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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 30 de julho de 2011

“O POVO DE OMO”(Tribus de L' OMO)

Fotografias  e  texto de HANS SILVESTER
Tradução Narcimária Luz

No coração da Etiópia em séculos de "modernidade", Hans Silvester fotografou durante seis anos povos onde homens, mulheres, crianças e idosos  gênios de uma arte ancestral. A seus pés, o rio de Omo à cavaleiro sobre um triângulo Etiópia, Sudão e Quênia no grande vale do Rifit que se separa lentamente da África, uma região vulcânica que fornece uma imensa paleta de pigmentos ocre, vermelho, caulin branco, verde cobre, amarelo luminoso ou cinza de cinzas.
Eles têm o gênio da pintura e seus corpos de dois metros de altura é uma imensa tela. A força de sua arte está em três palavras: os dedos, vitalidade,criatividade e a liberdade.
Eles desenham com as mãos abertas e com  as extremidades das unhas às vezes com uma ponta de madeira ou um caule amassado. Os gestos vivos, rápidos,criativos e espontâneos, o movimento essencial que procuram os grandes mestres contemporâneos quando eles têm muito a aprender tentando de tudo esquecer.Somente o desejo de se decorar,de seduzir,de estar belo,um jogo e um prazer permanente.
Basta-lhes mergulhar os dedos no barro e em dois minutos sobre o peito, os seios, o púbis, as pernas, nasce nada menos que um Miró, um Picasso, um Pollock, um Tàpies, um Klee...

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Vamos ser justos:não dá para comparar.
São valores  civilizatórios completamente diferentes...O que vale a pena pensar e extrair  dessas imagens, são as linguagens que constituem as elaborações de mundo e os vínculos de sociabilidade com/através da natureza e os mistérios que ela carrega, dando-lhes infinitos repertórios de comunicação  necessários à vida e os laços de comunalidade que ela promove. 


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