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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
QUILOMBO BURACO DO TATU
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ESCRAVIDÃO NÃO!
Os textos reunidos aqui são trechos do documento produzido pela Professora Narcimária C. P. Luz nos estudos desenvolvidos sobre Itapuã com o apoio do CNPq-Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico e a FBN-Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura.
QUILOMBO BURACO DO TATU
Por Narcimária Luz
Planta do quilombo Buraco do Tatu em Itapuã
1744 e 1764
Imagem disponível em http://www.terrabrasileira.net/folclore/origens/africana/quilomba.html
Itapuã também era local de embarque e desembarque de povos africanos. Para cá vieram pessoas que exerciam lideranças importantes no continente africano: pessoas que tinham conhecimentos sobre os astros, Botânica, Biologia, navegação, Medicina, guerreiros/as, sacerdotes/as, ferreiros, arquitetos, oleiros, artistas como escultores, dançarinos, dramaturgos, músicos, filósofos, agricultores, etc.
A força da civilização africana era representada por povos de distintas regiões da África que vieram capturados pelo sistema escravista para as Américas durante três séculos.
Mesmo com todas as agressões sofridas na escravidão, os povos africanos, não abriam mão de sua dignidade e conseguiram com muita coragem trazer para as Américas de modo especial para o Brasil suas formas de viver e manter a riqueza da sua civilização.
Em Itapuã também tem na sua história a organização territorial do Quilombo Buraco do Tatu 1744 e 1764. O Quilombo Buraco do Tatu manteve-se erguido inspirado no modo de vida africano e se expandiu em áreas importantes estrategicamente em Itapuã, a exemplo das dunas envolvendo a lagoa do Abaeté e toda a sua extensão, hoje conhecida como Praia do Flamengo, Alameda da Praia, etc. O Quilombo Buraco do Tatu era uma referência importante nas lutas contra a escravidão na Bahia desestabilizando de todas as formas possíveis o sistema escravista da época.
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Para saber mais e aprofundar aspectos sobre esse importante quilombo na Bahia consulte:
1-LUZ, Narcimária.ITAPUÃ DA ANCESTRALIDADE AFRICANO-BRASILEIRA.Salvador:EDUFBA,2012.
2-LUZ, Narcimária.OBA NIJÔ:o rei que dança pela liberdade.Rio de Janeiro:Editora PALLAS,2015.
4-OBA NIJÔ:o rei que dança pela liberdade.(Vídeo)
5-Oba Nijô(facebook)
6-LUZ, Narcimária.ITAPUÃ QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ.Salvador:EDUNEB,2009.
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Gostaria de maiores informações sobre o Quilombo Buraco do Tatu. Por que esse nome? Enfim...Poderiam me ajudar?
ResponderExcluirBuraco de tatu porque o quilombo foi construido em parte, debaixo da terra, como escondarijo, e o burado do tatu é profundo. Lá eles se encontravam, nao somente escravos, mas índios, judeus..
ResponderExcluirele eram a margem da sociedade rica e poderosa da época, roubaram dos ricos para se manter. As autoridades os mantiam pela sua própria segurança, o que pode se relacionar com os policiais de hoje com os traficantes da favela.
Com o buraco de tatu, as culturas eram cultivadas, nao havia trabalho, mas tinham tarefas organizadas.
Ouvi falar que ocorria escravidão em muitos quilombos[1], como o dos Palmares, e que em armistícios faziam acordos nos quais se responsabilizavam em entregar escravos fugitivos. Gostaria de saber se estas práticas ocorriam no quilombo do Buraco do Tatu.
ResponderExcluirReferência:
1 - Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX Por Douglas Cole Libby,Júnia Ferreira Furtado.
me ajudou muito este texto enfim obrigada
ResponderExcluirgostaria de saber quem era o líder do quilombo do buraco do tatu.
ResponderExcluirquero saber o nome do primeiro lider
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