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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 19 de junho de 2010

O CRU E O COZIDO

A fogueira é símbolo de vinculação humana

No nordeste, de modo especial na Bahia, estamos vivendo o ciclo de festas características do mês de junho. Apesar de constatarmos que a Bahia está recebendo um traço urbano-industrial que tende a tragar a tradição das comemorações juninas, ainda é possível encontrar em muitas comunidades da Região Metropolitana de Salvador e Recôncavo a pulsão de sociabilidade, que tem o FOGO, como referência fundamental de vinculação humana.
A domesticação do fogo, é uma conquista milenar da humanidade e, caracteriza a possibilidade de expansão da vida em sociedade, a criação de civilizações. O fogo empregado na preparação dos alimentos caracteriza a separação entre natureza e sociedade, ”o cru e o cozido”. Em torno do cozido, se estabelece várias dinâmicas de sociabilidade,desde a captação do alimento cru,sua transformação em cozido,sua distribuição e compartilhamento.
O uso da chama pelas diferentes culinárias proporciona estar em torno da fogueira vivendo o desejo de estar junto, aproximando os componentes de um grupo social, enfim fortalecendo os elos comunitários-COMUNALIDADES.
Daí a importância da culinária, pois expressa as identidades dos povos e grupos, com suas variadas maneiras de preparação dos alimentos, bem como as semânticas,estéticas e o paladar que a constitui,atravessando os tempos, influenciando culturas e gerações continentais.

2 comentários:

  1. Eita São João danado de bom, gente!
    O São João passou pelo ACRA, sim!!!!
    Festa animada, amendoin, laranja, bolo de milho,música ao vivo... tudo que tivemos direito.E claro, não podemos deixar de falar das nosaas excelentes animadoras...Professora Narcimária e Jackeline!!Muito Bom!!!!
    Feliz São João para todos e todas!
    Naiára!

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  2. " vivendo o desejo de estar junto", para mim esse é um ponto mais significarivo da fogueira; do fogo.Todo São João, partimos eu e minha familia para o interior e no dia da festa nos aglomeramos ao redor da fogueira para conversamos, assar o milho,nos aquecer do frio que faz durante este periodo no interior.Esse é o momento de troca de carinho, de muita risada e das boas e velhas histórias de arrepiar narradas por alguns primos e vizinhos.Esse é o momento compartilhamento.
    Naiára!

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