Por Narcimária C.P. Luz
Tela DE ANTÔNIO POTEIRO (1925)
Imagem disponível em http://www.tntarte.com.br/tnt/scripts/2009_dezembro/noite_1.asp
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As crianças e adolescentes da ACRA estão ensaiando um autocoreográfico , baseado na história contada e cantada na música“Coroné Antônio Bento”,de autoria de João do Vale e Luiz Wanderley,interpretada pela voz magnífica de Tim Maia.
O texto elaborado por mim chama-se :“O CASAMENTO DA FILHA DO CORONÉ ANTÔNIO BENTO”(inspirado na música de João do Vale e Luiz Wanderley),e está sendo ensaiado pelo Grupo de Teatro ACRA COM VIDA, entrelaçando as narrativas nordestinas que embalam também as obras de Luiz Gonzaga e Zé Dantas:"Xote das Meninas" e "Cintura Fina".
J.Victtor,mestre da gravura e do cordel
Imagem disponível em http://blog.jvicttor.com.br/
Dessa aproximação, foram nascendo inquietações sobre o significado e origem do baião,xote,forró,biografias e obras dos compositores e intérpretes das músicas que compõem o auto, e que tendem a caracterizar a sociabilidade de muitas comunidades no nordeste.
Imagem disponível em http://cabra-da-peste.blogspot.com/2009/07/grandeza-do-povo-nordestino_09.html
Então vamos começar a conhecer um cadinho das aulas e inquietações que vão compondo o aprendizado criativo e cheio de emoções das crianças e adolescentes que participam Grupo de Teatro “ACRA COM VIDA”.
Na “ACRA COM VIDA”,o forró é elaborado como uma animada festa característica do nordeste brasileiro que apresenta narrativas que contam histórias engraçadas ou tristes de lugares,pessoas,dificuldades e alegrias falando do dia a dia do povo nordestino tudo isso no ritmo contagiante do arrasta pé,acompanhado por triângulo, sanfona e zabumba, instrumentos-chave para a festa esquentar, e claro regado a boa culinária do nordeste.
Antigamente(e ainda hoje), os forrós eram realizadas em terrenos de barro batido,e como é uma festa onde se dança arrastando o pé com animação, geralmente sobe uma poeirada e tanta, e para evitá-la, se molha o chão para abrandar a poeira.
Antigamente(e ainda hoje), os forrós eram realizadas em terrenos de barro batido,e como é uma festa onde se dança arrastando o pé com animação, geralmente sobe uma poeirada e tanta, e para evitá-la, se molha o chão para abrandar a poeira.
Apesar das controvérsias,é importante informar que há outras versões para a origem do nome forró e uma delas,se refere a palavra em inglês "for all", que significa para todos.
Essa versão vem do início do século XX,com a construção da ferrovia Great Western por técnicos ingleses em Pernambuco,que para estabelecer uma boa convivência com o povo pernambucano,promoviam festas,bailes convidando toda a população para participar.Esse convite em inglês era o “for all “,uma festa “para todos” .
Essa versão vem do início do século XX,com a construção da ferrovia Great Western por técnicos ingleses em Pernambuco,que para estabelecer uma boa convivência com o povo pernambucano,promoviam festas,bailes convidando toda a população para participar.Esse convite em inglês era o “for all “,uma festa “para todos” .
O povo ia e levava o seu modo de dançar,seus instrumentos musicais e as narrativas que davam conteúdo as músicas.
Há também a explicação, de que na 2ª guerra mundial, os americanos instalaram em Natal no Rio Grande do Norte uma base militar,e para estabelecer uma “política da boa vizinhança”,também promoviam bailes conhecidos na região como “for all “ o "forró",uma festa “para todos”, e o povo de Natal participava levando consigo suas referências culturais.O folclorista Luiz Câmara Cascudo,que afirmava ser o forró derivado da palavra forrobodó, classifica-o como: confusão e farra.
Mas como confusão e farra?
Pergunta que não quer calar:será mesmo confusão e farra?
Para quem está de fora,e não entra no jogo da criatividade coreográfica, brincalhona e cheia de narrativas genuinamente nordestinas,talvez pareça confuso ou até mesmo uma desordem total.
Mas não é!
Há muito respeito entre as pessoas que estão ali para compartilhar emoções que os vinculam à vida e a alegria de existir comunitária.
Mas não é!
Há muito respeito entre as pessoas que estão ali para compartilhar emoções que os vinculam à vida e a alegria de existir comunitária.
Imagem disponível em http://mundojuninose.blogspot.com/2009/03/vamos-dancar-xote.html
E O XOTE?
Tela de CARIBÉ
Imagem disponível em http://www.circuitosaojoao.com.br/texto.php?id=20&id_type=7
É um ritmo muito utilizado no forró.
Assim como a origem da palavra forró,o xote também tem as suas controvérsias.Dizem que xote é derivação aportuguesada da palavra alemã "schottisch",e que o ritmo veio para o Brasil como uma dança exclusiva para os frequentadores da corte portuguesa.
Os/as africanos/as observando a dança de origem européia,(re)criaram outros passos e ritmos,africanizando o "schottisch" alemão,transformando-o radicalmente em xote,que pode ter a grafia xótis,chóte ou até mesmo chotis,vocês decidem.
Assim como a origem da palavra forró,o xote também tem as suas controvérsias.Dizem que xote é derivação aportuguesada da palavra alemã "schottisch",e que o ritmo veio para o Brasil como uma dança exclusiva para os frequentadores da corte portuguesa.
Os/as africanos/as observando a dança de origem européia,(re)criaram outros passos e ritmos,africanizando o "schottisch" alemão,transformando-o radicalmente em xote,que pode ter a grafia xótis,chóte ou até mesmo chotis,vocês decidem.
O negócio é não perder o ritmo!
E O BAIÃO?
Outro ritmo e dança importante nas festas do nordeste!
Nasce através do lundum baiano,uma dança e ritmo trazida para o Brasil por africano/as de Angola.
Os batuques dos africanos/as pelos territórios brasileiros deram a base rítmica do lundum que exige um corpo criativo,solto,bem ritimado,ginga nos quadris,nas pernas,etc.
Os batuques dos africanos/as pelos territórios brasileiros deram a base rítmica do lundum que exige um corpo criativo,solto,bem ritimado,ginga nos quadris,nas pernas,etc.
Sabe o corpo livre para criar?
Pois é.
O baião carrega esse princípio rítmico do lundum, e nos anos 1940 através de Luís Gonzaga e sua sanfona, ganha aceitação em várias regiões do Brasil.
Mas todas essas explicações, são para apresentar um pouco da biografia dos compositores e interpretes das músicas que serão dramatizadas no autocoreoráfico da ACRA em 2011.
Toda linguagem característica desse auto tem como base o xote e baião.
As biografias e composições musicais a seguir,fazem parte das escutas que realizamos para atender as inquietações das crianças envolvidas no auto.
O elenco da ACRA COM VIDA,conhece a riqueza das histórias que apresentamos a seguir.
O elenco da ACRA COM VIDA,conhece a riqueza das histórias que apresentamos a seguir.
Compartilhamos com vocês a alegria e prazer que tivemos conhecendo as biografias dos grandes compositores e intérpretes da nossa música popular brasileira, referências importantes para o nosso autocoreográfico...
“O CASAMENTO DA FILHA DO CORONÉ ANTÔNIO BENTO”.
“O CASAMENTO DA FILHA DO CORONÉ ANTÔNIO BENTO”.
Imagem disponível em http://blumenau.olx.com.br/vendido-acordeon-todeschini-gaita-sanfona-super-6-acordeon-todeschini-super-6-iid-77462676
Obra de Mestre Vitalino
Imagem disponível em http://mundojuninose.blogspot.com/2009/03/vamos-dancar-xote.html
Êta casamento arretado!!
ResponderExcluirjÁ TÔ DOIDO pra apreciar essa união!!
Vida longa ao ACRA e aos jovens envolvidos com esta associação!
Depois, Narcimária e ACRA, conversaremos sobre novas parcerias e intercâmbios que poderemos realizar do Grupo de teatro do ACRA com outro gurpo de teatro que ando interagindo com o Cordel na Boca, grupo da Boca do Rio, Boca do Mar!
te escrevo, querida Mestra!
Inté!
Sérgio Bahialista