Trazemos para o espaço do blog ACRA essas e outras reflexões importantes sobre as narrativas midiáticas que vêm conduzindo as impressões sobre os acontecimentos no Rio de Janeiro. Muniz Sodré em artigo , tece comentários que tratam da ética do jornalismo que como ele mesmo diz” A mídia é aqui também objeto de preocupação”.
“Há algo de socialmente obsceno nesse transbordamento do espetáculo. É moralmente inadmissível essa assimilação de uma tragédia urbana, com mortes e sofrimento, a um show de TV. Nem faz justiça ao comportamento da polícia: o Bope sentiu-se prejudicado, em plena ação, pela cobertura televisiva; o secretário de Segurança enfatizou que "não há nada a celebrar". O comedimento da polícia é uma crítica implícita à falta de consciência crítica dos jornalistas. Como poderia manifestar-se essa consciência?Antes de tudo, no questionamento desse modelo de jornalismo, que confunde a informação responsável do fato com a exposição obscena (em seu sentido radical, esta palavra de origem latina significa postar-se diante da cena – ob-scenum – sem as devidas mediações culturais) dos acontecimentos. Simplesmente mostrar não é informar...”
Foto disponível em http://www.originalgratis.com/wp-content/uploads/2010/11/bope-complexo-do-alemao-rio-de-janeiro.jpg







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