sexta-feira, 28 de agosto de 2009

o Griot Doudou Rose Thioune visita o ACRA

Por  Rosângela Accioly



No dia 17 de agosto de 2009 tivemos um grande evento no ACRA, a visita do Griot Griot Doudou Rose Thioune, dentro do Projeto "KALAMA, um griot aficano visitando as escolas", de sua autoria .
A iniciativa da realização deste evento foi da Educadora Rosângela Lins Accioly e está contemplada no Projeto de sua autoria "Nro Ojù Oná: pensando caminhos", a proposta foi acolhida com muita alegria por toda a equipe pedagógica do Acra, pelos professore se pelo Presidente, Professor Narciso José do Patrocínio.

O Griot Doudou Rose Thioune é oriundo de duas famílias tradicionais e nobres de músicos e griot´s, cantor, dançarino, maestro, músico, compositor, inventor, reparador e afinador de instrumentos. O senegalês, nascido em Dakar, herdou o nome do avô, o primeiro músico de sucesso que divulgou a música do seu país no mundo ocidentalizado.
Eva Patrícia abriu a apresentação explicando para a atenta platéia o que é um griot: Um Griot é um contador de Histórias... que desde muito pequenos é preparado para isso, ele nasce numa família que tem a casta de griot (...) para ser griot tem que nascer em uma família de griot”

"O Griot “tem a função de divertir, entreter as pessoas, passar a história porque antigamente não havia nada escrito. Tudo que se sabe da história antigamente é o que os gritos viam e passavam de geração para geração, por isso são uma casta tão respeitada”.

O griot iniciou falando de si e de seu ofício e dos de sua casta de contar história e de tocar seus tambores. Apresentou também os tambores que traz consigo, explicando o nome de cada um deles e dos lugares da África em que são tocados.

A relevância da temática que trata da tradição oral é defendida por um dos mestres africano e conhecedor acerca das sociedades negro-africanas das Savanas Amadou Hampaté Bâ, que assim afirma:

Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à tradição oral, e nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apóie nessa herança de conhecimento de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. (BÂ, Hampaté A. 1982, p.181)”

Neste projeto, há uma preocupação com a preservação e valorização da figura do griot, pois este carrega em sua concepção de vida, a riqueza das histórias que foram preservadas de geração em geração pelos povos africanos que estão cheias de musicalidade, tradição, poesia e ludicidade.
A oficina de contação de história se faz importante uma vez que estão abrindo novos horizontes pedagógicos que legitimam perspectivas por meio da tradição oral, também os vínculos de sociabilidade relevantes para o fortalecimento da identidade cultural das crianças, dos jovens e adultos que nasceram e vivem intensamente Itapuã.


Cumprindo também o objetivo de intercâmbio com as escolas da comunidade, estiveram presentes os alunos do Grupo de Canto da Escola Municipal Manoel Lisboa, trazidos pela Pró Carminha e pela Pró Regina. Destaque especial para os alunos Sueide, Emerson e na Flávia.










Estiveram ainda presentes no eventos Thiago Bols estudante de Belas artes da UFBA e Décio Jr. estudante de música, também da UFBA.

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