Amigos europeus, norte americano, chineses e irmãos das outras nações do planeta.
Infelizmente, para salvação da floresta amazônica, com o atual governo
brasileiro não existe diálogo. O que pode funcionar é uma efetiva comoção
mundial e ação política, econômica, religiosa e educacional contra a devastação
da floresta e pela sua proteção. Imagino que só assim, a base de sustentação
desse governo: pecuaristas, religiosos evangélicos, banqueiros, extrativistas,
militares e todo o agronegócio, mudará a atitude de conivência ou indiferença
aos horrores praticados por esse governo contra a floresta e os povos
tradicionais da Amazônia.
Com esse governo não funciona conversa, só ação. Pois é assim que ele
atua, diz uma coisa depois diz outra, polemiza e depois joga a culpa nos outros...
Mas, no fundo, está atuando, desmontando a estrutura de proteção da floresta e
suas organizações. Ele faz primeiro e depois engana, leva tudo na enrolação,
diz que não fez. Com o atual presidente e sua equipe não tem negociação é agir
em todas as frentes e proteger a floresta e seu povo.
Para muitos moradores das várias regiões brasileiras a Amazônia ainda é
um lugar distante e estranho e, a questão das queimadas na floresta amazônica
só esta sendo percebida de forma mais efetiva, porque em São Paulo, mais
importante cidade brasileira e maior colégio eleitoral brasileiro, região que o
atual presidente teve muitos votos, a poucos dias, essa cidade foi afetada
pelas nuvens de poluição gerada pelas queimadas na Amazônia. Infelizmente, nós
brasileiros, estamos colhendo o que plantamos.
O que fazer nesse momento de destruição do planeta? Aí a briga é de
peixe grande. Para uma ação de um Estado autoritário e irresponsável, uma reação
efetiva de outros Estados. Boicote aos produtos brasileiros até que ele mude
suas ações. O jogo é pesado.
E nós, como força efetiva, sofremos, protestamos, oramos pela floresta
e, eu acredito, que após a reação efetiva dos chefes de Estado do mundo, as
coisas melhorarão.
A questão da preservação da floresta amazônica e proteção dos povos
tradicionais, entretanto, não estarão resolvidas após a pressão internacional e
as ações emergenciais de combate aos focos de incêndio na floresta. O problema
é que, o atual governo e sua equipe estão esperando os ânimos se acalmarem para
continuarem sua ação de desmonte e massacre da floresta e seu povo. Por isso a
atuação de combate feita por líderes internacionais, jornalistas, professores,
religiosos, militares e todos os povos do mundo contra as ações erradas do
governo brasileiro, tem que ser constante e contundente.
O positivo nesse momento difícil no mundo, é que boa parcela das
pessoas já percebeu como o atual governante brasileiro age, e não acredita em
nada que ele diz.
Obrigado aos amigos e aos povos do mundo por agir. Atuar em um momento
que nós brasileiros, infelizmente, ainda estamos indiferentes à destruição da Amazônia. Estamos envoltos em uma nuvem densa de
disputa política entre governo e oposição. Escondemos nas nossas atitudes de
disputa vazia e boba entre oposição e governo, o grave erro de termos posto no
poder um governante que destrói o que possuímos de mais precioso, a floresta
Amazônica e seu povo.
Salvador, 25 de agosto de 2019. RONALDO MARTINS – professor e artista
afro-brasileiro.
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