Foto da internet
segunda-feira, 18 de abril de 2016
ILÊ AXÉ OPO AFONJÁ DO RIO DE JANEIRO TEM TOMBAMENTO HISTÓRICO
Ile Axé Opo Afonja do Rio de Janeiro
Foto da internet
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``O Inepac aprovou o tombamento do Terreiro de Candomblé Ilé
Asé Òpó Àfònjá (Casa da Força Sustentada por Xangô), em São João de Meriti
(RJ), de 1886. Agora, o pedido de reconhecimento do lugar como patrimônio
cultural segue para o governo do Rio. O Ile Axé Opo Afonja é o primeiro terreiro de candomblé
do estado´´.
Mãe Aninha, Iyalorixá Oba Biyi, fundadora do Ilê Axé Opo Afonjá no Cabula em Salvador, Bahia em 1910
Foto disponível em http://www.aganjuixola.com.br/origem
Mãe Agripina de Souza Iyalorixa Oba Deyi iniciada por Mãe Aninha foi Iyalorixá do Ilê Opo Afonja do Rio de Janeiro.
Igor Ricardo
Livro conta história do Ilé Àsé Òpó Afònjá
As atividades começaram em 1886 na Pedra do Sal, Zona
Portuária, onde os escravos vindos da África desembarcavam no passado. Após
várias mudanças para fugir da intolerância religiosa (veja na página 9 por onde
a casa passou), o centro se estabeleceu em Meriti em 1944, e lá está até hoje.
Quem coordena tudo por lá atualmente é a Mãe Regina Lúcia
D’Yemonjá, da quarta geração descendente de Mãe Aninha de Xangô, responsável
por abrir o terreiro há 130 anos (também na página 9, confira as mães de santo
que passaram pelo local).
Mãe Regina pertence a quarta geração descendente de Mãe
Aninha de Xangô
— Ela (Aninha) veio de Salvador (Bahia) para fundar a casa
no Rio. Mas, naquela época, nosso axé (fé) era muito perseguido pela polícia.
Então, tivemos que mudar muito de endereço até encontrar esse lugar na Baixada
— explica a Mãe Regina, de 75 anos.
Mãe Regina Lucia de Iyemanja atual iyalorixá do Ilê Axé Opo Afonja, foi iniciada por Mãe Cantu Iyalorixá Oba Ayra aquem sucedeu.
A ialorixá garante que hoje não sofre com essa perseguição e
afirma que é respeitada pelos vizinhos:
— Ao lado do terreiro tem uma igreja evangélica, mas ninguém
mexe com a gente. Até porque quando todos chegaram aqui, nós já estávamos. É
uma questão de respeito.
Centro de candomblé tem apenas mulheres para cuidar dos
afazeres
Com tanta importância, o terreiro espera ser tombado como
patrimônio histórico do estado até o fim do ano. E um dos maiores defensores da
ideia vem do catolicismo: o Frei Athaylton Jorge Monteiro Belo, o Tatá, da
Igreja de São João Batista, também em Meriti, que está ajudando na documentação
para abrir o processo de tombamento.
— O Ilé Àsé é um dos locais mais importantes para a história
negra do Rio. Esse tombamento vai fazer com que se crie aqui um turismo étnico
e religioso, além de ajudar a desconstruir qualquer tipo de intolerância e a
preservar tradições — diz o Frei, que é coordenador de políticas de igualdade
racial da Secretaria municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial de
Meriti.
Terreiro é dedicado ao orixá Xangô.
Evento comemorativo No Ilê Axé Opo Afonja R.J.
Enquanto não batem o martelo, a casa tem sua história
contada num livro. “Da Pedra do Sal até Coelho da Rocha — Ilé Àsé Òpó Afònjá”
foi escrito há algumas décadas por Ed Machado para celebrar os 100 anos do
terreiro e acaba de ganhar uma atualização.
— Nossa principal missão é manter a chama do candomblé
acesa. Xangô me deu essa responsabilidade, e junto com minha família vou
lutando para mantê-la — afirma Mãe Regina.
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Extraído do link:
Igor Ricardo em http://extra.globo.com/noticias/rio/terreiro-na-baixada-fluminense-completa-130-anos-pode-virar-patrimonio-cultural-18757554.html#ixzz45KmbFDpG
sábado, 9 de abril de 2016
CAMPANHA EM REDES SOCIAIS CELEBROU O CONTADOR DE HISTÓRIAS, O DIA NACIONAL CONTRA A DISCRIMINAÇÃO E O DIA DA INFÂNCIA
A Fundação Pedro Calmon através da Secretaria de Cultura do Estado homenageou, em suas Redes Sociais, no mês de março, o Dia Internacional do Contador de Histórias, Dia Nacional contra a Discriminação e o Dia da Infância com postagens de cards comemorativos ilustrando obras infantis que tematizam histórias de combate ao preconceito racial.Foram enfatizados livros infantis com temática indígena, negra e que tenham em suas páginas histórias que combatam a ideologia da discriminação.
A obra "Obá Nijô - O Rei que dança pela liberdade ", de Narcimária do Patrocínio Luz fez parte da lista com 10 livros infantis que combatem a ideologia da discriminação.
Confira os outros livros selecionados para a Campanha no link:
http://www.fpc.ba.gov.br/2016/03/318/Campanha-em-Redes-Sociais-celebrara-o-Contador-de-Historias-o-Dia-Nacional-contra-a-Discriminacao-e-o-Dia-da-Infancia.html
YEDAMARIA,ECLOSÃO DE CORES ,FORMAS E VIDA
Composição de mesas coloridas e bem postas com frutas,cristais,flores é uma das características da criação de Yedamaria
A
artista plástica baiana Yedamaria Correia de Oliveira, faleceu no dia 28 de
março em Salvador. Deixou-nos como legado sua arte que desde os anos de 1950, repercutia
em salões de artes plásticas na Bahia, Brasil e exterior.
"Barcos da água de meninos",1956. Menção honrosa no Salão Baiano de Artes Plásticas
Em
2006 o Museu Afro Brasileiro em São Paulo
através da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, organiza um imponente livro
que aborda a biografia da artista e suas obras revisitadas através de cada
momento de suas criações.
Livro organizado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Museu Afro Brasil,2006
Reynivaldo Brito escreveu no seu blog um texto interessante em 2011 informando o leitor sobre a ida de Yedamaria para uma exposição retrospectiva de sua obra e palestras na Califórnia State University, Northridge iniciativa do Departamento de Estudos Pan-Africano. Reynivaldo chama atenção de que Yedamaria era conhecida no exterior como a mais importante pintora negra brasileira da atualidade. Ainda no seu texto, Reynivaldo Brito vai destacar as impressões de críticos e artistas sobre a obra de Yedamaria.
Vale a pena conferir!
A seguir selecionamos um vídeo que tem uma entrevista com Yedamaria onde ela fala um pouco da sua trajetória.
Que Olorum a abençoe Yêda!
Imagem disponível em http://fotografiadicas.com.br/tim-flachs-fotografo/
Para saber mais sobre a biografia e legado artístico de Yedamaria visite também
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