sábado, 23 de outubro de 2010

APRENDENDO ESPANHOL NA ACRA

Professora Rosângela Accioly

A ACRA desde o primeiro semestre de 2010,abriu um espaço de aprendizagem de espanhol para crianças e jovens com idades entre 9 e 16 anos.Esse espaço de aprendizagem está sob a responsabilidade da pedagoga Rosângela Accioly pesquisadora do PRODESE CNPq/UNEB, e professora do município de Lauro de Freitas.O trabalho desenvolvido pela professora Rosângela está fundamentado na perspectiva pluricultural de Educação,principal proposta do Dayó: compartilhando a Alegria socioexistencial em cumunalidades africano-brasileira projeto de extensão universitária de autoria da professora Narcimária C. P. Luz.
Rosângela Accioly,elaborou uma metodologia original para conduzir as aulas de espanhol,através da contação de histórias africano brasileiras como “Eleguá” de Carolina Cunha, “Como a lua e o sol foram morar no céu”e o autocoreográfico , “Itapuã que te viu e quem te vê”, de Narcimária Luz, dentre outros.

Um dos livros selecionados para as aulas de Espanhol.
Na contação de histórias,a professora Rosângela estimula a leitura entre as crianças e jovens dos textos selecionados , os estimula a traduzirem coletivamente para o espanhol e em seguida a composição coletiva de resumos das narrativas.A proposta é trabalhar aspectos da história da territorialidade de Itapuã,destacando o legado e tupinambá e africano,através da língua espanhola. Daí a preocupação da professora Rosângela na escolha dos textos que promovam essas referências indígenas e africanas.

As aulas promovem leituras e dramatizações de textos.

Sobre o êxito desse trabalho original a professora e pesquisadora Rosângela comenta: “Essa iniciativa prima por estabelecer repertórios metodológicos que acolham os valores civilizatórios africano-brasileiros estabelecendo um elo ancestral com Itapuã, territorialidade onde venho desenvolvendo as aulas de Espanhol. A opção é trazer para sala de aula a África (re)territorializada contemporaneamente e vivida como expressão civilizatória por meio de seus descendentes, ou seja, as novas gerações que vão contando sua própria história. A importância dessa iniciativa pedagógica se dá a partir da história da ACRA, que surge deste movimento de resistência ao esquecimento da história dos nossos ancestrais e a luta pela valorização do patrimônio civilizatório africano existente em nosso país, pois na medida em que contamos narrativas, mitos, itans, músicas, estamos destacando a relevância da presença africana como forma de amenizar o racismo e a discriminação que insistem em denegar o direito à alteridade da história dos africanos/as em nosso país.”

As aulas têm sido ministradas em um clima de descontração
Desta forma, durantes as aulas foram realizadas pesquisas pelos alunos acerca história de Itapuã como: a presença da colônia de pescadores, a lagoa do Abaeté, as dunas, o Malê de Balê, seus moradores, dente outros conteúdos que as crianças pesquisaram e depois compartilharam com o grupo, além dos textos publicados. Também recebemos a visita dos alunos de capoeira do intercâmbio Brasil X Inglaterra (Oxford) promovido pelo Contra-Mestre em capoeira Luis Negão este encontro foi marcado com um bate-papo em espanhol com nossas crianças, que aprenderam muitas palavras novas e não deixaram de fazerem perguntas e também de responderem as curiosidades que foram surgindo ao longo da conversa pelo grupo visitante que é nosso parceiro desde a fundação da Instituição e todo ano um grupo da ACRA também viaja para estar com os estudantes na Inglaterra.

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