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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 21 de abril de 2012

ACRA PARTICIPA DA SEMANA MUNIZ SODRÉ

Por Marco Aurélio Luz
Logo do evento inspirado em tecido africano
Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/

Na semana de 16 a 20 de abril o Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária(LECC)da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou a Semana Muniz Sodré. O evento promoveu debates temáticos e minicursos dedicados a obra do comunicólogo, escritor, e um dos mais importantes pensadores da atualidade, o Professor Doutor Muniz Sodré.


Professor Muniz Sodré
Imagem disponível em

Autor de 36 livros, sua obra se caracteriza pelo ecletismo das temáticas e dos gêneros, tanto nas teorizações sobre comunicação quanto a continuidade da tradição afro brasileira em abordagens eminentemente originais, abordando sempre o impacto da tecnologia nos contextos sociais. No que se refere aos gêneros, Muniz se destaca além das narrativas científicas e filosóficas, pelos contos e romances.
Agora o que mais sobressai na sua obra, é que ele sempre se mantém ligado ao seu solo de origem, a cultura e a sociabilidade da Bahia, Salvador e o Recôncavo constituinte da seiva que alimenta suas criações.
A ACRA esteve representada pela presença de seu presidente o professor Narciso José do Patrocínio, da professora Narcimária C. do Patrocínio Luz, dos colaboradores Marco Aurélio Luz, Maurício do Patrocínio Luz e Marcelo do Patrocínio Luz.
A professora doutora Narcimária Luz da UNEB integrou a Mesa de palestras livres juntamente com a professora Nizia Villaça da ECO/UFRJ e Márcio Tavares professor emérito da UFRJ-ECO tendo como mediadora a professora Raquel Paiva ECO/UFRJ.
O Chão, a Roda e o Samba, Contribuições de Muniz Sodré para a Educação” foi o título da comunicação da professora Narcimária que ressaltou na obra de Muniz a presença simbólica do contexto de origem, a arkhé de onde se lança a preocupação teórica caracterizada por sua inserção comunitária, como Oba Aresá, integrante do corpo dos Oba do Ilê Axé Opô Afonjá, e por estar familiarizado com os códigos e repertórios da cultura afrobaiana.

Mesa "Muniz e Outras Faces"
Da direita para a esquerda Professora Narcimária Luz,Professora Nizia Villaça,Professor Márcio Tavares do Amaral e Professora Raquel Paiva

Narcimária ressaltou a importância da obra de Muniz para se perceber os paradigmas culturais que atravessam o sistema de ensino e os problemas advindos com referência aos contextos pluriculturais e as diversas formas e sistemas de comunicação existentes especificamente no Brasil. A partir daí, de uma abordagem que transcende e empiria, é possível procurar soluções para uma educação que contemple nossa riqueza cultural principalmente no que se refere ao contínuo civilizatório africano-brasileiro, como aconteceu, por exemplo, com a experiência de educação pluricultural a Mini Comunidade Oba Biyi, fonte inspiradora da ACRA, ponto de cultura e seus trabalhos universitários de modo geral.
Narcimária citou ainda, diversos livros de Muniz que concorreram para seu “tour de point” seu novo ponto de partida nas elaborações sobre educação, principalmente “O MONOPOLIO DA FALA” e “SAMBA O DONO DO CORPO”.
A professora Nizia Villaça comentou os aspectos da obra literária de Muniz, seus contos e romances, que se destacam por serem envoltos pelas dimensões de regionalidade que se projetam em dimensões universais. Dentre seus livros ela comentou “SANTUGRI e “O BICHO QUE CHEGOU EM FEIRA” que alude aos tempos da ditadura. O que caracteriza o seu “approach” literário é o humor e a alegria, que na obra de Muniz possui também status de categoria filosófica.
O professor emérito Márcio Tavares de Amaral, admirou a quantidade e a qualidade da obra e interpretou que o pensamento de Muniz possui fortes bases filosóficas principalmente de Kant e Aristóteles. De Kant, o pensamento de indagar o que está por detrás da pergunta,(O QUE É ISSO?) o paradigma que a sustenta. De certa forma, é essa a inspiração também de Foucault e de outros pensadores, mas em Muniz a influência de Aristóteles principalmente da “ÉTICA” vai remetê-lo ao contexto de onde nunca saiu, o seu lugar de morada de “demeure”(onde se demora) de permanência. É o “ethos” o costume, os valores, a maneira de ser e de viver em determinado lugar. O lugar onde alguém já disse, (Oswald de Andrade)“a alegria é a prova dos nove”...


Mesa "Muniz e Outras Faces"

Da direita para a esquerda Narcimária Luz,Nizia Villaça,Márcio Tavares do Amaral e Raquel Paiva mediando a Mesa




 Narcimária Luz,o homenageado,Muniz Sodré,MárcIo T.Amaral e Marco Aurélio Luz



Raquel Paiva(Organizadora do evento),Muniz Sodré,Márcio Amaral e Narcimária Luz


Muniz Sodré dando autografando o seu novo livro "Reinventando a Educação"/Editora Vozes
Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/


Livro "Reinventando a Educação" de Muniz Sodré publicado pela Editora Vozes
Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/





Público prestigiando o evento
 Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/





Muniz Sodré acompanhando a exposição em sua homenagem na Escola de Comunicação da UFRJ onde foi professor fundador e Diretor.
Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/


Coquetel no âmbito da exposição em homenagem a Muniz Sodré na Escola de Comunicação UFRJ


Professor Narciso Diretor Presidente da ACRA conversando com a professora da Escola de Comunicação da UFRJ e organizadora do evento Raquel Paiva
ao lado de Narcimária Luz e Marcelo Luz
Imagem disponível em http://leccufrj.wordpress.com/page/2/  





Professora Narcimária e Professor Narciso visitando a exposição em homenagem a Muniz Sodré

ARITANA YAWALAPITI


Cacique ARITANA YAWALAPITI

O cacique Aritana, 51 anos, é hoje a mais respeitada liderança do Alto Xingu. Desde quando assumiu a chefia dos Yawalapiti, há cerca de 20 anos, ele luta pela preservação da cultura e dos hábitos dos índios xinguanos. “É muito difícil mostrar aos jovens a importância de manter nossos costumes, mas com conversa eles estão vendo que é melhor sermos o que a gente é: índio”, explica o cacique.
Preparado desde cedo para ser cacique, Aritana conheceu os irmãos Orlando e Cláudio Villas Bôas ainda criança, no final da década de 1950. “Aprendi muito com eles sobre a importância de se preservar os hábitos antigos”, conta o chefe. Sob estas influências, ele se tornou um grande líder da causa indígena dentro e fora do Xingu.


Cláudio e Orlando Villas Bôas com um índio do alto Xingu, na década de 1960

Brasiloeste– A educação indígena, desde a época que os Villas Bôas estavam no parque, era uma questão polêmica. Eles defendiam que o índio deveria ter o mínimo possível de contato com a cultura do branco. Como está isso hoje?
Aritana – É triste, mas eu acho que alguns projetos de educação estão acabando com a cultura do Alto Xingu. Já vejo que os jovens não gostam mais tanto de falar sua língua, preferem usar roupa e estão mais interessados nas coisas do branco. O problema é que os professores ensinam os valores dos brancos e os jovens param de respeitar as tradições. O Kuarup, por exemplo, é uma festa muito séria e importante pra gente. É a festa dos mortos. E no último Kuarup eu percebi que alguns jovens achavam que isso é brincadeira.
Na época do Orlando (Villas Bôas), por exemplo, havia preocupação em manter a cultura e a educação do jeito do índio. Eu era pequeno e ficava chateado, perguntando porque o Orlando não dava chinelo e bicicleta. Depois é que eu fui entender que era pra gente manter a força na perna. Se a criança anda de chinelo o dia todo ela não consegue mais subir em árvore.
"É o índio que tem que falar seu direito, que tem que preparar documento. A saúde, é o branco que está mandando, a mesma coisa a educação. Mas eu quero é que o índio contrate o médico, o professor, e manda pra cá".


Brasiloeste–  Existem propostas de geração de renda para as aldeias, principalmente por meio do turismo. Como você vê essa situação?
Aritana – Estão sempre procurando a gente para fazer projetos. Nossa aldeia aqui é o primeiro lugar em que eles passam, mas eu sempre digo que não. A primeira proposta que recebi era pra colocar lanchas de luxo e um avião trazendo gente de uma fazenda perto do parque para a aldeia. Recebemos propostas quase todo dia. Recusamos porque não queremos nem precisamos do dinheiro de branco para viver bem aqui.
Outras tribos já aceitaram porque querem dinheiro. O problema aqui é que as tribos que aceitam visitas de turistas deviam reunir as lideranças do Xingu para conversar sobre a questão, mas isso não acontece. Tivemos uma reunião em Brasília para discutir o problema, e foi uma discussão brava, mas nós não abrimos mão da nossa posição contra turismo aqui. Tem que ser firme. No final, todo mundo que aceita turista se arrepende.


 Brasiloeste– E você acha que o índio está bem representado politicamente pela Funai e pelas ONGs que trabalham por aqui?
Aritana – Não queremos mais o branco mandando e defendendo a gente. A gente quer que os próprios índios se relacionem direto com o governo e mandem documentos falando dos problemas. A saúde é o branco que está mandando. A mesma coisa com a educação. Mas eu quero que o índio contrate o médico, o professor e mande pra cá. É só assim que a gente vai poder cuidar bem de verdade dos nossos interesses.
Brasiloeste–– E no futuro, quando os novos estiverem no comando das aldeias, como vai ser?
Aritana – Nós ensinamos aos jovens que é bom aprender a língua do branco para não ser enganado. O que tem que acontecer é aprender o que o branco tem de bom, mas não perder nossa cultura. Hoje a gente já usa barco a motor para as viagens longas e tem televisão na aldeia pra saber das notícias, mas eu não deixo as crianças verem televisão muito tempo.
Os índios aqui do Alto (Xingu) são mais preservados, mas os do Baixo tiveram mais contato com os brancos, então eles ficaram dependentes das coisas de branco. Os Caiabis, por exemplo, vieram da região de Rio Peixoto, que foi estragada por seringueiros e garimpeiros. Eles gostam muito daqui do Xingu, mas ainda precisam muito das coisas do branco, como roupa, sabonete e sal. Aqui a gente tem tudo que precisa.


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Entrevista extraída da página

AS CANÇÕES DO VENTO


Em quíchua, uma das línguas indígenas tradicionais da cultura inca, Wayra significa vento. Desde 1989, Jaime Rodriguez (Wayra) tem desfrutado de uma carreira extensa e realizado gravações importantes baseadas nas tradições musicais Inca.


Jaime Rodriguez (Wayra) é fundador da tradicional música das bandas Llaqtaymanta Inca e Inca Pacha. A música inca tradicional tem mais de 500 anos,e representa o patrimônio da cultura nativa americana.A banda Llaqtaymanta realiza turnês pela Europa apresentando a música dos Andes com adaptações de algumas influências ocidentais.Wayra com a banda Inca Pacha,apresenta através das músicas as histórias da antiga cultura da cordilheira dos Andes, com arranjos contemporâneos. As canções tradicionais ganham vida nova e canções contemporâneas adquirem as sensações atemporais.


CANÇAÕ DO RIO(Wayra - River Song)

AMOR A MONTANHA (LOVE MOUNTAIN - WAYRA)

CANÇÕES ANTIGAS QUE O VENTO TRAZ(Ancient Winds Indian Song)

domingo, 8 de abril de 2012

UM APRRENDIZADO DE VIDA:"QUEM SAMBA FICA E QUEM NÃO SAMBA VAI EMBORA"

PRODESE PESQUISAS:DEFESAS DE MESTRADO


Para as defesas professor Magnaldo e a professora Jackeline criaram um cenário no auditório Professor Jurandir Oliveira  no Departamento de Educação do Campus I envolto em detalhes das linguagens características africano-brasileira.

No dia 16 de março aconteceram as defesas das dissertações desdobramentos de pesquisas realizadas pelos/as pesquisadores/as do PRODESE no Departamento de Educação do Campus I da Universidade do estado da Bahia-UNEB. O professor Magnaldo Oliveira dos Santos abordou o tema “OJÓ ORÚKO: um reencontro com a ancestralidade negro africana”,e a professora Jackeline Pinto do Amor Divino o tema “ITAPUÃ: tecendo redes de alianças comunitárias através da Associação Crianças Raízes do Abaeté-ACRA”.
Integraram a banca examinadora do trabalho do professor Magnaldo, os/as professores/as: Henrique Cunha Júnior (Universidade Federal do Ceará), Ana Célia da Silva (Universidade do Estado da Bahia), Ana Rita Santiago (Universidade Federal do Recôncavo) e Cecília Soares (Universidade do Estado da Bahia).
Sobre a abordagem do tema “OJÓ ORÚKO: um reencontro com a ancestralidade negra africana”, a banca examinadora destacou a maturidade do mestrando no trato do trabalho científico acadêmico, principalmente no que se refere às proposições de linguagens voltadas para a afirmação do OJÓ ORUKÓ (O Dia do Nome), como um canal valioso para o reencontro com a ancestralidade africano-brasileira, destacando a língua yorubá como estruturante de instituições, tradições e memórias das nossas comunidades. A banca examinadora recomendou a publicação do trabalho do professor Magnaldo e o ingresso imediato no Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da UNEB.
O tema “ITAPUÃ: tecendo redes de alianças comunitárias através da Associação Crianças Raízes do Abaeté-ACRA”, trabalho desenvolvido pela professora Jackeline Pinto do Amor Divino, foi avaliado pela banca examinadora formada pelos/as seguintes professores/as: Henrique Cunha Júnior (Universidade Federal do Ceará), Lúcia Lobato (Universidade Federal da Bahia), Ana Célia da Silva (Universidade do Estado da Bahia) e Leliana Sousa (Universidade do Estado da Bahia). O parecer emitido pela banca ressaltou também a maturidade da mestranda no trato do trabalho científico-acadêmico,principalmente no que se refere ao domínio do repertório próprio dos aspectos referentes ao direito à alteridade africano-brasileira através das histórias e memórias que constituem a diversidade cultural de Itapuã.A banca recomendou a publicação da dissertação e a criação de vídeos baseados nos resultados da pesquisa da professora Jackeline.

Da esquerda para a direita professora Jackeline,a ocentro Professor Doutor Henrique Cunha Júnior e Professor Magnaldo

Da esquerda para a direita:Professora Doutora Ana Célia da Silva,Professor Doutor Henrique Cunha Júnior,Professora Doutora Cecília Soares,Professora Doutora Ana Rita Santiago.


Público assistindo a defesa

Professor Narciso Patrocínio Diretor Presidente da ACRA prestigiando o evento ao lado da professora Jackeline.

Professor Magnaldo no momento de confraternização ao lado da professora Ana Célia.


As crianças da ACRA prestigiaram apresentaram um samba de roda organizado pela educadora da ACRA  Maristela e Sidney Argolo

Momento de confraternização

Um dos  momentos de emoção na defesa de Jackeline foi a professora e mestranda Anália Santana cantando a música "Um sorriso Negro" de D.Ivone Lara.Acompanhando a música a professora Joselita Patrocínio Priora da Irmandade do Rosário dos Pretos em Salvador e também educadora da ACRA faz um coreografia acompanhada pelas crianças da ACRA,da mestranda Jackeline(no centro feliz pelo êxito da sua defesa) e o público presente. 

RIR É O MELHOR REMÉDIO! UM DOS LEGADOS DA COMÉDIA BRASILEIRA

Essa semana  o blog apresenta   momentos divertidos, com o intuito de homenagear o saudoso ator e comediante Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, mais conhecido como Chico Anísio(1931-2012), em uma das suas maravilhosas parcerias com outro ator e comediante Rogério Cardoso Furtado(1937-2003),no ambiente da “Escolinha do Professor Raimundo”.

Assistam os vídeos e divirtam-se!

Rolando Lero - Enquanto Roma pegava fogo o que Nero tocava ?

Rolando Lero - Quem comeu Jonas ?