A Associação Crianças Raízes do Abaeté, acolheu durante a sua existência, perspectivas de linguagens socioeducativas que afirmavam a dinâmica sócio-histórica e cultural do bairro de Itapuã.
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PRODESE E ACRA
VIDA QUE SEGUE...Uma das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.A Acra em parceria com o Prodese fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos nacionais e internacionais,participações exitosas em editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de ser e pertencer as suas comunalidades.Gostaríamos de registrar o nosso agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.
No dia 11 de dezembro aconteceu o Iº Festival de Arte Educação Afro-brasileira da ACRA. Foram desenvolvidas atividades singelas e siceras que na busca de expressão de sabedoria e beleza emocionaram a quantos estiveram presentes.
As atividades foram abertas pela apresentadora da ocasião, professora Narcimária Correi do Patrocínio Luz, que convidou cada um dos responsáveis a se apresentar e saudar o público convidado. Destaque para as educadoras Jackeline Pinto do Amor Divino, Léa Austerlina Ferreira, Rosângela Accioly, Paula Grejianin, Daniela Cidreia e Sara Soares, todas pesquisadoras do PRODESE - Programa Descolonização e Educação da UNEB.
Em seguida foi a vez de Sidney Argolo, responsável pela música e direção musical do auto coreográfico ITAPUÃ A CANÇA DO INFINITO de autoria de Narcimária Luz, introduzir a apresentação das crianças que também receberam a orientação coreográfica das professoras Eliane Santos, Rosângela Accioly e Daniela Cidreira.
Depois foi a apresentação da roda de capoeira pelo professor Rupi, que falou da sua participação com "Teimoso" e "Abelha" (ambos integrantes da ACRA) no intercâmbio cultural com o Grupo Abolição Oxford na Inglaterra promovido pelo Contra Mestre Luís Negão, fundador da ACRA. Da roda de capoeira aconteceu depois de Maculêlê.
A professora Narcimária ressaltou que a capoeira é a base de sustentação da ACRA. Foi ela também a responsável concepção do singelo festival, que contou ainda com uma sala de Mostra de Arte com esculturas em madeira de arte afro-brasileira de Marco Aurélio e também quadros de Janus, Januária Correia do Patrocínio, com os respectivos livros que retratam a obra.
Na Mostra o público pode conhecer também os ensaios desenvolvidos pelas crianças em atividades durante o ano em: Grafitagem sob a orientação de Tárcio Vasconcelos; esculturas em argila, desdobramentos de contos afro-brasileiros sob a responsabilidade de Daniela Cidreira, Leitura e Escrita com Sara Soares e instrumentos de percussão com Sidney Argolo.
Noutra sala havia exibição de slides das atividades da ACRA, com os intercâmbios com o grupo de Oxford Inglaterra e outros eventos de 2009.
Além dos nossos artistas mirins da ACRA, Marco Aurélio e Januária, recebemos a visita da Diretora do Grupo Teatral ODEART, Janice Nicolin, do ator Jackson Costa e do Diretor do bloco afro Bankoma, Sr. Fernando. O evento também foi prestigiado pela diretora da Escola Abaeté, professora Rose, do diretor do Colégio Almirante Barroso, Professor Paulo Péricles e o Professor de Lietratura Roberto.
(Marco Aurélio Luz e Januária Correia do Patrocínio)
Por fim, mas não menos importante, foi servido aos presentes acrajé, abará, bolinho de estudante, tudo muito saboroso e quentinho, servido no tabuleiro da Sra. Aparecida dos Santos, importante liderança da tradição nagô na Bahia.
Lembramos que todo ânimo do evento foi sustentado pela garra e iniciativas de todas as criaças que colaboraram na decoração do espaço e de pessoas importantes no contexto da ACRA, que são os pais, destaque especial para a Sra. Célia Maria de Jesus, Sr. Alberto e Sra. Márcia.
Pairando por tudo isso a pessoa incansável, batalhadora, de um educador que não se cansa de sonhar e propor formas de convivência para um mundo melhor: o Professor Narciso José do Patrocínio.
(Da esquerda para a direita, Prof. Rupi (Capoeira), Prof. Abílio (Inglês) e Professor Narciso.)
A EDITORA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - EDUNEB E O PRODESE - PROGRAMA DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO TEM A HONRA DE CONVIDAR PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO
ITAPUÃ QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ! AUTO COREOGRÁFICO UMA COMPOSIÇÃO POÉTICA PARA CRIANÇAS E JOVENS NARCIMÁRIA CORREIA DO PATROCÍNIO LUZ
Prezados/as amigos/as, parceiros/as, visitantes e comunidade de Itapuã,
Temoso prazer de convidá-los para compartilhar com as crianças, jovens efamílias da ACRAuma tarde de entretenimento visando celebrar o êxito denossas trajetórias duarante o ano de 2009.
Dia 11.12.09 as 16:00 na ACRA (Parque Metropolitano do Abaeté, 20 - Itapuã)
PROGRAMAÇÃO:
* MOSTRA DE ARTES DA ACRA
Esculturas em madeira de Marco Aurélio Luz
Pinturas em tela de Januária Avelina Correia do Patrocínio
Painéis grafitados pelas crianças da ACRA.
* LANÇAMENTO DOS LIVROS:
TUN ONÁ RI, RETOMANDO O CAMINHO de autoria de Marco Aurélio Luz.
MIL CORES MIL FOLHAS de autoria de Januária A. C. do Patrocínio.
* RODA DE CAPOEIRA
* MACULÊLÊ
* EXPOSIÇÃO DOS ENSAIOS DESENVOLVIDOS NAS OFICINAS
Paula Grejianin: Professor Tárcio, como está sendo sua experiência na ACRA?
Tárcio Vasconcelos: Recebi o convite para integrar a equipe do ACRA através da prefeitura de Salvador onde faço parte do PROJETO SALVADOR GRAFFITA que vê na arte urbana uma proposta educativa através da arte dos muros. Quando cheguei vi tudo como uma troca de informações por se tratar da poesia encantadora que o bairro de Itapuã possui, as crianças topam tudo e são diretamente ativas no trabalho que desenvolvo atrelado a proposta da direção e coordenação. Pra é mim é gratificante demais, é uma proposta unitária que envolve a comunidade, sua história e vivências.
Paula Grejianin: Quais atividades estão sendo desenvolvidas?
Tárcio Vasconcelos:Na ACRA ao longo do processo de trabalho foram desenvolvidos os métodos básicos para entender e praticar o graffite, entre teoria e história da arte, até o cotidiano dos alunos e, na prática, os conceitos básicos do desenho, cor, luz, sombra, ate o manuseio das latinhas de spray sobre a parede.
Paula Grejianin: Como está sendo o envolvimento das crianças e jovens da ACRA?
Tárcio Vasconcelos: Os meninos e meninas são ótimos, temos uma amizade além do plano formal professor/aluno, trabalhos com muita vontade e de acordo com a realidade que vivemos.
Paula Grejianin: Como foi escolhido a pintura do mural no interior da ACRA?
Tárcio Vasconcelos:Para a pintura do mural desenvolvemos o painel sempre por partes, sugerimos que fosse algo convidativo e que todos fizessem parte da pintura.. aí já viu...
Paula Grejianin: Que outras atividades de graffite serão feitas?
Tárcio Vasconcelos:O trabalho não pode parar, temos o máximo que a arte nos presenteia: a criatividade...
Resultado final do painel pintado pelos alunos e alunas do Professor Tárcio Vasconcelos.
IBI È MÍ DÍJO! Em tupi-guarani Ibique quer dizer terra, e as palavras È mí díjo, que em yorubá quer dizer vida e juntos. “A terra só é vida juntos!”. Trata-se de um projeto concebido pela professora e pesquisadora do PRODESE - Programa Descolonização e Educação, Rosângela Accioly Lins Correia e desenvolvido no âmbito do Colégio Municipal Santa Júlia localizado em Itinga, Lauro de Freitas. A iniciativa surgiu da constatação do legado do povo Tupinambá e dos povos africanos no município e através desse legado histórico são desenvolvidas atividades para as crianças colocando-as em contato com os vínculos de sociabilidade e as linguagens das comunalidades indígenas e africano-brasileiras afirmando e legitimando os valores comunais da Bahia.
Apresentação do projeto para a comunidade escolar pela educadora Rosângela Accioly.
O projeto IBI È MÍ DÍJO é desenvolvido com crianças de quatro anos e outras turmas da Educação Infantil que também participaram nos turno vespertino e matutino, envolvendo-as em várias “oficinas” lúdico-estéticas: contação de histórias; musicalização infantil; roda de capoeira; pesquisas; reconhecimento da história dos seus bairros; visita a aldeia indígena do município de Lauro de Freitas; organização de uma horta suspensa; oficina de xequerês, instrumento afro-brasileiro.
Agradecimentos a Diretora do Colégio Santa Júlia Rosilda,a vice Diretora Iêda, a coordenadora Rosameiry, todos os professores da Educação Infantil e auxiliares de classe que mantiveram um carinho muito especial com este trabalho.
Dança indígena com Limbo e Ipojucam
Atividade de pintura da visita à aldeia Thá-fene - alunos de 04 anos
oficina de xequerê - professor Sidney Argolo - alunos de 04 anos
Culminância do projeto com as crianças, professora Rosângela Accioly e a auxiliar de clase Teresa.
Professora Rosângela Accioly e a Diretora do Colégio Santa Júlia, Rosilda
* Lúcia Marçal é Mestra em Educação e Contemporaneidade da Universidade do estado da Bahia –UNEB, Professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio das escolas públicas do estado da Bahia.
Sobre Palmares, nos registros da ideologia da história há duas interpretações de expressão e inspiração marxista que sobressaem: uma reduz o evento a uma luta de classes, senhores contra escravos e escravos contra senhores - Décio Freitas - e o quilombo seria uma república palmarina. Outra percebe o quilombo do mesmo modo só que acrescenta e realça as relações de produção coletivas - Edson Carneiro. São obras importantes com pesquisas nos arquivos da documentação da época colonial e tudo mais.
Agora, eu prefiro adotar a metodologia "Sankofa", "nunca é tarde para voltar e apanhar o que ficou para trás...aprender com o passado para construir o futuro", em homenagem a Elisa Larkin, para compreender o Palmares como a transposição e continuação do reino do Ndongo (Angola) no Brasil.
No projeto da Companhia das Índias Ocidentais o tráfico e comércio triangular Angola-Pernambuco-Europa era o mais lucrativo para as aplicações do capital financeiro. O tráfico escravista era o segmento mais lucrativo. A afamada Rainha Ginga, a Rainha Invisível, que estabelece a guerra contra os invasores portugueses e seus aliados em seu território consegue quebrar com o fluxo escravista. Gente do Ndongo e de reinos vizinhos integrantes do império do Congo formaram a base do Palmares e desestruturaram no Brasil a economia de produção de açúcar em Pernambuco baseada na inaudita exploração do trabalho escravo sob tortura.
Palmares nas Américas, se destaca por repor a territorialização do contínuo civilizatório africano, agora africano-brasileiro, e por manter acesa a chama da liberdade, com que os palmarinos de Zumbi queimaram muitos canaviais.
Depois o tráfico escravista se deslocou para outras regiões da África e do Brasil. Vieram outras gentes, principalmente do império de Oyó e do reino do Dahomé. Aqui no Brasil com o mesmo denodo cultivam a busca de afirmação da liberdade e todos juntos, formam uma vasta comunalidade de cultura, valores linguagens e instituições.
Podemos dizer que o fluxo civilizatório africano brasileiro mantém através de nossa história sua pujança através da tradição de afirmação existencial dos ancestrais e hoje podemos afirmar que a força do negro está na sua própria civilização.
Esta semana damos continuidade à exibição do documentário Capoeira Paz no Mundo produzido pelo Ministério da Cultura em 2007 a propósito da afirmação da capoeira como partrimônio nacional e também por reconhecer nela, um canal de comuinicação valioso entre os povos, capaz de propor uma ética da coexistência visando a paz no mundo.
Na semana passada postamos as partes 1, 2 e 3. Acompanhem agora as partes 4, 5 e 6 do documentário que tem sua culminância em Genebra, numa homenagem ao diplomata Sérgio Vieira de Melo morto num atentado a sede das Nações Unidas em Bagdá.
Em menos de um mês o blog da ACRA tem recebido muitas visitas que lêem, gostam, aprendem, extraem aspectos para estudos, indagam, indicam para amigos/as, aproximam-se de perspectivas importantes sobre a nossa população, etc.
Pois bem. Um dos nossos visitantes lendo sobre aspectos extraídos da pesquisa da Professora Narcimária Luz sobre o Quilombo Buraco do Tatu, comentou: “Gostaria de maiores informações sobre o Quilombo Buraco do Tatu. Por que esse nome? Enfim... Poderiam me ajudar?”
Aqui vai uma boa reflexão feita por um dos nossos importantes colaboradores, o cientista social Doutor Marco Aurélio Luz.
PANGOLIN OU TATU: ASPECTOS DA SIMBOLOGIA AFRICANA
Colaboração do Professor Doutor Marco Aurélio Luz
O animal equivalente ao tatu na África é o pangolin. Ele come insetos, evita o combate direto e diante de um ataque inevitável ele aproveita sua carapaça dura para se enroscar virando uma bola se tornando inviolável e invulnerável. O tatu, ou pangolin, possui grandes garras que lhe permite cavar extensos buracos que se constituem em rotas de fuga e esconderijo quando ameaçado.
No reino de Benin, (não confundir com o país Benin antigo Dahomé), o pangolin é elemento de grande significação simbólica. A linguagem e os valores da tradição cultural que o envolvem inspiram sábias estratégias de luta pela vida. Trajes do rei de Benin expressam essa identificação simbólica com esse animal. Também encontramos essa identificação simbólica com o pangolin nas "armaduras" dos guerreiros do reino do Benin expressas nos famosos alto relevos da arte esculpidas em bronze. A planta arquitetônica da cidade do Benin, de forma espiralada com o palácio do Oba, rei, e o mercado no ponto inicial também alude a forma esférica de defesa do pangolin.
Dessa forma como indica o símbolo Ashanti, Sankofa, "nunca é tarde para voltar e apanhar o que ficou para trás... aprender com o passado para construir o futuro”. Assim podemos ter uma idéia aproximada sobre a escolha do nome do quilombo em Itapuã (1744 e 1764) pelos nossos antepassados africanos: Buraco do Tatu.
Alto relevo em bronze arte tradicional do Benin.Guerreiros com “armaduras do pangolin”.
VALDEMAR SANTANA, AINDA UMA REFLEXÃO SOBRE O TATU.
Um aluno de capoeira de Mestre Bimba, meu amigo e irmão Muniz Sodré contou-me que certa feita em uma de suas lições o mestre perguntou aos seus alunos o que fariam se tivessem pela frente alguém os ameaçando armado com uma faca. Todos contaram suas bravatas demonstrando os golpes que dariam para livrá-los de tal situação e ainda dominar o agressor. Mestre Bimba nada disse, só ouviu.
Mas a ansiedade do grupo fez com que ousassem a pergunta inevitável:
-E o senhor Mestre o que faria?
Ao que Bimba respondeu mais ou menos assim:
-Eu? Eu saía correndo! Se insistisse procurava uma esquina para surpreender escorando...
A capoeira nasce para enfrentar um adversário melhor armado, procurando estratégias de contornar e evitar o combate de frente, para surpreender num momento mais favorável. É a inspiração da Rainha Ginga do Ndongo (Angola), a Rainha Invisível, na luta contra os portugueses escravistas, guerra de deslocamentos através dos Kilombos, acampamentos militares.
Pois, pois, como dizem os outros...
Na década de 1950 Valdemar Santana um dos maiores lutadores que o mundo já viu, discípulo de Mestre Bimba, morando no Rio de Janeiro estava na ambiência da academia de jiu-jítsu de Helio Gracie, até então tido como maior lutador do Brasil. Vai que quis o destino que Valdemar fosse enfrentar Hélio numa luta de vale tudo, sem quimono e sem rounds ,aberta ao público que lotou o ginásio de esportes. Com toda imprensa apoiando Hélio envolvida pelas ideologias racistas só esperavam a confirmação da "superioridade do branco descendente de inglês". Isso foi em 1955.
A luta tornou-se uma das mais longas que o mundo já viu. Sabendo que as armas de Hélio eram as chaves do jiu-jitsu, Valdemar adotou a tática do tatu, acocorado no chão enfeixado sobre si mesmo, não permitia uma sobra de membro que pudesse favorecer as táticas do adversário. Quando esse dava uma brecha tentando catar um braço, uma perna, um dedo, um pescoço, Valdemar punha-se de pé e forçava Hélio a persegui-lo dando um e outro golpe no contra ataque, em seguida, pronto novamente enroscado como o tatu. Depois de 3 horas e 45 minutos, com Hélio exausto e desguarnecido Valdemar desferiu a meia lua de compasso, o pé voa na cara do oponente. O adversário caiu desfalecido.
Valdemar Santana filho da Bahia, a Roma Negra como disse Mãe Aninha, Iyalorixa Oba Biyi, entra para nossa história, para nossa honra.
Todos sabem que a base da linguageminaugural da ACRA é a capoeira, sob a responsabilidade do Contra Mestre Luís Negão. Vamos apresentar durante o mês de novembro o documentário Capoeira Paz no Mundoproduzido pelo Ministério da Cultura em 2007. A ACRA vai apresentar o documentário em 06 (seis) partes conforme encontramos disponibilizado no You Tube. O documentário foi feito a propósito da afirmação da capoeira como partrimônio nacional e também por reconhecer nela, umcanal de comuinicação valioso entre os povos, capaz de propor uma ética da coexistência visando a paz no mundo.
Acompanhem as 03 (três) primeiras partes do documentário que tem sua culminância em Genebra, numa homenagem ao diplomata Sérgio Vieira de Melo morto num atentado a sede das Nações Unidas em Bagdá.
Vale a pena conferir!
Semana que vem não percam as 03 (três) partes que finalizam este documentário
ACCRA é a capital de Gana e é a cidade mais populosa do país. Gana fica na costa da região ocidental de África.A palavra Accra é derivada da palavra formigas significado de Nkran, referência aos inúmeros formigueiros visto no campo em torno de Accra. Durante parte da sua história, Accra serviu como um centro de comércio com o português, que construiu um forte na cidade, seguido do sueco, holandês, francês, britânico e dinamarquês, até o final do século XVII. O que motivou essa invasão européia foram os recursos naturais de Gana destaque para o ouro, diamantes, manganêse bauxita.
Em Gana encontramos o kente um tecido colorido contendo um grafismo original. Ser tecelão em Gana é ter muito valor e faz parte da hierarquia que organiza as comunidades.O kente faz parte de umatecnologia milenar muito importante. A cidade do tecido kente é Kumasi. Assim como na Bahia a percussão é a base da música de Gana.
Em 1957 Gana conquistou sua independência na época predominantemente britânica e a população no processo da independência usou o lema:"é melhor ser independente para governar sozinho, bem ou mal, do que ser governados pelos outros".
Outra coisa importante que nos liga a ACCRA é que a população afro-brasileira liberta que retornou para a África instalou-se em Gana e criaram uma comunidade conhecida como Tabom que, segundo alguns historiadores, refere-se à expressão que eles costumavam utilizar quando se referia há alguma coisa boa, ou dizendo que entendeu a mensagem:” tá bom!”. Esses afro-brasileiros ficaram em ACCRA, mas depois fundaram o bairro de Jamestown.
AComissão de Defesa da OUA-Organização da Unidade Africana, hoje denominada U.A.-União Africana está instalada em Accra. Foicriada pelo imperador da EtiópiaHaile Selassie1963reunindo 32 representantes de países africanos que assinaram um tratado com o intuito de : “promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos; coordenar e intensificar a cooperação entre os estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os povos de África; defender a soberania, integridade territorial e independência dos estados africanos; erradicar todas as formas de colonialismo da África; promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; coordenar e harmonizar as políticas dos estados membros nas esferas política, diplomática, econômica, educacional, cultural, da saúde, bem estar, ciência, técnica e de defesa".
Vale ressaltar a importância da OUAno processo de descolonização dos países africanos através do seu Comitê Coordenador de Libertação da África. Estão aí incluídas as pressões internacionais contra o apartheid na África do Sul e na Rodésia. Nesses paísesas políticas genocídas àpopulação foram encaminhadas internacionalmente condenado-os como “crime contra a Humanidade” na Conferência de Teerão de 1968. A OUA foi substituída pela União Africana a 9 de Julho de 2002. Maiores informações consulte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_da_Unidade_Africana.)Vale
Bandeira de Gana
Colaborou para este texto Jackeline Pinto do Amor Divino pesquisadora do PRODESE e mestranda em Educação e Contemporaneidade da UNEB.
O Blog da Acra rende novamente homenagem a Miriam Makeba, cantora Sul-africana que encantou o mundo com sua voz e sua luta em defesa dos direitos humanos.
Miriam Makeba faleceu em 10 de novembro de 2008, em homenagem a este dia, publicamos aqui o vídeo da Música Pata Pata que já embalou várias gerações no mundo inteiro.
Para aproximar nosso leitor/a do tema Dinâmica da Civilização Africano-brasileira, trouxemos para o blog da ACRA uma entrevista especial com o Professor Doutor Marco Aurélio Luz, autor dos livros Cultura Negra em Tempos Pós–Modernos e Do Tronco ao Opa Exin, referências bibliográficas importantes nos estudos desenvolvidos pela equipe PRODESE-Programa Descolonização e Educação UNEB/CNPq, responsáveis pelo projeto DAYÓ na ACRA.
Essa entrevista com o Professor Marco Aurélio, foi realizada logo após a conclusão do seu Pós- Doutorado na Sorbonne e publicada na coluna do Professor Doutor Edivaldo Boaventura no Jornal A Tarde, no contexto do lançamento desses dois livros citados aqui. Agora a ACRA apresenta a entrevista atualizada acompanhando a 3ª edição do livro Cultura Negra em Tempos Pós–Modernospela EDUFBA.
BOA LEITURA!
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P – Sobre a publicação dos livros Cultura Negra em Tempos Pós–Modernos e Do Tronco ao Opa Exin, o que eles representam no conjunto das suas obras?
Luz – Quase todos os meus livros procuram se situar num novo continente epistemológico, isto é, para além da problemática de “raça e classe”, e instalar-se no que poderia chamar de problemática de diversidade humana, afirmação socioexistencial, e pluralidade cultural e civilizatória. Nessa problemática refiro-me basicamente à cultura africano-brasileira. O livro Do Tronco ao Opa Exin é exatamente em torno da trajetória histórica dessa cultura, valores, linguagem e instituições.
P -Explique o porquê de situar-se ideologicamente para além da problemática de “raça e classe”.
Luz - Problemática é uma categoria divulgada pelo grupo de epistemólogos liderados por Althusser. Refere-se a uma construção ideológica cujos problemas a serem colocados limitam o âmbito das respostas. No caso específico essa delimitação recalca a presença do contínuo civilizatório aborígine, e também do africano no Brasil. Em certo trecho das obras de Marx, explicando que uma máquina só ganha significado histórico quando está inserida nas relações de produção diz que o mesmo se aplica ao “negro escravo”, fora das relações de produção é apenas um negro!!! Assim os marxistas só entendem, não só o negro, mas toda a humanidade pelo viés das relações de produção e da luta de classes no âmbito da Europa e de suas projeções coloniais e seus desdobramentos. Faz parte também do repertório marxista denominar outros processos produtivos como da África pré-colonial e da América pré-colombiana de “comunismo primitivo” inserindo já na própria denominação um recalque ideológico evolucionista.
No que se re fere a problemática criada pelo “conceito de raça” ele se sustenta numa falsidade ideológica, qual seja, a de que existem raças humanas. Ele opera para diferir e naturalizar relações de exploração no âmbito do colonialismo e do neocolonialismo. Os de “raça branca” são considerados de “civilização superior” aptos a mandar, as demais, “raças inferiores” para obedecer. Apresenta falsamente as diferenças como desigualdades, para manter ações de discriminações que caracterizam a ideologia que chamamos racismo.
Para mim diferenças há, mas elas são percebidas num outro continente teórico, ultrapassando essas barreiras ideológicas, constituindo, se podemos assim chamar, de uma nova problemática da diversidade humana e da pluralidade sociocultural resultante dos diferentes fluxos civilizatórios.
P - Porque diversidade humana e pluralidade sociocultural?
Luz – A humanidade em sua trajetória civilizatória desde o antigo Egito na África, que se apresenta socioculturalmente diversa, plural, politica, múltipla e variada. O que é comum é a sociabilidade, a pulsão de viver em sociedade, o desejo de estar junto. Povo território, identidade, ethos e eidos, o compartilhar paixões, emoções e elaborações na criação e ocupação, na construção dos espaços, territorialidades e do tempo, temporalidades sociais.
A riqueza existencial da humanidade é a variada forma das constelações simbólicas, culturais, civilizatórias, alicerçadas sobre elaborações em torno dos mistérios do estar no mundo e o próprio mundo...
Todavia, nos “tempos modernos” categorias totalizantes europocêntricas e evolucionistas como Estado, classe, raça, etc. procuram encobrir o trágico da modernidade: a tentativa de destruição do outro, do diverso, do diferente, e ao mesmo tempo semelhante: nascemos, crescemos, e morremos... Todo sangue é vermelho.
P-Em relação ao Brasil como se situam essas preocupações?
Luz- O que chamamos Brasil, nome dado pelos colonizadores, por um lado, é essa situação trágica vivenciada de modo agudo de maneira geral. Uma gênese do nome diz tudo: local de retirada de produtos matéria prima, através da exploração do trabalho e da conquista de territórios, para riqueza e acumulação contábil dos europeus e seus descendentes espalhados pelas Américas. Pau- Brasil, até hoje é o mesmo nome... “país mercado colonial e neocolonial.”
Há um hiato na composição do Estado-nação cujos limites territoriais são ocupados também por diversos povos pré – colombianos ou pré- cabralinos se preferirmos, incluídos aí os oriundos do continente africano.
O trágico da era moderna é que esses povos, vistos pela ideologia econômica que alimenta a razão de Estado como “mão de obra barata” e muitos deles, os chamados afro-descendentes e os chamados “índios” sem terem seus direitos sobre suas terras reconhecidos, também não são legitimados em suas formas próprias de sociabilidade, exatamente por isso. E como conseqüência disso tudo temos presenciado a guerra constante, a violência, o genocídio, a exploração, a desterritorialização, o racismo, as alterações catastróficas na natureza, que chegam a uma dimensão tão intensa que estão pondo até mesmo o planeta em perigo de destruição.
O Brasil não está fora dessa “ordem mundial” que está em crise, dando passagem a novos tempos, a modernidade dá lugar à emergência de novos valores, constituintes do que chamamos pós-modernidade.
Os tempos pós modernos na concepção de Michel Maffesoli resultam do movimento pendular do “sprit du temps”, o espírito do tempo que oscila entre valores prometéicos, e valores dionisíacos, querendo dizer com isso ora a predominância dos valores da “ciência” e da técnica ora a predominância dos valores sagrados ligados aos mistérios da natureza, à Mãe Terra.
Neste contexto na constituição do Estado totalizante atuam forças centrípetas e centrífugas simultaneamente, de um lado atraindo para o centro para a sujeição voluntária às chefarias burocráticas, aos especialistas da cidade, de outro afastando para a margem os que soçobram ou os que constituem outras formas de sociabilidade formando redes comunitárias, comunalidades. È nesse território que acontece o fluxo das civilizações aborígines e as de origem africana, no Brasil e nas Américas em geral.
È, portanto nessa territorialização que a pós modernidade encontra um solo fértil para suas utopias de uma nova ética de reconhecimento e respeito à alteridade bem como de reconhecimento da inclusão da espécie humana na composição da Natureza que, portanto tem que ser preservada como composição do mistério transcendente do existir.
Na dinâmica das dialéticas institucionais acontece a circulação de identidades e pertenças, e pelas fissuras e interstícios do Estado em crise sucedem-se os desafios da luta de afirmação existencial e por direitos de legitimação.
Nesse contexto se dá outra conotação do Pau Brasil, nome de uma árvore...
MICHEL MAFFESOLI EM ORDEM DAS COISAS: PENSAR A PÓS-MODERNIDADEEditora: Forense Universitária/2016
Contra o racionalismo dessueto, o economicismo triunfante, o progressismo encantatório e a inautenticidade de suas fórmulas vazias, Michel Maffesoli canta a infinita ternura do mundo e nos lembra que o sentimento trágico da vida concorda com a Ordem das coisas.Neste novo ensaio, o teórico da pós-modernidade percorre com alegria o pensamento sociológico, perscruta as vibrações do viver-junto e insiste na oposição entre a potência horizontal secretada pela sabedoria popular e a rigidez do poder vertical, vinda de Deus ou das ideologias monoteístas.m
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
MICHEL MAFFESOLI EM HOMO EROTICUS PÓS-MODERNO: COMUNHOES EMOCIONAIS
Alquimias festivas, culto do prazer, começo da vida, retorno poderoso dos afetos e das emoções - Eros triunfa e nos ensina acerca da profundeza que se esconde sob a superfície das coisas, no oco de nosso cotidiano e de sua própria banalidade. Trunfo da razão sensível sobre os velhos racionalismos científicos, do querer-viver coletivo do indivíduo, de sua alegria dionisíaca sobre os monoteísmos dissecadores e morais áridas que esterilizam a ação. Triunfo de impulsões e do imaginário da progressividade criada por nossas elites e da virtuosidade de nossos bons pensamentos. Atento aos humores e aos entusiasmos secretos do corpo social, rodeados de vibrações do mundo que compõem nossa pós-modernidade, Michel Maffesoli assina uma obra importante, resultado de trinta anos de reflexão, um livro-manifesto que canta a eterna juventude do mundo e anuncia uma ruptura epistemológica destinada a renovar em profundidade as condições do pensamento filosófico. Orgia contemporânea, sobretudo pelo vigor e ousadia do pensamento.
RECOMENDAÇÕES DE LEITURA
Mônica Lemos Bitencourt.Salvador:Boa Ideia ,2016
EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIFERENÇAS: olhares (des)colonizados e territorialidades múltiplas
Mille Caroline Rodrigues Fernandes e Mariana Martins de
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
OBA NIJÔ
“Em Oba Nijo, O rei que dança pela liberdade, livro para o público infanto- juvenil, Narcimária do Patrocínio Luz nos leva a dar um passeio pela história da presença do negro baiano na luta pela liberdade através de um fato, a insurgência e revolta nas armações de pesca de Itapuã no século XIX, liderada por Francisco admirado como grande dançarino segundo as notícias oficiais... O ‘fato histórico’ é envolvido pela imaginação criativa dos valores e linguagens da tradição afro-brasileira. É a poética que vai constituir a narrativa de Narcimária. É a atmosfera da alusão à iniciação aos poderes da religião, que permite a autora embelezar seu texto com encantadoras fantasias. É todo um imaginário de encantamento poético que emerge dos fatos e torna-os mais reais.”
Marco Aurélio Luz
“Com muita alegria, felicito a Editora Pallas pela publicação muita oportuna deste belo livro de Narcimária Correia do Patrocínio Luz, OBA NJO, O REI QUE DANÇA PELA LIBERDADE, valiosa contribuição para a ainda escassa literatura infanto-juvenil afro-brasileira. A obra é enriquecida pelas ilustrações de Ronaldo Martins, imagens com traços e símbolos atraentes e significativos, inteiramente integradas e adequadas ao texto, coerentes com uma história de luta pela dignidade do povo negro no Brasil. Este livro não se direciona apenas a um público leitor afro-descendente, mas a todo brasileiro, independente de sua etnia ou origem, pois é de suma importância tanto o conhecimento e a divulgação de episódios de nosso passado histórico relativos à vida, ao labor e à resistência de nossos antepassados africanos, o que em geral ainda é silenciado, como a valorização da convivência na diversidade.”
Moema Parente Augel
COMUNICAÇÃO, MÚSICA POPULAR E SOCIABILIDADE
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
Recomendamos aos nossos visitantes o livro “Comunicação, Música Popular e Sociabilidade” de autoria do professor da Universidade Federal de Minas Gerais e um grande parceiro do PRODESE.
“O livro reúne pesquisas e estudos sobre diversidade de brasileiros afrodescendentes e eurodescendentes (negros e brancos) que aparecem através do repertório poético-musical (dito popular). Esta riqueza lítero-musical integra e ajuda a sustentar a formação sócio-cultural e histórica brasileira. Pelo rádio e pelo disco (mídias), vozes brancas e vozes negras criaram e propagaram canções que falam de amor, influenciadas pela origem étnico-cultural - produção coerente com o ethos, a ética, a lógica e a estética herdadas e recriadas pelos criadores que revalidaram ou reavaliaram valores originários de tradições míticas afro-brasileiras ou de tradições míticas cristãs e judaicas. Essas produções poético-musicais compõem uma rica e valiosa memória sonora e afetiva de dramas, de amores, de desamores e de errâncias de homens e de mulheres comuns. Cantando, esses brasileiros teceram e tecem, registraram e registram sua humanidade, no Brasil marcado pela diversidade étnica, cultural e social.” Dalmir Francisco
O livro pode ser adquirido na Fino Traço Editora no endereço
http://www.finotracoeditora.com.br/
ECOS QUE ENTOAM A MATA AFRICANO-BRASILEIRA
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
ECOS QUE ENTOAM UMA MATA AFRICANO-BRASILEIRA de autoria da professora Janice de Sena Nicolin
“O livro é fruto da análise da experiência vivida pelo Grupo Teatral Artebagaço em um colégio público de Ensino Médio na área de Língua Portuguesa, no bairro do Cabula, em Salvador. Concebida como Projeto Odeart, a experiência apela para a episteme africano-brasileira com o intuito de superar o etnocentrismo que alicerça as políticas públicas de Educação. Portanto, através da vivência no Cabula e do testemunho da história e sociabilidade de sua gente, a autora consegue trazer os problemas de educação com uma amplitude maior.”
O livro pode ser adquirido na editora EDUFBA no endereço http://www.edufba.ufba.br/
Preço : R$ 30,00
PARCERIA PRODESE E A TV ESCOLA
O PRODESE vem colaborando com o Ministério da Educação através da TV Escola,em programas,debates e publicações.
A seguir, algumas publicações recentes que contaram com a nossa colaboração e estão disponíveis no site http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/livros.asp.
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
NOVIDADE!
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AGADÁ DINÂMICA DA CIVILIZAÇÃO AFRICANO BRASILEIRA 3ª EDIÇÃO
Encontra-se disponível para compra nas Livrarias da Editora da Universidade Federal da Bahia e no setor comercial da Editora a 3ª edição da obra Agadá: dinâmica da civilização africano-brasileira, de autoria de Marco Aurélio de Luz.
Informações adicionais sobre este livro:
ISBN: 978-85-232-1074-8
Área: Ciências Sociais
Páginas: 596 p.
Formato: 17 cm x 24 cm
Peso: 870g
Preço: R$50,00
DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DIÁLOGOS E PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
A iniciativa de organizar esse livro é resultado de inquietações que apareceram durante nossa trajetória na Universidade, na área de Educação. É um livro que carrega não apenas as reflexões que fizemos durante anos na docência universitária, mas o fluxo de reflexões que permaneceram em nós, insistindo, incomodando e nos convidando a pensar para além dos grandes sistemas explicativos fincados na ortodoxia dos valores de prolongação colonial, ainda em voga nos espaços acadêmicos. Estamos comemorando dezesseis anos, e temos a alegria de festejar essa belíssima e corajosa trajetória, através da publicação deste livro. Autores/as Ana Rita Santiago, Henrique Cunha Júnior, Jackeline Pinto Amor Divino, Janice de Sena Nicolin, Januária Correia do Patrocínio, Magnaldo Oliveira dos Santos, Marco Aurélio Luz, Márcio Nery de Almeida, Mille Caroline Rodrigues Fernandes, Naiára dos Santos Bittencourt, Narcimária Correia do Patrocínio Luz, Ronaldo Martins dos Santos, Rosângela Accioly Lins Correia, Sérgio Ricardo Santos da Silva, Valdélio Santos Silva. Editora: EDITORA CRV/ ISBN: 978-85-8042-666-3/ Número de páginas: 246 Para adquirir o livro acesse a página da Editora CRV http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3796
O livro ITAPUÃ DA ANCESTRALIDADE AFRICANO-BRASILEIRA de autoria de
Narcimária C.P. Luz publicado pela EDUFBA, já está disponível nas livrarias.
Anotem onde o livro pode ser adquirido.
A EDUFBA dispõe de três livrarias: campus
do Canela (atrás da Reitoria), campus de Ondina (térreo da Biblioteca Reitor
Macedo Costa) e no Largo 2 de Julho, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO);
Também envia os livros para livrarias comerciais de Salvador (LDM, Civilização
Brasileira, Livraria do Aeroporto, Galeria do Livro e Livraria Nobel) e para um
distribuidor em São Paulo (Empório dos Livros
“Acredito em Educação como um caminho valioso para superarmos as
desigualdades sociais, a desesperança que toma o planeta... A Educação para mim
é uma forma de aplacarmos o ponto de interrogação que temos sobre o futuro.
Estamos vivendo uma sociedade que valoriza o ter mais que o ser... O dinheiro é
a máxima da vida agora, e esse valor coloca a vida por um fio...”
Professor Narciso José do Patrocínio diretor Presidente da ACRA
"Neste livro eu questiono o modelo de educação que temos hoje, oriundo do século
XIX e que não atende à modernidade, nem a especificidade de cada país... Não há
espaço para a diversidade cultural, nem para a sensibilidade. Há que considerar
os diversos saberes e incorporar a novidade... As formas de saber tem que dar as
mãos.. Não basta ter laptop e tablet nas salas. A questão da educação é o
professor. Tecnologias vão ser incorporadas se houver revalorização da função
dos docentes. O professor tem que estar no centro."
"Sou como fruta madura que cai lentamente. Procuro terra fértil para me transformar em semente e virar fruta novamente..." Mestre João Grande Essa sabedoria do Mestre João Grande,que marca a dinâmica da roda de capoeira,fez parte da nossa arte de viver e sonhar todos os dias de 2011 na ACRA. Continuaremos com ela nos nossos corações em 2012,compartilhando com outras pessoas que precisam acreditar na vida e a maturidade que a acompanha. As frutas que caem lentamente já anunciam o ciclo da vida. Estamos aqui de passagem... O mistério é transformamo-nos em sementes, que anunciam um futuro pleno, com outras frutas viçosas e saborosas que merecem ser compartilhadas com todos/as. A ACRA deseja que todas as crianças e jovens que hoje são sementes do amanhã, tornem-se belas frutas dignas para dar continuidade a outras SEMENTES. E a vida continua...
O arame tem a fibra de aguentar os toques da vareta ao som dos grãos contidos na palha trançada do caxixi.
Som:o resultante, terceiro elemento proporcionado pelo Senhor do movimento.
A cabaça - ventre no ventre constituindo a sonoridade.
Peixes , peixinhos filhos da Lagoa do Abaeté, filhos da CAPOEIRA.
Verde e Amarelo?
Ô sô, até na África sabem que ela é BRASILEIRA!,
Vá lá,Afrobrasileira!
A criação desse logo carregando toda essa concepção filosófica afrobrasileira é do escultor Marco Aurélio Luz
PRÊMIO DARDOS
O BLOG ACRA RECEBE MAIS UM PRÊMIO! PARABÉNS A TODA EQUIPE!
O Prêmio Itaú-Unicef visa reconhecer e estimular projetos de organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações socioeducativas, contribuindo, em articulação com a escola pública, para a educação integral de crianças e adolescentes. Ficamos muito honrados com o reconhecimento do nosso trabalho. Parabéns à toda Equipe ACRA DAYÓ"
Confiram o livro "Itapuã quem te viu e quem te vê" escrito para o público infanto-juvenil de autoria de Narcimária Luz
"Tun Óná Ri - Retomando o Caminho"
Esculturas de Marco Aurélio Luz - Elebogi. Á venda na Livraria EDUNEB (UNEB-Campus I, foyer do Teatro UNEB). (71) 3371-0107/ 0148 - Ramal 204 / 217
MOSTRA MIL CORES, MIL FOLHAS
Telas e poesias de Januária Correia do Patrocínio Luz que se intercambiam evidenciando a beleza do bairro de Itapuã e a sabedoria do viver cotidiano de sua população. A venda na Livraria EDUNEB (foyer do Teatro UNEB - UNEB, Campus I, Salvador). Telefnones: (71) 3371-0107 e 3371- 0148 - Ramal 204 e 217
"ALAFIÁ - PAZ E FELICIDADE"
Catálogo que reúne as Pinturas de Ronaldo Martins "frutos da árvore da sabedoria ancestral afriacana iorubá/nagô no Brasil". A venda na Livraria EDUNEB que fica no Campus I da Universidade do Estado da Bahia no espaço do foyer do Teatro UNEB. Telefones da EDUNEB (71) 3371-0107 ou (71) 3371-0148 - Ramal 204 ou 217
BLOG DA ACRA INDICA: Livro: OBA BIYI O REI NASCE AQUI
Marco Aurélio Luz e Deoscoredes M. dos Santos "Mestre Didi"
BLOG DA ACRA INDICA: Livro AGBON - ARTE, BELEZA E SABEDORIA ANCESTRAL AFRICANA
Ronaldo Martins é pesquisador do PRODESE, professor e artista plástico, para saber mais visite - http://www.ronaldomartinsarte.hpgvip.ig.com.br
"Todo indivíduo tem direito ao respeito da dignidade inerente à pessoa humana e ao reconhecimento da sua personalidade jurídica. Todas as formas de exploração e de aviltamento do homem, nomeadamente a escravatura, o tráfico de pessoas, a tortura física ou moral e as penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes são proibidos." (Artigo 5º - CARTA AFRICANA DOS DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS). Veja aqui o texto integral: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/africa/banjul.htm