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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


sábado, 28 de agosto de 2010

ACRA ESPAÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Duas monografias foram apresentadas em 2010 no âmbito do Departamento de Educação do Campus I da Universidade do Estado da Bahia, abordando aspectos do cotidiano socioeducativo da ACRA. Através do Projeto de extensão PRODESE/DAYÓ, as pesquisas foram desenvolvidas pelas professoras e pesquisadoras do PRODESE Daniela Santana Cidreira dos Santos e Sara Soares ambas as orientandas de Professora Narcimária C.P. Luz.
A monografia “Contos Indígenas e Africano-Brasileiros,” de autoria da Professora Daniela Santana Cidreira dos Santos, apresenta uma rica abordagem lúdico estética vivenciada no cotidiano da ACRA. Para a pesquisadora”
“Os contos se constituem mais uma das linguagens exploradas com as crianças da ACRA. Dessa forma são realizadas oficinas no intuito de destacar através do universo dos contos indígenas e africano-brasileiros aspectos que promovem os laços de sociabilidade nessa territorialidade, resgatando assim a história do lugar como forma de fortalecer as identidades socioculturais das crianças dessas comunalidades presentes em Itapuã. A opção de trabalhar a partir da linguagem do universo simbólico dos contos originários desses povos surge da inquietação em perceber que essa e tantas outras formas de expressão aborígine e africana são excluídas da prática pedagógica da maioria de nossas escolas e, por conseqüência disso, nossas crianças ficam sem uma referência que as remetam à sua ancestralidade e com uma grande lacuna no que se refere à construção de sua identidade.”

Professora Daniela Cidreira Santos


Através do DAYÓ, a Professora Daniela selecionou contos, cujas narrativas caracterizam-se por afirmações pedagógicas socializadoras. São narrativas orais e que dão formas singulares às formas de educação africano-brasileira e indígena, possuindo importante finalidade e função, porque, além de expressarem a arte, constituem o significado das diversas relações da humanidade com seu contexto técnico e estético. Os contos narrados ilustram o significado de conhecimentos e da ética das diversas representações simbólicas que ensinam e erigem a socialização.
A outra contribuição monográfica se dedicou a realizar ações voltadas para a “Valorização da cultura negra numa perspectiva de resgate da identidade das crianças e adolescente no âmbito da ACRA” de autoria da Professora Sara Soares dos Reis. A monografia procurou caracterizar o contexto do recalque a identidade africano-brasileira que aflige crianças e adolescentes na idade entre 09 a 14 anos que participam das atividades desenvolvidas na ACRA - Associação Crianças Raízes do Abaeté.Durante um ano a professora desenvolveu estudos,análises e coleta de dados como o objetivo de promover a superação do recalque entre as crianças e adolescentes,e enfatizar linguagens socioeducativas capazes de afirmar os valores de civilização africano-brasileiro no âmbito do ACRA. Sobre o resultado da pesquisa a professora sara comenta: ”... A pesquisa respaldada por análises de documentos iconográficos, entrevistas, e oficinas que traduziram a história das populações negras no Brasil, apelaram para artes plásticas e memoriais escritos pelas crianças. Conseguimos indicar perspectivas didático-pedagógicas que transcendam idéias preconceituosas e racistas que tentam recalcar o legado civilizatório africano no Brasil, de modo especial na Bahia”.



Professora Sara Soares

Gostaríamos de ressaltar que na avaliacão das Bancas examinadoras, as monografias receberam a nota máxima: primeiro, por atenderem plenamente as exigências de um trabalho científico-acadêmico; segundo, por apresentarem um impacto social relevante e original no campo da diversidade Cultural e Educação. A Banca examinadora da pesquisa “Contos Indígenas e Africano-Brasileiros,” de autoria da Professora Daniela Santana Cidreira dos Santos foi presidida pela Professora Narcimária Luz e composta pelas Professoras Claudia Sisan e Janice de Sena Nicolin. A Banca examinadora da pesquisa “Valorização da cultura negra numa perspectiva de resgate da identidade das crianças e adolescente no âmbito da ACRA” de autoria da Professora Sara Soares dos Reis foi presidida pela Professora Narcimária Luz e composta pelas Professoras Claudia Sisan e Jackeline Pinto do Amor Divino.

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