A Associação Crianças Raízes do Abaeté, acolheu durante a sua existência, perspectivas de linguagens socioeducativas que afirmavam a dinâmica sócio-histórica e cultural do bairro de Itapuã.
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PRODESE E ACRA
VIDA QUE SEGUE...Uma das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.A Acra em parceria com o Prodese fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos nacionais e internacionais,participações exitosas em editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de ser e pertencer as suas comunalidades.Gostaríamos de registrar o nosso agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.
No dia 17 de agosto de 2009 tivemos um grande evento no ACRA, a visita do Griot Griot Doudou Rose Thioune, dentro do Projeto "KALAMA, um griot aficano visitando as escolas", de sua autoria .
A iniciativa da realização deste evento foi da Educadora Rosângela Lins Accioly e está contemplada no Projeto de sua autoria "Nro Ojù Oná: pensando caminhos", a proposta foi acolhida com muita alegria por toda a equipe pedagógica do Acra, pelos professore se pelo Presidente, Professor Narciso José do Patrocínio.
O Griot Doudou Rose Thioune é oriundo de duas famílias tradicionais e nobres de músicos e griot´s, cantor, dançarino, maestro, músico, compositor, inventor, reparador e afinador de instrumentos. O senegalês, nascido em Dakar, herdou o nome do avô, o primeiro músico de sucesso que divulgou a música do seu país no mundo ocidentalizado. Eva Patrícia abriu a apresentação explicando para a atenta platéia o que é um griot:“Um Griot é um contador de Histórias... que desde muito pequenos é preparado para isso, ele nasce numa família que tem a casta de griot (...) para ser griot tem que nascer em uma família de griot”
"O Griot “tem a função de divertir, entreter as pessoas, passar a história porque antigamente não havia nada escrito. Tudo que se sabe da história antigamente é o que os gritos viam e passavam de geração para geração, por isso são uma casta tão respeitada”.
O griot iniciou falando de si e de seu ofício e dos de sua casta de contar história e de tocar seus tambores. Apresentou também os tambores que traz consigo, explicando o nome de cada um deles e dos lugares da África em que são tocados.
A relevância da temática que trata da tradição oral é defendida por um dos mestres africano e conhecedor acerca das sociedades negro-africanas das Savanas Amadou Hampaté Bâ, que assim afirma:
“Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à tradição oral, e nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apóie nessa herança de conhecimento de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. (BÂ, Hampaté A. 1982, p.181)”
Neste projeto, há uma preocupação com a preservação e valorização da figura do griot, pois este carrega em sua concepção de vida, a riqueza das histórias que foram preservadas de geração em geração pelos povos africanos que estão cheias de musicalidade, tradição, poesia e ludicidade.
A oficina de contação de história se faz importante uma vez que estão abrindo novos horizontes pedagógicos que legitimam perspectivas por meio da tradição oral, também os vínculos de sociabilidade relevantes para o fortalecimento da identidade cultural das crianças, dos jovens e adultos que nasceram e vivem intensamente Itapuã.
Cumprindo também o objetivo de intercâmbio com as escolas da comunidade, estiveram presentes os alunos do Grupo de Canto da Escola Municipal Manoel Lisboa, trazidos pela Pró Carminha e pela Pró Regina. Destaque especial para os alunos Sueide, Emerson e na Flávia.
Estiveram ainda presentes no eventos Thiago Bols estudante de Belas artes da UFBA e Décio Jr. estudante de música, também da UFBA.
Apresentamos nesse espaço do blog algumas colaborações da arte e poesia da Professora Januária Avelina Correia do Patrocínio que desde os anos sessenta participa da história da área de Educação em Itapuã. Foi vice-diretora do Colégio Estadual Governador Lomanto Júnior , vice-diretora do Colégio Rotary e responsável pela criação da Escola Verde Recanto cuja abordagem teórico-metodológica abriu muitas perspectivas de linguagens divulgadas em eventos nacionais e internacionais na área de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Vale registrar que a professora Januária é uma das principais parceiras da ACRA pois a sede/espaço onde realizamos as atividades com as crianças e jovens foi cedida por ela desde 2005.
A Professora Januária Avelina Correia do Patrocínio é poetisa, autora do livro “Antologia Poética Ciclos da Vida”, 2005 (no prelo), co-autora no livro Identidade Negra e Educação, Salvador: Ianamá-1986; colaborou com diversas poesias no Sementes Caderno de Pesquisa publicação do Programa Descolonização e Educação-PRODESE e autora de telas inspiradas no cenário de Itapuã com exposições realizadas no Festival Awon Esó PRODESE/UNEB-2005. Licenciada em Geografia pela UCSAL; Especialização em Psicopedagogia pela UFBA; Formação em cursos livres promovidos pela Escola de Belas Artes da UFBA. Participou de muitos eventos nacionais e internacionais apresentando idéias e propostas pedagógicas na área de Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Itapuã
Natureza pura sem igual Mar com suas ondas a beijar Natureza pura dominando Raios de sol iluminando
Como é lindo o amanhecer Com suas aves de candura Onde o verde ainda perdura Com coqueiros franqueando a areia Barcos ao longe vislumbrando sereias
Itapuã cheia de pedras Esculpidas pelos mares Pedra que ronca Areias amarelas e brancas Grossas e finas a depender das praias
Mas o brilho do sol E o clarão do luar Sempre estão presentes a embelezar
A brisa é boa A depender da maré Itapuã da Lagoa do Abaeté
Itapuã de gente bonita Banhadas pelo sol Pescadores com destrezas Armados de cestas e anzol
Itapuã dos beija-flores Dos cardeais e rouxinóis De violetas azuis E samambaias que reluz
Itapuã paraíso Tudo é belo em você Até a chuva é obra de arte Entre raios e trovões Atrapalha a pescaria O que raramente acontece Você é um pedaço de céu Na imensa crosta terrestre
Blog do Acra Entrevista: Rosângela Accioly Lins Correia, autora do projeto "Nro Ojù Onà: : Pensando Caminhos"
em 11.08.09, por Paula Cristina Grejianin
Paula Grejianin: Rosângela, o que é o Projeto "Nro ojù Onà: Pensando Caminhos"?
Rosângela Accioly: O projeto Nró Ojú Onà: pensando caminhos de minha autoria surge das pesquisas epistemológicas do projeto Dayó: Compartilhando a Alegria Socioexistencial em Comunalidades Africano-Brasileiras, que busca aprofundar as questões históricas, culturais e sociais do bairro de Itapuã interligando-as a sua arkhé, de autoria da professora Doutora Narcimária Correia do Patrocínio Luz coordenadora do PRODESE/CNPq/UNEB Programa Descolonização e Educação vinculado a Universidade do Estado da Bahia e ao Departamento de Educação do Campus I.
As proposições metodológicas que estão presentes no projeto foram elaboradas por meio de minha participação na monitoria de extensão da Universidade do Estado da Bahia junto ao ACRA Associação Crianças Raízes do Abaeté, dando origem às atividades teórico-metodológicas que partiram da pesquisa acerca desta territorialidade realizadas pelo Dayó. O projeto procura manter viva a presença do continuum civilizatório africano-brasileiro e dos Tupinambás, base desta territorialidade em atividades pedagógicas como: Capoeira, Dança Afro-Brasileira, Grafitagem, Inglês, Narrativas Míticas Milenares, Preservação da História Oral Africana e Africano-Brasileira, Ithans, Orquestra de Ritmos e Sons, dentre outros.
P.G.: Qual o objetivo deste projeto?
R.A.: O objetivo do projeto é trabalhar proposições pedagógicas fundamentalmente imbricadas com as pesquisas da arkhé do bairro de Itapuã refletindo acerca de suas origens, que estão alicerçadas sobre o legado do povo Tupinambá e da presença africano-brasileira fazendo nossos jovens se perceberem presentes neste patrimônio e nas ações pedagógicas mantidas pelo trabalho desenvolvido na Associação Crianças Raízes do Abaeté. Pois é a geração sucessora de Nzinga* que efetivamente é herdeira desta herança e nela buscamos desenvolver este trabalho que acolhe muita riqueza e diversidade.
P.G: Quais os impactos esperados?
R.A.: O projeto repensa a exclusão do patrimônio histórico e cultural das heranças africana e dos povos inaugurais no currículo das escolas brasileiras em séculos de escolarização, por esta razão buscamos propor ações baseadas na lei 11.645/08 resultado das lutas das comunalidades e dos Movimentos Negros no Brasil que foi sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva que diz: “Art.26- Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da áfrica e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.”
Os nossos impactos já estão sendo sentidos em atuações como: preparação dos professores para atuarem com a diversidade étnica e cultural existente em nossas territorialidades, apresentações acadêmicas que nos respaldam teoricamente e oportuniza o comunicado deste trabalho para outros educadores a exemplo do CONFELE-IV CONFERENCE INTERNATIONAL ON EDUCATION, LABOR AND EMANCIPATION que ocorreu no período de 16 a 19 de junho no Hotel Tropical, Salvador, Bahia (Brasil). O objetivo da CONFELE é divulgar as iniciativas na área de Educação que valorizam e afirmam a diversidade cultural como canal importante para a “equidade, potencialiazação das ações sociais”. Também a construção de blog e site do ACRA, publicações, coletânea de imagens das dinâmicas territoriais e comunalidades presente em Itapuã, realização de evento local que acolhe os resultados das elaborações pedagógicas na ONG pertinentes ao trabalho desenvolvido em 2009 dentro do projeto Nro Ojú Ònà: pensando caminhos, intercâmbios com o grupo Capoeira Oxford na Inglaterra, e continuidade das relações institucionais estabelecidas pelo PRODESE no âmbito acadêmico-científico.
Nossa equipe pedagógica é composta pelo gestor da Associação Crianças Raízes do Abaeté, o professor Narciso José do Patrocínio que acolheu o projeto de maneira singular na ONG, a professora Doutora Narcimária Correia do Patrocíno Luz coordenadora do PRODESE Programa Descolonização e Educação que tem como principal objetivo, dentro deste contexto excludente na história da Educação no Brasil o de acolher o repertório de valores e linguagens do continuum civilizatório africano, africano-brasileiro e dos povos inaugurais no cotidiano do currículo das escolas brasileiras. Além do grupo de capoeira Oxford Inglaterra que juntamente com o idealizador da ONG, o Sr. José Luis Correia do Patrocínio Contra-Mestre de Capoeira apóia o desenvolvimento das condições infra-estruturais da instituição. Também do aporte teórico da mestranda Jackeline do Amor Divino, e das graduandas concluintes do curso de pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia e pesquisadoras do PRODESE Rosângela Accioly Lins Correia, Daniela Cidreira, Paula Cristina Grejianin, e o corpo docente da Associação Crianças Raízes do Abaeté professor Rupi - Capoeira; Sidney Argolo - Orquestra de Ritmos e Sons; Abílio Mendonça - Inglês; Tarcio Vasconcelos - Grafitagem e Eliana Santos - Dança Afro-Brasileira.
*Nzinga é Rainha entre 1624 e1663 do povo Ginga de Matamba e Angola, nascida em Cabassa, interior de Matamba.
Capoeira é luta de bailarinos. É dança de gladiadores.
É duelo de camarada. É jogo, é bailado, é disputa
– simbiose perfeita de força e ritmo, poesia e agilidade.
Única em que os movimentos são comandados pela música e pelo canto.
A submissão da força ao ritmo.
Da violência à melodia.
A sublimação dos antagonismos.
Na capoeira os contendores não são adversários,são “camaradas”. Não lutam, fingem lutar.
Procuram – genialmente – dar visão artística ao combate.
Acima do espírito de competição há neles um sentido de beleza.
A capoeira é um artista e um atleta, um jogador e um poeta.
(Dias Gomes)
No dia 25 de julho de 2009, foi realizado no ACRA o IV Batizado de Capoeira e troca de cordas.
Estiveram presentes o Contra-Mestre Luis Negão Idealizador e fundador da Associação Crianças Raízes do Abaeté e do Grupo Capoeira Abolição de OXFORD, os mestres Olavo, Daiola e Charlatão e muitos outros convidados, contra-mestres, formados, alunos antigos do ACRA e amigos capoeiras.
Foi um lindo evento que envolveu à todos que estavam presentes
MICHEL MAFFESOLI EM ORDEM DAS COISAS: PENSAR A PÓS-MODERNIDADEEditora: Forense Universitária/2016
Contra o racionalismo dessueto, o economicismo triunfante, o progressismo encantatório e a inautenticidade de suas fórmulas vazias, Michel Maffesoli canta a infinita ternura do mundo e nos lembra que o sentimento trágico da vida concorda com a Ordem das coisas.Neste novo ensaio, o teórico da pós-modernidade percorre com alegria o pensamento sociológico, perscruta as vibrações do viver-junto e insiste na oposição entre a potência horizontal secretada pela sabedoria popular e a rigidez do poder vertical, vinda de Deus ou das ideologias monoteístas.m
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
MICHEL MAFFESOLI EM HOMO EROTICUS PÓS-MODERNO: COMUNHOES EMOCIONAIS
Alquimias festivas, culto do prazer, começo da vida, retorno poderoso dos afetos e das emoções - Eros triunfa e nos ensina acerca da profundeza que se esconde sob a superfície das coisas, no oco de nosso cotidiano e de sua própria banalidade. Trunfo da razão sensível sobre os velhos racionalismos científicos, do querer-viver coletivo do indivíduo, de sua alegria dionisíaca sobre os monoteísmos dissecadores e morais áridas que esterilizam a ação. Triunfo de impulsões e do imaginário da progressividade criada por nossas elites e da virtuosidade de nossos bons pensamentos. Atento aos humores e aos entusiasmos secretos do corpo social, rodeados de vibrações do mundo que compõem nossa pós-modernidade, Michel Maffesoli assina uma obra importante, resultado de trinta anos de reflexão, um livro-manifesto que canta a eterna juventude do mundo e anuncia uma ruptura epistemológica destinada a renovar em profundidade as condições do pensamento filosófico. Orgia contemporânea, sobretudo pelo vigor e ousadia do pensamento.
RECOMENDAÇÕES DE LEITURA
Mônica Lemos Bitencourt.Salvador:Boa Ideia ,2016
EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIFERENÇAS: olhares (des)colonizados e territorialidades múltiplas
Mille Caroline Rodrigues Fernandes e Mariana Martins de
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
OBA NIJÔ
“Em Oba Nijo, O rei que dança pela liberdade, livro para o público infanto- juvenil, Narcimária do Patrocínio Luz nos leva a dar um passeio pela história da presença do negro baiano na luta pela liberdade através de um fato, a insurgência e revolta nas armações de pesca de Itapuã no século XIX, liderada por Francisco admirado como grande dançarino segundo as notícias oficiais... O ‘fato histórico’ é envolvido pela imaginação criativa dos valores e linguagens da tradição afro-brasileira. É a poética que vai constituir a narrativa de Narcimária. É a atmosfera da alusão à iniciação aos poderes da religião, que permite a autora embelezar seu texto com encantadoras fantasias. É todo um imaginário de encantamento poético que emerge dos fatos e torna-os mais reais.”
Marco Aurélio Luz
“Com muita alegria, felicito a Editora Pallas pela publicação muita oportuna deste belo livro de Narcimária Correia do Patrocínio Luz, OBA NJO, O REI QUE DANÇA PELA LIBERDADE, valiosa contribuição para a ainda escassa literatura infanto-juvenil afro-brasileira. A obra é enriquecida pelas ilustrações de Ronaldo Martins, imagens com traços e símbolos atraentes e significativos, inteiramente integradas e adequadas ao texto, coerentes com uma história de luta pela dignidade do povo negro no Brasil. Este livro não se direciona apenas a um público leitor afro-descendente, mas a todo brasileiro, independente de sua etnia ou origem, pois é de suma importância tanto o conhecimento e a divulgação de episódios de nosso passado histórico relativos à vida, ao labor e à resistência de nossos antepassados africanos, o que em geral ainda é silenciado, como a valorização da convivência na diversidade.”
Moema Parente Augel
COMUNICAÇÃO, MÚSICA POPULAR E SOCIABILIDADE
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
Recomendamos aos nossos visitantes o livro “Comunicação, Música Popular e Sociabilidade” de autoria do professor da Universidade Federal de Minas Gerais e um grande parceiro do PRODESE.
“O livro reúne pesquisas e estudos sobre diversidade de brasileiros afrodescendentes e eurodescendentes (negros e brancos) que aparecem através do repertório poético-musical (dito popular). Esta riqueza lítero-musical integra e ajuda a sustentar a formação sócio-cultural e histórica brasileira. Pelo rádio e pelo disco (mídias), vozes brancas e vozes negras criaram e propagaram canções que falam de amor, influenciadas pela origem étnico-cultural - produção coerente com o ethos, a ética, a lógica e a estética herdadas e recriadas pelos criadores que revalidaram ou reavaliaram valores originários de tradições míticas afro-brasileiras ou de tradições míticas cristãs e judaicas. Essas produções poético-musicais compõem uma rica e valiosa memória sonora e afetiva de dramas, de amores, de desamores e de errâncias de homens e de mulheres comuns. Cantando, esses brasileiros teceram e tecem, registraram e registram sua humanidade, no Brasil marcado pela diversidade étnica, cultural e social.” Dalmir Francisco
O livro pode ser adquirido na Fino Traço Editora no endereço
http://www.finotracoeditora.com.br/
ECOS QUE ENTOAM A MATA AFRICANO-BRASILEIRA
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
ECOS QUE ENTOAM UMA MATA AFRICANO-BRASILEIRA de autoria da professora Janice de Sena Nicolin
“O livro é fruto da análise da experiência vivida pelo Grupo Teatral Artebagaço em um colégio público de Ensino Médio na área de Língua Portuguesa, no bairro do Cabula, em Salvador. Concebida como Projeto Odeart, a experiência apela para a episteme africano-brasileira com o intuito de superar o etnocentrismo que alicerça as políticas públicas de Educação. Portanto, através da vivência no Cabula e do testemunho da história e sociabilidade de sua gente, a autora consegue trazer os problemas de educação com uma amplitude maior.”
O livro pode ser adquirido na editora EDUFBA no endereço http://www.edufba.ufba.br/
Preço : R$ 30,00
PARCERIA PRODESE E A TV ESCOLA
O PRODESE vem colaborando com o Ministério da Educação através da TV Escola,em programas,debates e publicações.
A seguir, algumas publicações recentes que contaram com a nossa colaboração e estão disponíveis no site http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/livros.asp.
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
NOVIDADE!
Se você quiser acompanhar as nossas postagens atualizadas,inscreva-se na janelinha abaixo.Basta digitar seu e-mail.Todas as postagens que fizermos você receberá um aviso.
AGADÁ DINÂMICA DA CIVILIZAÇÃO AFRICANO BRASILEIRA 3ª EDIÇÃO
Encontra-se disponível para compra nas Livrarias da Editora da Universidade Federal da Bahia e no setor comercial da Editora a 3ª edição da obra Agadá: dinâmica da civilização africano-brasileira, de autoria de Marco Aurélio de Luz.
Informações adicionais sobre este livro:
ISBN: 978-85-232-1074-8
Área: Ciências Sociais
Páginas: 596 p.
Formato: 17 cm x 24 cm
Peso: 870g
Preço: R$50,00
DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DIÁLOGOS E PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
A iniciativa de organizar esse livro é resultado de inquietações que apareceram durante nossa trajetória na Universidade, na área de Educação. É um livro que carrega não apenas as reflexões que fizemos durante anos na docência universitária, mas o fluxo de reflexões que permaneceram em nós, insistindo, incomodando e nos convidando a pensar para além dos grandes sistemas explicativos fincados na ortodoxia dos valores de prolongação colonial, ainda em voga nos espaços acadêmicos. Estamos comemorando dezesseis anos, e temos a alegria de festejar essa belíssima e corajosa trajetória, através da publicação deste livro. Autores/as Ana Rita Santiago, Henrique Cunha Júnior, Jackeline Pinto Amor Divino, Janice de Sena Nicolin, Januária Correia do Patrocínio, Magnaldo Oliveira dos Santos, Marco Aurélio Luz, Márcio Nery de Almeida, Mille Caroline Rodrigues Fernandes, Naiára dos Santos Bittencourt, Narcimária Correia do Patrocínio Luz, Ronaldo Martins dos Santos, Rosângela Accioly Lins Correia, Sérgio Ricardo Santos da Silva, Valdélio Santos Silva. Editora: EDITORA CRV/ ISBN: 978-85-8042-666-3/ Número de páginas: 246 Para adquirir o livro acesse a página da Editora CRV http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3796
O livro ITAPUÃ DA ANCESTRALIDADE AFRICANO-BRASILEIRA de autoria de
Narcimária C.P. Luz publicado pela EDUFBA, já está disponível nas livrarias.
Anotem onde o livro pode ser adquirido.
A EDUFBA dispõe de três livrarias: campus
do Canela (atrás da Reitoria), campus de Ondina (térreo da Biblioteca Reitor
Macedo Costa) e no Largo 2 de Julho, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO);
Também envia os livros para livrarias comerciais de Salvador (LDM, Civilização
Brasileira, Livraria do Aeroporto, Galeria do Livro e Livraria Nobel) e para um
distribuidor em São Paulo (Empório dos Livros
“Acredito em Educação como um caminho valioso para superarmos as
desigualdades sociais, a desesperança que toma o planeta... A Educação para mim
é uma forma de aplacarmos o ponto de interrogação que temos sobre o futuro.
Estamos vivendo uma sociedade que valoriza o ter mais que o ser... O dinheiro é
a máxima da vida agora, e esse valor coloca a vida por um fio...”
Professor Narciso José do Patrocínio diretor Presidente da ACRA
"Neste livro eu questiono o modelo de educação que temos hoje, oriundo do século
XIX e que não atende à modernidade, nem a especificidade de cada país... Não há
espaço para a diversidade cultural, nem para a sensibilidade. Há que considerar
os diversos saberes e incorporar a novidade... As formas de saber tem que dar as
mãos.. Não basta ter laptop e tablet nas salas. A questão da educação é o
professor. Tecnologias vão ser incorporadas se houver revalorização da função
dos docentes. O professor tem que estar no centro."
"Sou como fruta madura que cai lentamente. Procuro terra fértil para me transformar em semente e virar fruta novamente..." Mestre João Grande Essa sabedoria do Mestre João Grande,que marca a dinâmica da roda de capoeira,fez parte da nossa arte de viver e sonhar todos os dias de 2011 na ACRA. Continuaremos com ela nos nossos corações em 2012,compartilhando com outras pessoas que precisam acreditar na vida e a maturidade que a acompanha. As frutas que caem lentamente já anunciam o ciclo da vida. Estamos aqui de passagem... O mistério é transformamo-nos em sementes, que anunciam um futuro pleno, com outras frutas viçosas e saborosas que merecem ser compartilhadas com todos/as. A ACRA deseja que todas as crianças e jovens que hoje são sementes do amanhã, tornem-se belas frutas dignas para dar continuidade a outras SEMENTES. E a vida continua...
O arame tem a fibra de aguentar os toques da vareta ao som dos grãos contidos na palha trançada do caxixi.
Som:o resultante, terceiro elemento proporcionado pelo Senhor do movimento.
A cabaça - ventre no ventre constituindo a sonoridade.
Peixes , peixinhos filhos da Lagoa do Abaeté, filhos da CAPOEIRA.
Verde e Amarelo?
Ô sô, até na África sabem que ela é BRASILEIRA!,
Vá lá,Afrobrasileira!
A criação desse logo carregando toda essa concepção filosófica afrobrasileira é do escultor Marco Aurélio Luz
PRÊMIO DARDOS
O BLOG ACRA RECEBE MAIS UM PRÊMIO! PARABÉNS A TODA EQUIPE!
O Prêmio Itaú-Unicef visa reconhecer e estimular projetos de organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações socioeducativas, contribuindo, em articulação com a escola pública, para a educação integral de crianças e adolescentes. Ficamos muito honrados com o reconhecimento do nosso trabalho. Parabéns à toda Equipe ACRA DAYÓ"
Confiram o livro "Itapuã quem te viu e quem te vê" escrito para o público infanto-juvenil de autoria de Narcimária Luz
"Tun Óná Ri - Retomando o Caminho"
Esculturas de Marco Aurélio Luz - Elebogi. Á venda na Livraria EDUNEB (UNEB-Campus I, foyer do Teatro UNEB). (71) 3371-0107/ 0148 - Ramal 204 / 217
MOSTRA MIL CORES, MIL FOLHAS
Telas e poesias de Januária Correia do Patrocínio Luz que se intercambiam evidenciando a beleza do bairro de Itapuã e a sabedoria do viver cotidiano de sua população. A venda na Livraria EDUNEB (foyer do Teatro UNEB - UNEB, Campus I, Salvador). Telefnones: (71) 3371-0107 e 3371- 0148 - Ramal 204 e 217
"ALAFIÁ - PAZ E FELICIDADE"
Catálogo que reúne as Pinturas de Ronaldo Martins "frutos da árvore da sabedoria ancestral afriacana iorubá/nagô no Brasil". A venda na Livraria EDUNEB que fica no Campus I da Universidade do Estado da Bahia no espaço do foyer do Teatro UNEB. Telefones da EDUNEB (71) 3371-0107 ou (71) 3371-0148 - Ramal 204 ou 217
BLOG DA ACRA INDICA: Livro: OBA BIYI O REI NASCE AQUI
Marco Aurélio Luz e Deoscoredes M. dos Santos "Mestre Didi"
BLOG DA ACRA INDICA: Livro AGBON - ARTE, BELEZA E SABEDORIA ANCESTRAL AFRICANA
Ronaldo Martins é pesquisador do PRODESE, professor e artista plástico, para saber mais visite - http://www.ronaldomartinsarte.hpgvip.ig.com.br
"Todo indivíduo tem direito ao respeito da dignidade inerente à pessoa humana e ao reconhecimento da sua personalidade jurídica. Todas as formas de exploração e de aviltamento do homem, nomeadamente a escravatura, o tráfico de pessoas, a tortura física ou moral e as penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes são proibidos." (Artigo 5º - CARTA AFRICANA DOS DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS). Veja aqui o texto integral: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/africa/banjul.htm