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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 16 de agosto de 2025

AQUARELAS SEMÂNTICAS QUE COMUNICAM A SINGULARIDADE DA OBRA - EPISÓDIO 1




Inscreva-se no canal da Edufba no youtube para assistir a live no dia 20/08 às 17 horas

 

Por Narcimária Luz


Para desenvolver esse primeiro episódio, que apresenta outra perspectiva do Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira, recorremos à metáfora “aquarelas semânticas” com o intuito de aproximar as leitoras e leitores do repertório de conceitos, noções e categorias que compõem o livro.

Essas aquarelas semânticas, além de comunicar a singularidade da obra, nos permitem adentrar em outro continente teórico e fazer rupturas conceituais do positivismo e empirismo que satura os espaços acadêmicos.


 

 Os trinta anos que celebram a publicação do clássico Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira pela editora da Universidade Federal da Bahia, é um convite que simboliza o florescer ininterrupto de espaços transdisciplinares, criativos, político-reflexivos que ao longo dos anos, mobilizaram gerações inspirando-as quer seja no âmbito acadêmico científico, ou de forma necessária nas comunidades tradicionais africanas na Bahia e no Brasil.

 Celebrar os trinta anos de Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira, é assumir a urgência da necessidade de ruptura com os grandes sistemas explicativos que tendem a moldar o “esprit du temps” (parafraseando Maffesoli) desse momento histórico contemporâneo.

 

Imagem disponível em https://vocenaneve.com.br/onde-ver-aurora-boreal-ideias-de-lugares/

 O espírito do tempo contemporâneo, chama atenção para os graves problemas que vêm afligindo o planeta, gerando violência de toda ordem: guerras, fome, perdas territoriais, ganância que destrói a natureza, pobreza crônica...

 


Horror na Faixa de Gaza

Imagem disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2025/01/7035763-destino-da-faixa-de-gaza-e-incerto-apesar-de-tregua.html#google_vignette

 

 Agressões envoltas a estupidez da atmosfera bélica que visa a conquista de territórios, subjugação e genocídios dos povos que detêm patrimônios civilizatórios que mesmo face às dores das agressões em escalada, mantêm-se   fortalecidos pelos ritos de sociabilidade e experiências de vinculação humana tecidos milenarmente.

 

No universo nagô a cabaça representa o ventre do mundo.

Mulheres  tocando cabaça num ambiente ritualístico.

https://terreirodegriots.blogspot.com/2014/10/cabaca.html

 

 É sobre essa “força civilizatória” de povos milenares, de modo especial dos povos africanos nas Américas, que o livro Agadá, a dinâmica da civilização africano-brasileira ao longo de 30 anos, continua insistindo e propondo uma ética do futuro baseada na diversidade dos povos e seus contínuos civilizatórios, desenhando caminhos que arrefeçam os aspectos beligerantes e destrutivos que ameaçam a vida e a paz.

Passaremos a destacar alguns aspectos singulares do livro que são radicais do ponto de vista da historiografia positivista que sustenta a ideologia do recalque. A partir daqui, selecionamos trechos de entrevista com  Marco Aurélio no Jornal A Tarde em 17/06/1995.

“...Há uma crise de valores da cultura europeia, por conta daquele paradigma de progresso, do positivismo, do progresso a qualquer custo, que encantou, vamos dizer assim, que esse progresso garantisse a felicidade da humanidade, isso caminhou e... caiu num colapso... “

 


Imagem disponível em https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/entenda-conceitos-ecoterrorismo-violencia-ambiental/

 

 Essa ’técnica’ levou a um desgaste da natureza muito grande e levou a guerras que ameaçaram a destruição do planeta, e a exploração da força de trabalho também num índice muito grande deixando populações enormes do globo em carências muito significativas. Então, tudo isto que no século XIX foi propagado pela utopia dos iluministas, dos positivistas, dos cientificistas... chegou a um limiar de crise muito grande. “

 

 

 “...De modo que um novo pensar sobre uma nova ética da humanidade não pode deixar de levar em consideração a preservação do planeta, e esta preservação na tradição africana é uma coisa fundamental... “

 

Imagem disponível em https://guiaviajarmelhor.com.br/5-cachoeiras-com-aguas-incrivelmente-azuis-para-voce-conhecer-no-brasil/

 

 


Integrantes do Ile Axipá levam oferendas as entidades que regem a natureza

Foto de Kleyson Otun Elebogi

 

 “...Quer dizer, sem a natureza a relação com o sagrado não se estabelece, não se estabelece com o além, e sem as relações de sociabilidade, colocadas de uma forma em que haja um equilíbrio harmônico, não é possível a comunalidade, a polis, no sentido grego mais tradicional da palavra.”

 

Itapuã “pedra que ronca”nome tupi guarani que dá nome ao lugar

Imagem disponível em https://www.itapuacity.com.br/itapua-e-a-pedra-de-ponta/

 

Foi através do Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira que Marco Aurélio Luz com muita propriedade teórica fez rupturas urgentes e necessárias. Em destaque três delas: a primeira que se refere a independência do Haiti, que até o início dos anos 1980, era tratada de forma equivocada e superficial pela historiografia hegemônica na ambiência acadêmica. Sobre isso Marco Aurélio comentou:

 

Povo celebrando os 230 anos da  Independência do Haiti

Imagem disponível em https://www.esquerdadiario.com.br/O-imperialismo-e-o-Haiti-230-anos-apos-a-Revolucao

 

 “...O pensar sobre o negro a partir desses umbrais da Universidade sempre foi feito de uma forma, ligada a uma política, que ainda hoje nós temos repercussão dela no Brasil, que é a política de embranquecimento ou branqueamento, projetada desde a independência do Haiti pela Inglaterra, no sentido de que numa situação como a do Haiti que tem 95 % de população negra poderia gerar outra independência similar.”

  


“Cerimônia vodum de Bois Caiman, 1791. A cerimônia é lembrada como evento catalisador da Revolução Haitiana, e serviu como um encontro espiritual e político que organizou revoltas e resistências contra o império europeu”

Imagem disponível em https://outraspalavras.net/outrasmidias/uma-historia-pouco-conhecida-do-haiti/

 

 O ougan Makandal sái da fogueira de sua condenação e incendeia os canaviais e gera luta de independência vitoriosa em 1804. Ele também era um conhecedor profundo das folhas para preparo dos mais diversos fins. É necessário acrescentar que sob a liderança de Makandal,o exército de Napoleão foi derrotado  surpreendendo toda a Europa."

  

Disponível em https://editorialpaco.com.br/conhece-a-historia-da-revolucao-do-haiti/

  “E um dos países mais característicos dessa situação era o Brasil. Então, a partir de Dom João VI, começa- se uma política de abrir espaços territoriais no Sul do Brasil para a emigração de europeus ao mesmo tempo que se vai fazendo o que se chamaria depois de uma política de abandono do Nordeste.” 

 


Os espaços do sul estavam ocupados pelos povos originários Xokleng e Kaigang cujo modo de vida respeitava a floresta como ambiente sagrado.”

 Imagem disponível em https://www.enfoquems.com.br/arte-e-danca-indigena-na-programacao-infantil-do-sesc-cultura-deste-sabado/

 

 “Para os imigrantes recém chegados a floresta era “o inferno verde” e devia ser desbastada para surgimento dos “campos ridentes” apenas para exploração econômica.

"Os imigrantes constituíram milícias para dizimar os povos originários que ocupavam as terras."


Imagem disponível em https://historialuso.an.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5070:sala-de-aula&catid=70&Itemid=215

 Outra ruptura importante que o Agadá apresenta, se refere os entulhos ideológicos racistas fixados nos estados transnacionais, suas extensões geopolíticas e expansionistas.

 

Imagem disponível em https://www.youtube.com/watch?v=iDlt_2WP4hE

 

 “Nina Rodrigues usou o conceito de histeria para desqualificar as religiões da tradição africana e erigir a ideologia de inferioridade racial âmago das teorias ideológicas racistas.”

O Agadá desnuda o manto ideológico do racismo, suas metanarrativas e analíticas da finitude sobre a alteridade civilizatória africana característica fundamental na constituição da identidade profunda de muitos povos.

 

Imagem disponível em https://www.veranunesleiloes.com.br/peca.asp?Id=15248700&srsltid=AfmBOoo21KyWJZJcdcM19orACs_qQSrXZRImGIn4ptit4984NR3kzH4h

 

Conceitos como sincretismo, mestiçagem, “laboratório racial”, identidade de escravo, o recorte positivista evolucionista da África pré-colonial e pós-colonial, cidadania, democracia, República, “ordem e progresso”, nas perspectivas de análises finitas reeditados, antes do Agadá, saturavam vários espaços acadêmicos.

 

Arthur Ramos entre simpatizantes  de seus estudos na Bahia.

Observem que há um rapaz negro em pé sendo submetido as análises racistas em voga.

Imagem disponível em https://www.portalentretextos.com.br/post/tese-de-arhur-ramos-foi-elogiada-por-freud

 

 Arthur Ramos investe em aplicar o conceito de neurose para desqualificar a cultura negra como inferior.

 


Arthur Ramos aliado de Anísio Teixeira ambos divulgaram a ideologia higienista aplicada na educação.

https://www.traca.com.br/livro/502896/

 

 Houve um evento no final dos anos 1990 em que Marco Aurélio Luz participou e na ocasião, um dos expositores assumiu o papel de “ventríloquo “dos discursos e semânticas da historiografia usando a categoria de “escravo “ao se referir aos africanos e africanas. Diante do discurso saturado e equivocado que foi apresentado por esse historiador, Marco Aurélio   se pronunciou alertando de forma dura:

-Chega de se referir ao africano como escravo! Nunca os africanos assumiram a identidade de escravo!

E discorreu sobre o recalque que alimenta o discurso de “escravo”.

 

Vista panorâmica do Quilombo dos Palmares

Imagem disponível em https://www.historiadealagoas.com.br/origem-do-parque-memorial-quilombo-dos-palmares-na-serra-da-barriga.html

 

Há uma alteridade civilizatória legítima irrigando nossas territorialidades essencialmente negras, erguendo vínculos comunais singulares, a exemplo: da “Roma negra” como bem definiu a Iyá Oba Biyi Mãe Aninha,Iyalorixá fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá  personalidade exponencial nas Américas(1910-1938).

 



Mãe Aninha Iyalorixá Oba Biyi fundadora do tradicional Ile Axé Opo Afonja em 1910.

Imagem disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%AAnia_Ana_dos_Santos

 No contexto da imposição da romanização católica na Bahia, Iyá Oba Biyi afirmou ser a Bahia uma polis transatlântica da África Negra; ou as “pequenas Áfricas” no Rio de Janeiro, como se referiu Heitor dos Prazeres às comunalidades sob a liderança feminina das baianas como Tia Ciata.

 

 
Expoentes da música João da Baiana, Clementina de Jesus, e Pixinguinha

Imagem disponível em https://documentosrevelados.com.br/foto-memoria-joao-da-baiana-clementina-pixinguinha-e-dondo-na-passeata-dos-cem-mil/

  


Tia Ciata Iya Kekere do ile Axé de João Alaba tornou sua casa o centro de reunião e difusão da cultura da tradição africana e seus desdobramentos.

https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/mae-do-samba-biografia-de-tia-ciata-ganhara-nova-edicao.html

  No seu pensamento radical, Marco Aurélio nos aproxima de Canudos como um quilombo herança da Rainha Nzinga.

 



Ngola Kiluanji Rainha Ginga referência da expansão civilizatória africano-brasileira

Imagem disponível em https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/nzinga-mbandi-2013-a-rainha-guerreira

 

 A afirmação de Canudos como uma extensão de quilombo, que na sua origem se constituía em acampamentos militares na guerra de movimento da rainha Nzinga Mbandi Kiluanji contra os exércitos portugueses no Ndongo.”

 

 

Canudos

Imagem disponível https://fpabramo.org.br/2021/11/08/canudos-uma-guerra-que-ainda-nao-acabou/

 

 Outra análise primordial que o Agadá nos apresenta é a referência de Canudos, que incorpora, na sua essência, aspectos da dinâmica comunal do quilombo estabelecendo uma territorialidade caracterizadamente africano-brasileira face à política de embranquecimento assumida pela Razão de Estado.

"Descendentes de africanos no pós-abolição da escravatura, no início da República, fundaram um arraial às margens do morro da Favela, que era assim chamado, por conta da abundância da planta que caracterizava o lugar.”

 


Planta favela

Imagem disponível em https://michelechristine.wordpress.com/curiosidades/favela-significado/

 

 “O lugarejo foi se expandindo com novos moradores, o que começou a chamar a atenção do Estado Republicano, que resolve incorporá-lo através da cobrança de impostos. Alheios a essa situação, os moradores mantêm sua independência e negam-se ao pagamento dos impostos. Essa ousadia para o Estado, que promovia a política de embranquecimento, faz com que ordene uma intervenção militar.”

  


Morador de Canudos

Imagem disponível em https://multi.rio/index.php/artigos/11514-a-guerra-de-canudos

 

Os moradores, em sua grande maioria africanos-brasileiros, guardavam o cabedal das experiências estratégicas de luta acumulada nas referências dos quilombos ao longo da história, desde o tempo da rainha Ginga do Ndongo. Assim, essas táticas de guerra derrotaram as investidas de diversos batalhões da força federal que eram deslocados de Santa Catarina para Canudos. Demorou muito, mas com a chegada dos canhões da força federal, o arraial de Canudos foi dizimado.”

 


Canhão Whitworth 32 usado na última expedição militar contra Canudos

Imagem disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos

 Muitos moradores de Canudos se espalharam por muitas regiões e, ao longo do tempo, Canudos é reinventado no Brasil, constituindo uma nova “geografia” urbana e no Rio de Janeiro fundam o morro da Favela.O morro e o asfalto."

 


Morro da Favela, pintura de Tarsila do Amaral 1924.

Imagem disponível em https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/eaja/morro-da-favela/

 

 Além dessas rupturas, Agadá apresenta de forma magistral registros inéditos sobre as realizações das Conferências Mundiais da Tradição dos Orixá. Essas conferências reuniram povos da tradição africana desde a África até as Américas e Caribe de maneira histórica e exuberante.

 

Integrantes da I COMTOC em Ile Ifé

https://blogdoacra.blogspot.com/2019/01/intecab-origens.htm

 

Integrantes da delegação africana na II Comtoc em Salvador visitam ile axé  Iya Omi Axé Iya Mase.

Imagem disponível em https://blogdoacra.blogspot.com/2019/01/intecab-origens.html

 

O OOni Ife Oba Okunade Sijuwade Olubuse recepcionou a I COMTOC em 1981

https://blogdoacra.blogspot.com/2019/01/intecab-origens.html

  


Mestre Didi Axipa Alapini  saúda os presentes na Comtoc

https://blogdoacra.blogspot.com/2019/01/intecab-origens.html

 

"A participação de lideranças da tradição como o Oni Ifé e do Alapini Deoscoredes Maximiliano dos Santos, Mestre Didi Asipá, marcariam o vigor e a pujança da continuidade dinâmica da tradição civilizatória."

Por fim, recorro a percepção de Nei Lopes no prefácio da 5ª edição do livro ao se referir a Marco Aurélio e sua performance  intelectual na escrita do  Agadá:

“(...)é um dos grandes nomes da intelectualidade brasileira, e faz da pena a sua espada.”

 


 Imagem disponível em https://veja.abril.com.br/coluna/jardineiro-casual/sarava-espada-de-sao-jorge-a-planta-que-e-pau-para-toda-obra/

 

REFERÊNCIAS

MAFFESOLI, Michel.O Tempo Retorna, formas elementares da pós-modernidade. Rio de Janeiro, Forense Universitária.2012

 Jornal A Tarde, Caderno Cultural.17/06/1995.

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Segue convite para a live dedicada a comemoração dos 30 anos do Agadá,dinâmica da civilização africano-brasileira.




PARTICIPAÇÃO



HELENA THEODORO

Possui graduação de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1967), graduação em Pedagogia- Faculdade de Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1970), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978) e doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (1985). Pós-doutorado no IFCS/UFRJ /PPGHC (Programa de Pós Graduação em História Comparada) - 2018. Atualmente é Professora visitante do Programa de Pós-Graduação em Filosofia do IFCS/UFRJ, de 6/10/23 até 5/10/24, além de responsável pela cátedra Maria Firmina dos Reis por Helena Theodoro pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos - CBAE/ UFRJ, presidente do Conselho do FUNDO ELAS e Coordenadora da Liga Universitária de Pesquisadores e artistas do Carnaval.

  


JANICE DE SENA NICOLIN

Doutora em Educação e Contemporaneidade (2016), Universidade do Estado da Bahia, possui Graduação em Letras Vernáculas com Francês pela Universidade Federal da Bahia (1989), Graduação em Pedagogia pela Fundação Visconde de Cairu (2013) e Mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (2007). Professora da educação básica do Estado da Bahia como regente do componente curricular Língua Portuguesa, Docente da Faculdade Montessoriano de Salvador, Coordenadora geral dos projetos de educação e cultura da Associação Artístico-Cultural Odeart. Tem experiência na área da Educação com ênfase nos seguintes temas: educação pluricultural, práticas pedagógicas, estética teatral; identidade, territorialidade e ancestralidade africana e afro-brasileira; formação do educador e memória da educação, experiência com Projetos de leitura e produção de textos, literatura afro-brasileira; é diretora de teatro e contadora de história com a recriação cênica "Contador de história" da tradição africana.

 


PEDRO MORAES TRINDADE

 Possui Graduação em Letras Vernáculas com Inglês pela Universidade Católica do Salvador (1991), Mestrado em História Social pela Universidade Federal da Bahia (2008) e Doutor do Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia, desenvolvendo pesquisa sobre capoeira, cultura no século XXI. Ministra as disciplinas História de Cultura Indígena e Afro-Brasileira, Relações de Gênero Etnia e Classes Sociais e Metodologia Científica. É Professor Pesquisadora UNEAD ministrando a disciplina Estágio Supervisionado em História II. é mestre de capoeira e Presidente fundador do GCAP - Grupo de Capoeira Angola Pelourinho. Autor de várias produções culturais tendo sido indicado ao 46th Grammy Awards Year 2003 na categoria Best Tradicional World Musica Álbum.



MEDIAÇÃO

KLEYSON ROSÁRIO ASSIS

Doutor em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBa-UEFS), Mestre em Filosofia (Ufba) e graduado em Filosofia pela mesma instituição. Possui pós-doutorado em educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE-UEFS). Atualmente é professor Associado I de Filosofia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Atua como pesquisador nos grupos de pesquisa Investigações Filosóficas (UFBA) e Rizoma (UEFS), nos quais problematiza a relação entre epistemologia, cultura, artes visuais, relações étnico-raciais, ciência e ensino de ciências desde uma perspectiva filosófica. Coordenador do Curso de Licenciatura em Filosofia, do Programa de Extensão CIA (Coletivo de Inteligência Afrofuturista) e do Projeto LABII (Laboratório de Inteligência e Imagem), todos do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

 

 



 

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