DO CORPO”.
A professora Nizia Villaça comentou os aspectos da obra
literária de Muniz, seus contos e romances, que se destacam por serem envoltos
pelas dimensões de regionalidade que se projetam em dimensões universais.
Dentre seus livros ela comentou “SANTUGRI” e “O BICHO QUE CHEGOU EM FEIRA” que
alude aos tempos da ditadura. O que caracteriza o seu “approach” literário de é
o humor e a alegria, que na obra de Muniz possui também status de categoria
filosófica.
O professor emérito Márcio Tavares admirou a quantidade e a
qualidade da obra e interpretou que o pensamento de Muniz possui fortes bases
filosóficas principalmente de Kant e Aristóteles. De Kant o pensamento de
indagar o que está por detrás da pergunta o paradigma que a sustenta. De certa
forma é essa a inspiração também de Foucault e de outros pensadores, mas em
Muniz a influência de Aristóteles principalmente da “ÉTICA” vai remetê-lo ao
contexto de onde nunca saiu o seu lugar de morada de “demeure” de permanência. É
o “ethos” o costume, os valores, a maneira de ser e de viver em determinado
lugar. O lugar onde alguém já disse, “a alegria é a prova dos nove”...
ALGUMAS OBRAS DE MUNIZ SODRÉ