segunda-feira, 19 de abril de 2010

E POR FALAR EM DATAS COMEMORATIVAS...

Tentando sair um pouco da cartografia neocolonial que estabelece um calendário de "datas comemorativas",a equipe da ACRA reuniu algumas reflexões importantes sobre temas que atravessam o nosso cotidiano, mas infelizmente continuam afastados de nós, a exemplo do “dia do índio” e “inconfidência mineira”.Quando esses temas entram na pauta das escolas ou na mídia aparecem na superfície, fragmentados, folclorizados, e tratados como “era uma vez”...Qual o significado dessas “datas” para a maioria da população brasileira?Estamos falando de História do Brasil?Como?De que forma?Para que?Que história é essa?Os povos que foram classificados como “índios” têm história?E o dia 19 de abril entra na vida desses povos de que forma?Acompanhem essa conversa através de textos, vídeos e músicas que instigam e ilustram de forma agradável elaborações que nos fazem transcender o discurso paternalista que persiste no imaginário social brasileiro.


”TERMINA A VIDA E COMEÇA A SOBREVIVÊNCIA”

Em 1854 uma liderança indígena do território de Seatle nos EUA, através de uma carta, registrou o sentimento do seu povo, face a proposta feita pelo presidente americano de comprar as suas terras. Essa carta é considerada uma das mais belas e profunda declaração de respeito e amor à natureza, que atravessa gerações convidando-as a manterem erguido esse elo com nossos/as ancestrais,com a origem do universo. A carta foi traduzida para o Caderno SEMENTES publicação do PRODESE em 2002 e assume o título”Termina a vida e começa a Sobrevivência”Aqui reproduzimos um trecho da carta.

Cada parcela dessa terra é sagrada para meu povo, cada brilhante,cada grão de areia da praia, cada gota de orvalho nos bosques e até cada som emitido pelos insetos é sagrado na memória e no passado do meu povo. A seiva que circula no interior das árvores leva consigo as memórias das peles vermelhas. A terra é a mãe dos peles vermelhas. Somos parte da terra e do mesmo modo que ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos. As pedras escarpadas, os prados úmidos, o calor do corpo do cavalo e o homem, todos pertencem à mesma família. O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai. A terra é sagrada para nós... Tudo o que acontecer na terra, acontecerá aos filho da terra”

Para saber mais ver SEMENTES Caderno de Pesquisa do PRODESE Salvador: EDUNEB, VOL 3, 2002, p.15



ELOS QUE SE COMPLEMENTAM

DE ITAPUÃ A OLIVENÇA

Aqui aproveitamos para destacar um trecho da História da Bahia contada por uma liderança Tupinambá de Olivença.

E não esqueçamos que a territorialidade de Itapuã (onde está localizada a ACRA) também fazia parte da vida do povo tupinambá.

Acompanhem.

“A gente gosta de relatar a história para que as coisas não sejam perdidas e para que, a partir de agora, a gente possa construir uma realidade mais favorável para nosso povo Tupinambá. Olivença era uma grande aldeia.
Era um bom lugar para morar, os índios circulavam resistindo à escravização de uma nova concepção de vida, mas sempre voltavam para Olivença. Por volta de 1560 teve a Batalha dos Nadadores, uma disputa entre os não-índios e os índios, onde foi quase dizimada a população indígena, principalmente os homens guerreiros.
Foi uma batalha contra o Mem de Sá, que era o governador intendente da Bahia, que rodeou os índios e até perseguiu em embarcações aqueles que tentaram fugir nadando. Diz a história que os corpos dos índios mortos davam, enfileirados na praia, 1 léguas, mais ou menos de 6 a 7 kilometros, um dos maiores massacres indígenas da história da região.
Logo depois é criado o aldeamento jesuítico,começando com a catequização. Muitos índios passam a buscar as matas para não cair na escravização do aldeamento jesuítico que aglutina também índios Tupiniquim, Camacã, Botocudo... índios capturados desde Ilhéus até Canavieiras. Os jesuítas forçam também a mudança da cultura dos índios escravizados. Trazem santos,
acabando com as tradições dos índios, botando eles para morar em famílias "tradicionais" e não mais em comunidades, cada um passa a ter sua casa, todas enfileiradas ao redor da igreja central, com as portas para a frente para que o sacerdote possa observar quem é que entra na casa de quem.
Muitos índios continuam a fugir para as matas.A partir de 1800, transformaram Olivença em vila, com status de município, com câmara de vereadores quase exclusivamente composta por brancos...”

Para saber mais ver MAGALHÃES,Cláudio http://www.indiosonline.org.br/blogs/index.

7 comentários:

  1. Comentário do grupo Caldeirão – VII semestre – Pedagogia Anos Iniciais - UNEB
    Andressa Santana
    Haian Araújo
    Lorena Dourado
    Natalia Mac-Allister
    Paloma Trindade
    Rosana Torres

    Acreditamos que a história ensinada nas escolas, ou na grande maioria delas, é aquela dos dominantes, pois é desta forma que a organização escolar regulamenta que deve ser feito.
    Analisando os livros didáticos, percebemos que há somente uma versão das narrativas históricas pondo de lado as verdadeiras histórias dos nossos ancestrais, prejudicando assim a construção da identidade cultural do nosso povo. Quando uma reformulação dessa realidade é solicitada, alguns educadores criam comemorações para datas que eles consideram históricas e de uma forma folclorizadas. Citando como exemplo a comemoração do dia dos índios, quando as crianças são fantasiadas e sem saberem o porquê daquelas manifestações.
    Não queremos aqui afirmar qual a cultura ou a história mais certa ou mais verdadeira, mas sim defender que as opiniões e as versões históricas devem ser expostas de forma igualitária para que os educandos possam expor suas ideias e pensamentos de maneira libertária, fugindo dessa alienação dominante do sistema elitizado.

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  2. Nesta postagem tema, sobre os índios, lembramos com desolação parte da história do povo brasileiro que foi destruída, apagada, desprezada. Essa história não é nossa história, pois, apesar de termos herdado parte dela, não somos conscientes da sua importância nas nossas vidas, ainda não sentimos orgulho por nossas verdadeiras raízes, tão esquecidas. Lembramos os astecas, os incas e os maias, supercivilizações que viviam em perfeito equilíbrio com a mãe natureza e a mãe terra e que foram totalmente exterminadas pelos brancos espanhóis. Aqui no Brasil não foi diferente, quantas tribos e nações foram destroçadas pelos brancos portugueses com a sua sede de ganância e racismo. Lembramos que este mesmo tipo de comportamento tido pelos ditos conquistadores europeus para com os nativos dessas nossas terras foi o mesmo comportamento que Hitler tivera posteriormente na Alemanha com a propagação do movimento Nazista que matou milhões de Judeus. Os conquistadores Portugueses, Espanhóis e Ingleses conluiados com o Clero também foram verdadeiros Nazistas. No entanto, em nossos dias sobrou-nos a cultura dos dominantes, dos conquistadores. Valorizamos a cultura Européia, Estados-unidense. Achamo-nos verdadeiros brancos com couraça e fuzil e continuamos a dizimar e arrancar a golpes de enxada as nossas verdadeiras raízes. Não queremos ser “selvagens”, pois a cultura hegemônica nos ensina que o homem da mata é um bruto e um ignorante. Não sabe falar, não sabe nada...na verdade somos parte do dito mundo civilizado do consumismo, da bomba atômica, das guerras, da violência, do sexismo, racismo e todo tipo de depravações. Somos orgulhosos do nosso título de "civilizados” e seguimos destruindo o planeta, as plantas e os animais. Não queremos olhar para as nossas raízes pois, talvez, lá no fundo percebamos que os índios sempre estiveram certos, que seus ideais e que a sua cultura são exemplos de respeito e amor ao planeta e nos sentimos envergonhados. Queremos sepultar nosso passado, pois, ele sempre nos atormenta com pesadelos nos dizendo: o que fizemos? O que fizemos? E nos sentimos profundamente culpados. Mas nós enquanto verdadeiros herdeiros desses povos temos por obrigação desenterrar este passado, reconquistar o lugar do homem indígena em nossos corações, não como verdadeiro dono dessa terra como muitos querem, pois o homem-índio, não tem sentimento de posse, ele sabe que a terra é apenas um lugar de passagem ofertado pelo Criador, mas como nosso antepassado, nosso sangue, nossa origem. A cultura do “selvagem” está cada vez mais viva, principalmente em um mundo de crise econômica e financeira, crise de valores essencias éticos e morais, com o agravamento ecológico, o aquecimento global e o eminente perigo da extinção da raça humana sobre a face da Terra. Os valores e saberes do Homem-índio são verdadeiramente o caminho para a construção de um novo mundo, de um novo planeta, equilibrado, preservado, sustentável, integrado. Precisamos amar a Mãe Terra, precisamos Amar a todos em fraternidade, precisamos reacender a chama dos “Filho da Terra”. Meditemos!!!!

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  3. Comentario do grupo Onix - VII semestre - Anos iniciais - Uneb
    Claudia
    Jaqueline
    Fabiane
    Amanda
    Aline
    Juliana


    Estudar Pedagogia nos estimula, ou nos leva a refletir muitas coisas que nos acompanham há muitos anos e que permitimos passar despercebidas. No período escolar, por exemplo, pessoas nos instruem e somos conduzidos a pensar e nos acomodarmos a ver as coisas do jeito que são apresentadas, sem buscar uma nova perspectiva.
    O dia do índio é uma das situações que precisa ser repensada e como já mencionada somos conduzidos desde a pré-escola a lembrar do índio apenas no dia exato: Dezenove de abril. E quanto aos outros dias? Não é passado vídeo, reportagem, assuntos, conteúdo interdisciplinar pertinentes a essa data; E o que nos foi apresentado, pelo menos na minha experiência é que nessa data as professoras resumem as atividades do dia e antes de cada aluno voltar para casa é colocado um “cocar” na cabeça e uma espécie de “saia” de índio muito linda por sinal e cheia de penas coloridas.
    Na verdade cada um de nós educadores do futuro devemos neste período do ano ( para que não nos limitemos somente ao dia 19) fazer com que ocorram vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena,levando os alunos a fazerem várias pesquisas sobre a cultura indígena, levando-os aos museus que fazem exposições.Para que ele possa ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais. Pela lei, essa diversidade deve ser respeitada. A lei também lhes assegura o direito de manterem seus costumes, culturas, vestimentas, religiões, línguas e tradições.
    Só que vamos ser sinceros, isso só acontece no papel e até hoje, suas terras são alvos de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam as riquezas naturais nelas existentes, sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e ao meio ambiente.

    “Antes que o homem aqui chegasse/ Às Terras Brasileiras eram habitadas e amadas/Por mais de 3 milhões de índios/ Proprietários felizes da Terra Brasilis./ Mas no entanto agora o seu canto de guerra/ É um choro de uma raça inocente/ Que já foi muito contente/ Pois antigamente /Todo dia era dia de índio
    (Composição: Jorge Ben)

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  4. UNEB - Pedagogia Anos Iniciais - DEDCI
    7º semestre - Equipe Apprendiz -
    Daniele, Magda, Tatiana, Vanessa

    Todo dia é dia de índio?

    Nós somos um povo sem memória, que conhece pouco a sua história, assim somos capazes de enaltecer o vilão e menosprezar o herói, pois não sabemos quem realmente somos, e desconhecemos a história dos verdadeiros heróis, aqueles que perderam a vida por nossa nação.

    Logo, é natural que as datas comemorativas sejam apenas dias temáticos ou para descansarmos, sem nenhuma reflexão profunda sobre a relevância da existência destas pessoas para a nação brasileira.

    Esta alienação da nossa identidade e da nossa história é bem representada no Dia do Índio, através de uma prática de ensino linear e simplista, nós padronizamos os índios e minimizamos suas histórias e culturas, e criamos o índio brasileiro, ano após ano comemoramos o seu dia, dia do índio que nunca existiu.

    Contudo o verdadeiro índio com suas múltiplas etnias e com sua pluralidade de hábitos e costumes, diferentes do homem ocidental, branco, este nós esquecemos. Na verdade, nós deixamos de comemorar o Dia do Índio, e de vivenciar a sua história há uns 500 anos...

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  5. Equipe: Trio (Carolina, Roberta e Vera Lúcia)29 de abril de 2010 às 10:35

    Reflexão sobre a frase “todo dia é dia de índio”

    Certamente que é muito triste admitir que um povo (indígena) que tiveram um papel tão importante na construção do país e das suas identidades culturais, precisa ser lembrado por uma data instituida no calendário nacional. Sem sombra de dúvidas os índios tiveram uma importante participação na cultura nacional com seus costumes, língua, alimentos etc., então porque tanto descasos, injustiças e segregação?
    Desta forma, entendemos que a sua dizimação, configurada como um dos maiores genocidios da história, seguida durante séculos favoreceu para o desconhecimento e incompreensão de sua cultura e de seu modo de vida.
    Daí nos questionamos: e o dia 19 de abril “Dia do indio” para que serve? Infelizmente nossa experiência educacional nos mostra que esta data, pelo seu tratamento, se aproxima do folclore. Somos ensinados que os índios são um povo de cara pintada, descalços e nus, com penas na cabeça e uma flecha ou lança na mão. Não se fala de um povo que está sempre em busca de dignidade por terem sido massacrados, que perderam as suas terras e por isso lutam por condição de existência e permanencia da vida, pois sua luta vai além de conquistas territoriais. Pelo contrário, nas escolas esta data serve mais para esteriotipar o índio, relegando-o ao passado, como se na sociedade de hoje não fosse possivel encontrá-los.
    Desta maneira, a frase “todo dia é dia do índio” que está sendo muito utilizada nas escolas e pela sociedade em geral, é reflexo de uma nova perspectiva contemporânea de reparação ao tratamento festivo e comemorativo dada a estas civilizações. Portanto, hoje nas escolas a tentativa é de aproveitar a data 19 de abril não apenas para relebrar e reafirmar o valor destes povos, mas para ressaltar e resgatar sua importância como único e legitimo habitante brasileiro, na época, e que por isso todos os dias são seus.
    Assim, entendemos que a data contribui para consolidar a identidade indígena e isso significa ter mémoria própria. Por isso a recuperação da própria história é um direito fundamental das sociedades e que começa a ser garantido na educação, através da preservação.

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  6. comentario do grupo Ônix 7o semestre - anos iniciais
    Claudia / Fabiane /Jaqueline / Amanda /Aline/Juliana


    Estudar Pedagogia nos estimula, ou nos leva a refletir muitas coisas que nos acompanham há muitos anos e que permitimos passar despercebidas. No período escolar, por exemplo, pessoas nos instruem e somos conduzidos a pensar e nos acomodarmos a ver as coisas do jeito que são apresentadas, sem buscar uma nova perspectiva.
    O dia do índio é uma das situações que precisa ser repensada e como já mencionada somos conduzidos desde a pré-escola a lembrar do índio apenas no dia exato: Dezenove de abril. E quanto aos outros dias? Não é passado vídeo, reportagem, assuntos, conteúdo interdisciplinar pertinentes a essa data; E o que nos foi apresentado, pelo menos na minha experiência é que nessa data as professoras resumem as atividades do dia e antes de cada aluno voltar para casa é colocado um “cocar” na cabeça e uma espécie de “saia” de índio muito linda por sinal e cheia de penas coloridas.
    Na verdade cada um de nós educadores do futuro devemos neste período do ano ( para que não nos limitemos somente ao dia 19) fazer com que ocorram vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena,levando os alunos a fazerem várias pesquisas sobre a cultura indígena, levando-os aos museus que fazem exposições.Para que ele possa ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais. Pela lei, essa diversidade deve ser respeitada. A lei também lhes assegura o direito de manterem seus costumes, culturas, vestimentas, religiões, línguas e tradições.
    Só que vamos ser sinceros, isso só acontece no papel e até hoje, suas terras são alvos de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam as riquezas naturais nelas existentes, sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e ao meio ambiente.
    “Antes que o homem aqui chegasse/ Às Terras Brasileiras eram habitadas e amadas/Por mais de 3 milhões de índios/ Proprietários felizes da Terra Brasilis./ Mas no entanto agora o seu canto de guerra/ É um choro de uma raça inocente/ Que já foi muito contente/ Pois antigamente /Todo dia era dia de índio
    (Composição: Jorge Ben)

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  7. Todo dia é dia de índio e de cada um de nós. Não é tendo um dia para se lembrar do índio, da mãe, do estudante, etc, que os sujeitos comemorados vão ser mais respeitados e tidos como importantes. Entretanto, aproveitemos essas datas para refletir sobre a realidade em questão.
    No que se refere ao índio, ainda nos dias de hoje, ele não é visto como um sujeito da sua história, e dono da própria terra, como qualquer outra pessoa deve ser. Aliás, como pessoa não era visto e ainda é uma luta para que de fato seja tido como tal. Ainda concebe-se o índio como um ser estranho. Já na ocupação portuguesa, Caminha relatou o povo encontrado como bons selvagens, e não como pessoas.
    Naquela terra, sagrada porque nela moravam seres especiais e diferentes, como qualquer ser humano na sua singularidade, habitavam seus donos, mas, eles eram considerados estrangeiros na própria terra. Foi com forte cunho impressionista, com um tom de ingenuidade e profundo preconceito, que Caminha descreveu os donos daquelas terras.
    Ainda hoje a maioria das leituras sobre os índios, (como os chamamos), são preconceituosas e perversas. O etnocentrismo enraigado na sociedade chamada branca, não reconhece a alteridade do índio e deixa isso muito bem claro nos meios de comunicação. Assim como a descrição de Caminha, atuais leituras sobre os índios, os relatam como seres estranhos; bichos do mato a serem reconhecidos.
    Cada sujeito da educação é chamado a se conscientizar e desvelar essa realidade. Nós, futuros pedagogos, devemos estar mais atentos a essas leituras e reconstruí-las.
    Na luta pelo reconhecimento da alteridade indígena, os recursos tecnológicos são imprescindíveis. Oportunizar novas cartas, novas leituras e reflexões sobre o índio, e qualquer outra etnia, é de vital importância para ressignificação da nossa sociedade. É muito bom saber que o blog do Acra está fazendo a sua parte. Esse espaço é uma riqueza para seus parceiros e leitores. É um poderoso instrumento, a fim de que cada um seja mais conscientes do seu papel na sociedade. Parabéns!

    Êmile, Robeval, Jorge e Graça,
    estudants de Pedagogia, 7º semestre, UNEB.

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