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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 22 de março de 2014

Grupo protesta contra a retirada do cordel da praça Cairu





Sérgio Bahialista na Praça Cairú defendendo os espaços públicos para a expansão da linguagem do Cordel


Por Sérgio Bahialista

Na manhã de sábado, 15/02/2014 um ato convocado pelo coletivo Luto por Salvador promoveu “O enterro do cordel da praça Cairu”. A intervenção teve como objetivo protestar contra a retirada da banca dos trovadores, existente há mais de 30 anos na praça localizada em frente ao Mercado Modelo.


Calçadão da Praça Cairú

De acordo com a SECOP, os cordelistas que atuavam no local foram considerados “vendedores ambulantes” e, por isso, foram retirados da praça em outubro do ano passado. No entanto, a banca é registrada na Ordem Brasileira de Literatura de Cordel, além de representar uma importante tradição da cultura popular nordestina.
No ato de sábado, o coletivo protestou não apenas contra a retirada dos cordelistas, mas também com a forma com que a prefeitura vem conduzindo suas diversas ações: sem dialogar e sem oferecer alternativas para os trabalhadores, majoritariamente de baixa renda.



“Quando ocorre o diálogo, é sempre após as ações autoritárias da prefeitura. Primeiro se retira os cordelistas, vendedores ambulantes, aumenta abusivamente o IPTU, destrói criminosamente a Favelinha. Depois, quem quiser que corra atrás da prefeitura com seu pires na mão, para reivindicar seus direitos ou buscar alternativas de trabalho.” – afirmou um dos manifestantes, que não quis se identificar.

Dramatizando o "enterro do Cordel"

No enterro promovido pelo coletivo, muitos transeuntes, turistas e vendedores ambulantes que circulavam pelo local manifestaram apoio ao ato. A intervenção que durou cerca de duas horas contou com recital, varal de cordel, além de um caixão que simbolizou o enterro.

“Enterramos simbolicamente o cordel, mas na verdade queremos ressuscitá-lo, já que ele foi enterrado pela política cultural que o prefeito ACM Neto e suas secretarias impuseram aqui. O cordel foi retirado de forma arbitrária, sem a mínima possibilidade de argumentar, desrespeitando toda e qualquer forma de representação cultural que o cordel tem na Bahia há mais de 40 anos, retirando a banca de cordel que Rodolfo Coelho Cavalcante se esforçou tanto para colocar aqui.”, afirmou Sérgio Bahialista, um dos cordelistas que participou do ato na praça Cairu.

Grupo de cordelistas dramatizando o "enterro do Cordel"

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