Lembramos que cinquenta anos depois, essa expressiva “marcha” das populações negras dos EUA, continua repercutindo e encorajando as populações negras de vários países a elaborar modos de caminhar com suas culturas, linguagens e instituições próprias capazes de reunir milhares de pessoas que acreditam no sonho de dignidade, o direito à vida e a alteridade civilizatória.
sábado, 31 de agosto de 2013
O SONHO PERMANECE E VAI SE REALIZANDO...50 ANOS EM BUSCA DA LIBERDADE E DIGNIDADE DAS POPULAÇÕES NEGRAS
Imagem disponível em http://quebuenahistoria.blogspot.com.br/2012/08/el-sueno-de-martin-luther-king.html
No dia 28 de agosto de 1963 mais
de 250.000 pessoas de várias partes do EUA marcharam em direção a capital do
país Washington, sob a liderança exponencial de Martin Luther King,
manifestando pacificamente a recusa à segregação racial, a opressão, os assassinatos
cruéis da juventude negra, as desigualdades e injustiças sociais que afligiam a
população negra. A marcha para Washington, impressionou pela adesão de brancos
e negros que investiam em atitudes e iniciativas políticas que trouxessem a
dignidade e respeito à população negra.
O discurso emblemático de Martin
Luther King e a marcha que ele liderou, marcaram a história da humanidade e
contribuiu significativamente para que em 1964 e 1965 os EUA institucionalizarem
a aprovação das leis de direitos civis e direito de voto.Lembramos que cinquenta anos depois, essa expressiva “marcha” das populações negras dos EUA, continua repercutindo e encorajando as populações negras de vários países a elaborar modos de caminhar com suas culturas, linguagens e instituições próprias capazes de reunir milhares de pessoas que acreditam no sonho de dignidade, o direito à vida e a alteridade civilizatória.
IDENTIDADE NEGRA E EDUCAÇÃO.
Capa do livro publicado em 1989
O
livro Identidade Negra e Educação surge no contexto de retomada do movimento
negro na década de setenta. Ele é sem dúvida um desdobramento da experiência
educacional pioneira da Mini Comunidade Oba Biyi. Marco Aurélio Luz que
participou ativamente dessa experiência instala uma nova problemática teórica
na Universidade. Primeiramente na UFRJ e depois na Ufba. Na Faculdade de
Educação a pedido do professor José Arapiraca coordenador da coleção Cadernos de
Educação Política, organiza o livro convidando professores e intelectuais de
modo geral.Trata-se de um livro de vanguarda, pioneiro, que divulga uma nova problemática no cenário da Educação e que vem tendo diversos desdobramentos na atualidade.
Contra capa do livro
Autores/as no Lançamento do livro no Museu Afrobrasileiro da UFBA em 1989
Momentos de autógrafos no Museu Afrobrasileiro da UFBA em 1989
********************************
APRESENTAÇÃO
“Identidade Negra e
Educação” reúne distintos trabalhos que procuram estabelecer uma nova percepção
sobre as políticas educacionais e o sistema no Brasil, um país caracterizado
pela pluralidade sociocultural.
Até onde e como um país
que se caracterizou historicamente como colonizado e escravista, e que adotou
uma política de embranquecimento desde a sua independência, projeta os
interesses neocoloniais e imperialistas de valores eurocêntricos no sistema de
ensino?
De que forma se
constitui o que chamamos de pedagogia do embranquecimento e em que medida essa
pedagogia é responsável pelo elevado índice de evasão escolar e do relativo
fracasso da educação no Brasil?
Esses são os principais
temas desenvolvidos que procuram demonstrar, de um lado, pujança do processo
civilizatório negro, constituinte da identidade da maioria do povo brasileiro,
e de outro, uma pedagogia assentada em paradigmas etnocêntricos,
evolucionistas, eurocêntricos e racistas que têm aprofundado o descompasso
entre a maioria da população e a sociedade “oficial”, entre a Nação e o Estado,
concorrendo para o agravamento do genocídio causado pela política de abandono e
enfraquecendo as aspirações de soberania nacional frente às correntes do
cativeiro da ordem internacional neocolonial.
Procuram, ainda,
demonstrar as formas como se processa a luta de afirmação da identidade no
âmbito escolar e sobretudo estabelecer novos caminhos para uma educação aberta
à pluralidade cultural, ao respeito à alteridade e ao direito coletivo de
existência própria.
Narcimária Luz co-autora e Marco Aurélio Luz Oganizador e co-autor do livro
Lançamento no Instituto de Pesquisa das Culturas Negras(Ipcn) no Rio e Janeiro
Presença da Professora Helena Theodoro
Lançamento no Instituto de Pesquisa das Culturas Negras(Ipcn) no Rio e Janeiro
Presença de Januário Garcia Diretor do Ipcn
Lançamento no Instituto de Pesquisa das Culturas Negras(Ipcn) no Rio e Janeiro
Presença da Professora Beatriz Nascimento
Lançamento no Instituto de Pesquisa das Culturas Negras(Ipcn) no Rio e Janeiro
Salvador, 30 de janeiro de 1989.
Marco Aurélio Luz
******************************
Imagem disponível em http://www.jornalismo.com.br/index.php/conchinhas-do-mar-da-vida/mobile-com-conchas-do-mar1/
Por Narcimária Correia do Patrocínio Luz
O objetivo deste trabalho está ancorado numa tentativa preliminar de discussão de algumas ideias acerca do papel da escola numa sociedade eminentemente pluricultural.
Nossa preocupação central está referida à problemática da escola, que se limita a confirmar e a reforçar um habitus da cultura oficial eurocêntrica, provocando a manifestação de um universo pseudoconcreto ou de um simulacro em volta das crianças, representado por temas ideológicos como: democracia racial, bondade da princesa Isabel, as contribuições folclóricas da "raça" negra, a África projetada como primitiva etc.
Tal
discurso não corresponde às reais condições de vida do negro, lhe é
completamente estranho e não pode, portanto, relacionar-se com os seu
interesses, pois não se referem à história das civilizações africanas, aos
valores civilizatórios negros, à beleza negra, aos quilombos, aos grandes
heróis negros e, principalmente, à luta desencadeada pelas comunidades negras
no sentido de reforçar a cultura afro-brasileira. Aliás, essa cultura foi
caracteristicamente violentada, negada, oprimida e desfigurada ao longo dos anos
pelo mercantilismo escravista, pelo racismo e pela política e ideologia do
embranquecimento.
O
universo escolar parece estranho e alheio aos negros, porque repete, reforça,
prolonga e valoriza as condições do mundo branco.
A
constatação básica da qual parte a nossa crítica é que:
(...) a imagem da África e do
africano promulgada pelas escolas anglo e latino-americanas é uma imagem
grotesca, humilhante, além de falsa, que mina ou impossibilita toda aspiração
da criança negra à realização humana. Na própria África ,essas distorções
prevalecem nos sistemas educativos herdados do colonialismo. Contestar e banir
este sistema de mitos racistas na educação da criança negra, e substituí-lo com
uma afirmação autentica da identidade verdadeira e positiva do africano, é uma
função orgânica e primária da organização política, porque, como um sistema,
ele corrói diretamente o potencial de um povo rumo à realização do seu
protagonismo histórico.[1]
Por
consequência, a escola que se proclama única e democrática constitui-se numa
mistificação; não há qualquer relação entre o que ela afirma fazer e o que
realmente faz;; a sua ideologia democrática é o oposto da sua existência
reprodutiva. A escola consegue dissimular muito bem a função que desempenha.
Trata-se de uma escola montada, maquinada para confortar e fortalecer aqueles
que se submetam à visão eurocêntrica de mundo.
Tudo
isso mostra que a escola, tal como está construída, é um reflexo da política de
desculturação, entendida como:
(...)
processo consciente mediante o qual, com
fins de exploração econômica, se procede a desagregar a cultura de um grupo,
para facilitar a expropriação de riquezas naturais do território em que está
estabelecido e ou para utilizá-lo como força de trabalho barata não
qualificada. O processo de desculturação é inerente a toda forma de exploração
colonial ou neocolonial (...) [2]
“Acrescentaríamos:
não só com fins de exploração econômica, mas também de dominação política,
cultural e étnica.”[3]
Portanto
a escola tem por função vedar a expressão direta, em relação à criança negra,
do seu mundo e da sua vida. É em redor desta repressão que se organizam todas
as práticas pedagógicas, aqui a destacar “de certa forma, o valor próprio da
cultura negro-brasileira, a sua real dimensão, e a complexidade e riqueza do
processo civilizatório negro”[4].
Aniversário do Programa Descolonização e Educação-PRODESE em 2005 no auditório da UNEB
Apresentação do Grupo As Ganhadeiras de Itapuã
A
expressão falada da criança negra, é desencadeada muitas vezes no seio de sua
família, através da tradição oral comunitária, a partir de textos e contos que “ são transmitidos e
apreendidos lentamente através da convivência e da iniciação ritualística”.
Como forma pedagógica específica negra, os textos e contos das comunidades têm
uma finalidade e uma função:
(...) antes de serem formas de arte, [os textos]
são formas que levam a carga de significar as múltiplas relações do homem com
seu meio técnico e ético. Eles ilustram uma maneira pela qual os nagô procuram
promover a adaptação ou socialização de seus integrantes, através do aspecto
pedagógico, assegurando, assim, uma forma própria de obter a coesão social. Os contos
ilustram o acervo de textos místicos, acontecimentos históricos (inclusive os
ocorridos na órbita da sociedade global com seus integrantes) que marcados por
sua intemporalidade narrativa e sua característica fantástica de
representações, reforçam e ensinam os padrões indicativos dos comportamentos
necessários à coesão do grupo.[5]
Todo
esse acervo de comunicação oral é mutilado pela escola, que lhe nega todo valor
e penaliza a criança negra.
Isso
significa que se corta sistematicamente apalavra a quem a quiser tomar sem
obedecer às leis do texto escrito. Assim, se exige o imobilismo destas
crianças, criando-lhes um sentimento de culpa, muitas vezes relacionando o
fracasso escolar à própria criança e à sua família. A repressão exercitada por
parte da escola sobre a linguagem comunitária e, simultaneamente, da sua
representação e forma de vida, leva as crianças negras a recalcarem-se diante
dos desafios e a viverem-nos como problemas relacionados à sua
origem familiar de ancestralidade africana, inculcando um complexo de
inferioridade que tende a levá-la anão acreditar em si, no seu jeito de ser e
na sua história etnocultural.
Organizada
pelo Estado, esta escola possui uma linguagem que só foi criada para esse fim,
configurando-se como verdadeira barreira social. Procura-se domesticar e
eliminar valores civilizatórios negros através de um
(...) neologismo aparentemente
simples: “civilização”, nascido, curiosamente, apenas na metade do século XVIII
simultaneamente na França e Inglaterra, derivado do verbo “civilizar”,[que] se
transformaria, em centúria e meia, em arma e em instrumento ou ideologia de dominação. Dessa
arma ou instrumento ou ideologia de dominação surgiria o colonialismo, as
guerras colonialistas na África e Ásia, a escravidão de povos inteiros para a
exploração econômica e humana. E como atua a violência instrumental da arma ou
ideologia? Buscando primeiro, a obnulação da memória e, em seguida, a
implantação das próprias formas culturais das potências civilizadoras nos povos
submetidos. Não é outra a ação e o efeito da chamada aculturação. (...) O negro
foi aculturado dentro de linhas específicas de pressão espiritual. Sua religião
e sua cultura, seus valores e sua concepção do mundo foram pulverizados até sua
redução a matéria de folclore e antropologia, através da deformação pitoresca
do sincretismo.[6]
Através
desse supremacismo ariano, que procura suprimir e silenciar a consciência
negra, parece-nos que a escola,
(...) seus métodos, os locais, a
arrumação do espaço reduzem o aluno à passividade, habituando-o a trabalhar sem
prazer(apesar das pretensões de um “ensino vivo” e de algumas tentativas de
renovação). O espaço pedagógico é regressivo, mas esta “estrutura” tem um
significado mais vasto que a repressão local: o saber imposto “engolido” pelos
alunos, “vomitado” nos exames corresponde à divisão do trabalho na sociedade
burguesa, serve-lhe portanto de suporte.[7]
Daqui
se conclui que
(...) as práticas escolares e seu
ritual são um aspecto essencial do processo de inculcação ideológica; deveres,
disciplina, castigos e recompensas, atrás de sua aparente função educativa
técnica, asseguram a função essencial ainda que oculta de realizar na escola a
ideologia burguesa, de submeter a ela todos os indivíduos e neste sentido de
representar a seu modo a produção, o direito, o Estado burguês.[8]
Mas
a escola é, também, e ao mesmo tempo, um local de lutas, onde emergem
constantemente múltiplas forças contraditórias. Trata-se de um terreno de luta
entre opressor e oprimido, onde se
defrontam forças progressistas e conservadoras, onde se refletem também a
exploração e a luta contra a exploração. “(...) A escola é simultaneamente
reprodução das estruturas existentes, correia de transmissão da ideologia
oficial, domesticação, mas também ameaça à ordem estabelecida e possibilidade
de libertação.”[9]
Seu papel reprodutor não a aniquila, pelo contrário, indica
pistas para o combate que já foi desencadeado e como continua-lo, observando as
relações de força, acompanhando o momento histórico, que possibilitará uma
instabilidade mais ou menos aberta à nossa ação.
Resta-nos ressaltar a viabilidade, onde a criança negra deixa de ser um corpo estranho, destinada ao fracasso escolar. O Brasil é o segundo país negro do mundo, com mis de 80 milhões de pessoas de ascendência africana. Daí a necessidade de transformar a escola em local de luta, o terreno em que se procurará desenvolver no negro uma auto consciência histórica e política, ou uma comunicação e solidariedade prática com o resto do mundo africano. O papel da escola passa a ser o de oferecer ao negro brasileiro uma fonte de informações para começar a preencher o vazio resultante do isolamento que lhe foi imposto por essas táticas de dominação.
Resta-nos ressaltar a viabilidade, onde a criança negra deixa de ser um corpo estranho, destinada ao fracasso escolar. O Brasil é o segundo país negro do mundo, com mis de 80 milhões de pessoas de ascendência africana. Daí a necessidade de transformar a escola em local de luta, o terreno em que se procurará desenvolver no negro uma auto consciência histórica e política, ou uma comunicação e solidariedade prática com o resto do mundo africano. O papel da escola passa a ser o de oferecer ao negro brasileiro uma fonte de informações para começar a preencher o vazio resultante do isolamento que lhe foi imposto por essas táticas de dominação.
Nesta perspectiva
(...)
Nunca é demasiado destacar o valor e o
lugar que a religião ocupa no processo civilizatório negro. A religião se
caracteriza como um eixo, um elemento central (...) deste processo. A religião
é ponto básico, é fonte de afirmação dos valores civilizatórios negros e núcleo
de resistência às variadas formas de aspirações neocolonialistas (...). Em
relação ao processo cultural a religião é fonte dinamizadora de um ethos, indicadora de comportamentos e hábitos, enfim de uma maneira negra de ser.
Ela estabelece e proporciona uma ética própria. Imprime formas de relações
sociais, estipulando formas próprias de organização e hierarquias, estimula a
vida comunal. Estabelece padrões estéticos próprios e formas específicas de
comunicação e de acesso ao riquíssimo sistema simbólico, pleno de conhecimentos
e sabedorias, caracterizando uma pedagogia negra iniciática (...) A religião
negra constitui-se num ponto de resistência de luta do homem negro em busca de
sua libertação e de real e universal integração.[10]
É
importante notar que essa referência civilizatória negra, dispensada pela
escola, está comprometida com a verdade e a luta por uma sociedade mais justa,
em que se respeite a diversidade cultural. A cultura negra é um dos fatores que
pode impedir a escola de pender para a ideologia colonial do supremacismo
branco, desde que a pressão e as experiências vividas pelas crianças negras
sejam um obstáculo ao disfarce democrático escolar.
Portanto,
a cultura negra é o ponto de chegada e de partida, a luta real, possível e
necessária no cotidiano escolar. Lutar para desmitificar os conteúdos
veiculados na escola, lutar para denunciar e esmagar a segregação no interior
da escola, pela conscientização dos agentes pedagógicos sobre a referência
histórico-cultural afro-brasileira, pela recuperação da memória ancestral africana, para minar a ideologia
da democracia racial, enfim, para reconstruir a verdadeira história do negro,
distorcida pela política de desculturação.
IIº Festival Afrobrasileiro da ACRA 2009
As crianças dramatizando o conto "Itapuã a Canção do Infinito" de autoria de Narcimária Luz sob a coordenação do Professor Sidney Argolo,Professoras Rosângela Accioly e Daniela Cidreira
Mas há mais coisas a serem observadas. Não se pode adotar uma postura de consciência ingênua nessa questão, esquecendo-se de que
Mas há mais coisas a serem observadas. Não se pode adotar uma postura de consciência ingênua nessa questão, esquecendo-se de que
(...) a escola é um dos organismos
da superestrutura e, como tal, é uma das instâncias onde a prática social
global se processa. A prática educativa escolar é portanto, uma das modalidades
dessa prática social global e não uma “entidade” à parte desta prática mais
ampla, uma entidade que estaria precedendo à prática social como um todo. Se as
transformações sociais se dão na prática social global, dão-se em toda e
qualquer de suas modalidades, inclusive na prática educativa(...). Por outro
lado, é preciso lembrar ainda que o comportamento do indivíduo é determinado
pelas múltiplas circunstâncias que constituem a prática social global na qual
se encontra. No entanto, não se pode esquecer que essa determinação não é
absoluta na formação da consciência do indivíduo. Existe uma relativa autonomia
em relação a essa determinação, levando-o a reagir sobre elas. As lutas sociais
mostram bem esse fenômeno.[11]
É
preciso enfatizar aqui a necessidade de compreender a prática educativa como
uma atividade mediadora no seio de uma prática social global. Uma prática
educativa que pretenda instrumentar o indivíduo, enquanto ser social, para
atuar na circunstância histórico-geográfica na qual está inserido.
Considerando-se
esses aspectos, podemos propor um que fazer pedagógico que proporcione uma
educação em que a sistematização do conhecimento nasça da experiência
pluricultural da nossa sociedade e permaneça em continuidade com ela. Onde o
aluno use a sua experiência pessoal completada, enriquecida com o que aprende.
Assim
a escola passará a ser a síntese do patrimônio coletivo pluricultural.
NOTAS:
1
Elisa Larkin Nascimento, Pan-africanismo
na América do Sul, Petrópolis, Vozes, 1983, p. 36.
2
Manuel Fraginals apud Marco Aurélio
Luz, Cultura negra e ideologia do
recalque, Rio de Janeiro, Achiamé, 1983, p. 67.
3
Marco Aurélio luz, op. Cit., p. 67.
4
Idem, ibidem, p. 27.
5
Marco Aurélio Luz, op. cit. pp.
42-43.
6
Elisa Larkin Nascimento, op. cit., p.
13.
7
Henri Lefebrve, “ A Reprodução das Relações Sociais”, s/l. n/d. (mimeo), pp.
58-59.
8
Chistian Baudelot e Roger Establet, L´ecole
capitaliste, Paris, Maspéro, p. 59.
9
Georges Snyders, Escola, classe e luta de
classes, Morais, Rio de Janeiro, 1981, p. 106.
10
Marco Aurélio Luz, op. cit., p. 38.
11
Betty Oliveira, “A Prática Social Global como Ponto de Partida e de Chegada da
Prática Educativa”, Tecnologia
educacional, Rio de Janeiro, n. 66-67 nov.-dez. 1985.
sábado, 17 de agosto de 2013
DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS METODOLÓGICAS
Destacaremos
aqui as contribuições reunidas nessa publicação do Prodese,com o objetivo de
informar que essa iniciativa é resultado de inquietações que apareceram durante
nossa trajetória na Universidade, na área de Educação. É um livro que carrega
não apenas as reflexões que fizemos durante anos na docência universitária, mas
o fluxo de reflexões que permaneceram em nós, insistindo, incomodando e nos convidando
a pensar para além dos grandes sistemas explicativos fincados na ortodoxia dos
valores de prolongação colonial, ainda em voga nos espaços acadêmicos.
Narcimária Luz no âmbito do IIº Festival Afrobrasileiro de Educação na ACRA
“Descolonização
e Educação: por uma epistemologia africano-brasileira”, de Narcimária C. P. Luz,
contextualiza a trajetória científico-acadêmica do grupo de pesquisa Prodese,e
nela as redes de alianças comunitárias referências fundamentais do grupo.
Marco Aurélio Luz entre as esculturas do Mestre Didi e ao cento um Osé Xangô escultura de sua autoria
Marco Aurélio Luz, aborda a trajetória do povo negro nas Américas e Caribe através do ensaio “Dos Tumbeiros às Fábricas :Dos Quilombos à Comunidade Afro—Brasileira”. O autor enfatiza a constituição da acumulação primitiva do capital através da lucratividade do tráfico escravista. Destaca que a vinda de africanos para as Américas, promoveu o processo histórico das lutas de afirmação existencial e liberdade do povo negro nas Américas e Caribe, fomentando o fim da escravidão. Por outro lado, acontece a passagem de constituição do “trabalhador livre”, “livre de tudo”, como disse Marx, proporcionando acumulação do capital, agora através da exploração da força de trabalho não paga, a mais valia. Realça também, a continuidade da civilização negro-africana nas Américas e Caribe, de modo especial no Brasil, os vínculos sociais, visão de mundo e instituições para além do território totalizante europocêntrico do Estado Republicano, outra face histórica que também constitui a análise do autor.
Professor Henrique Cunha Junior da Universidade Federal do Ceará parceiro permanente do PRODESE
“Africanidades
e Afrodescendência na Educação Brasileira”, são conceitos-chave introduzidos
por Henrique Cunha Junior para pensarmos a descolonização da educação. Com
proposições conceituais que constituem um pensamento africano e suas
(re)criações para a educação brasileira, o autor desenvolve reflexões
importantes para interpretar a realidade das populações negras e, através dela,
fundamentar políticas de educação baseadas nas culturas e nas histórias dessas
populações. Institucionalizar políticas de educação estruturadas em referências
teórico-metodológicas inspiradas nas africanidades e afrodescendência significa
a superação dos eurocentrismos e dos brancocentrismos que insistem em conduzir
as políticas de educação para a população brasileira.
Magnaldo Oliveira dos Santos no dia da defesa da sua dissertação de Mestrado no âmbito do programa de Pós-Graduação em Educação e contemporaneidade da UNEB
“Ojó
Orúko: Um Reencontro Com A Ancestralidade Africana”, de Magnaldo Oliveira dos
Santos, destaca a singularidade da cerimônia que constitui o rito de iniciação
característico das sociedades tradicionais africanas, de modo especial, a
tradição nàgó/kétu. Ojó Orúko é um legado institucional milenar africano que
atravessa os tempos mantendo os vínculos do povo negro com sua ancestralidade africana
fora da África. Magnaldo aborda as relações simbólicas possíveis entre Ojó
Orúko, ancestralidade e identidade africano--brasileira; revela a arkhé do povo
yorùbá e as comunidades-terreiro nàgó/kétu como territórios complexos e
dinâmicos de reelaborações de cultura, tradições e memórias do povo
afro-brasileiro.
Valdélio Santos Silva
Professor
Adjunto da Universidade do Estado da Bahia.
“Feitiçaria,
Etnografia e Poder” Valdélio Santos Silva, desenvolve uma análise dedicada a
dinâmica comunal do quilombo em Rio das Rãs, abordando as relações de poder que
estabelecem os vínculos de sociabilidade no quilombo,o autor analisa a
singularidade semântica que tece o discurso de feitiçaria no quilombo,
considerando o impacto desse discurso na vida social dos quilombolas e as
dimensões de poder que organizam, influenciam, orientam e tendem a definir as
relações entre os sujeitos.
Professora Ana Rita Santiago atual Pró-Reitora de Extensão da UFRB
“Òro
Obirin: Dizeres e Escritas de Si de Mulheres Negras” de autoria de Ana Rita
Santiago, apresenta a riqueza das formações discursivas de mulheres negras,
atravessadas por sonhos, estratégias de emancipação, histórias de vínculos
societais, emoções e paixões que anunciam suas alteridades. Dessas formações
discursivas, destaque para iniciativas coletivas como o Quilombo Asantewaa,
Centro de Formação de Mulheres Negras, dos bairros Federação, Engenho Velho de
Federação e adjacências de Salvador. A autora apresenta também, seu estudo
sobre Vozes Literárias de Escritoras Negras Baianas: Identidades, Escrita, Cuidado
e Memórias de Si em Cena em que desenvolve leituras descritivas e
interpretativas sobre trajetórias e textos literários de 08 (oito) autoras
negras baianas, debruçando-se sobre suas formações discursivas, identificando
nos textos formas de “(des)silenciamento de suas vozes autorais”, de
visibilização de suas africanidades de onde se desdobram as ressignificações de
suas vidas.
Professor e artista plástico Ronaldo Martins à frente de uma das suas telas
“Arte
e Educação Agbon, uma vivência do patrimônio civilizatório africano nas escolas
brasileiras” é a contribuição de Ronaldo Martins dos Santos, que apresenta uma
proposta pedagógica para o ensino de Artes através das linguagens
ético-estéticas do pa trimônio civilizatório africano-brasileiro. O conceito
yorubá agbon significa conhecimento técnico-estético que permite vivências
criativas envoltas pela dimensão sagrada de mundo. Ronaldo explora o vasto
universo cultural africano-brasileiro, e nele a obra escultórica do sacerdote, artista
e educador Deoscoredes Maximiliano dos Santos, Mestre Didi, abordando seus
elementos constitutivos: cor, forma, símbolos e conteúdos educativos.
Professora Janice de Sena Nicolin
“Odeart:
Ecos Que Entoam Uma Mata Afro-Brasileira no Cabula”, de Janice de Sena Nicolin,
apresenta as vivências socioeducativas do Grupo Cultural Artebagaço Odeart na
territorialidade do Cabula que carrega na sua história estratégias de afirmação
socioexistencial das populações negras. A autora vai ilustrar como a linguagem
da arte cênica estruturada a partir das narrativas fundadoras das comunalidades
africano-brasileiras, pode contribuir para descolonizar a educação e promover o
direito à alteridade de jovens e adultos.
Professora Mille Caroline Rodrigues Fernandes
“Pa
Ìtàn, Fikó Ati Mònà: Tessituras De Saberes Boitaraquences Que Vão Além da
Educação Formal” Mille Caroline Rodrigues Fernandes baseia-se nas suas
vivências de pesquisa no quilombo de Boitaraca, localizado no baixo sul baiano,
especificamente na cidade de Nilo Peçanha. A autora entende a educação como uma
fonte de experiências culturais e de afirmação de identidades que promovem a
aprendizagem das crianças quilombolas.São essas experiências culturais que
criam os desafios para os educadores/as do quilombo de Boitaraca,que lidam com
uma sala de aula multisseriada,e assumem esses desafios compondo espaços
pedagógicos criativos para contar histórias, ensinar e aprender os caminhos através
dos elos de sociabilidade do quilombo de Boitaraca.
Professor Márcio Nery de Almeida
“Meu
Destino é Ser Onça!Sussuaranizar-se” o princípio inaugural face aos desafios da
contemporaneidade é a opção político-pedagógica assumida por Márcio Nery de
Almeida. Márcio baseia suas práticas pedagógicas no princípio mítico e
histórico das comunalidades que caracterizam a territorialidade de Sussuarana no
município de Salvador na Bahia, demonstrando que a base do currículo escolar
são as narrativas fundadoras das comunalidades de Sussuarana. A onça Sussuarana
é o princípio inaugural da territorialidade e, através dessa referência, Márcio
se transforma metaforicamente em um educador “onça”, “sussuarizando-se” para poder
desenvolver, de forma criativa e competente, pedagogias importantes envolta a
esse imaginário que permite o fortalecimento das identidades culturais de
crianças e jovens.
Crianças do Grupo de Teatro do Projeto DAYÓ ACRA
O
projeto de extensão universitária “Dayó Compartilhando a Alegria
Socioexistencial em Comunalidades Afro-Brasileiras” é apresentado por
Narcimária Luz, que trata das perspectivas filosóficas que organizaram e
permitiram a equipe de pesquisadores/ as do PRODESE intercambiarem com
territorialidades africano--brasileiras no Brasil e exterior. Apresenta os
desdobramentos teórico- metodológicos que sustentaram as iniciativas de
intercâmbio na Associação Crianças Raízes do Abaeté, em Salvador, na Bahia; e o
Grupo Capoeira Abolição Oxford-Inglaterra-África do Sul, sob a responsabilidade
do Mestre Luís Negão.
Professora Jackeline durante o IIº Festival Afrobrasileiro da ACRA
Um
dos marcos históricos do PRODESE também é abordado no livro, trata-se do “Sementes
Caderno de Pesquisa Mosaico Teórico– Metodológico para a Descolonização da
Educação”, de autoria de Jackeline Pinto Amor Divino.
Coleção SEMENTES Caderno de Pesquisa(2000-2005)
A Obra constitui um
legado institucional importante para o PRODESE (2000-2005) publicar suas
pesquisas e composições teórico-conceituais, permitindo um intercâmbio
interessante entre os pesquisadores/as do Programa com outras equipes de pesquisa
de Universidades nacionais e internacionais.
Professora Januária Avelina Correia do Patrocínio
“Educando
através do Repertório Lúdico-Estético dos Provérbios Afrobrasileiros” é a
proposição pedagógica das educadoras Januária Avelina Correia do Patrocínio e
Narcimária C. P. Luz. As autoras destacam a riqueza do repertório ético e
estético dos provérbios, que são linguagens responsáveis por organizar as relações
comunais, hierarquias, instituições, noções de tempo e espaço modos e formas de
educar. Januária e Narcimária aproximam o público do conhecimento singular que
compõem as narrativas de elaboração de mundo características do patrimônio
civilizatório africano milenar no Brasil, de modo especial na Bahia.
Professor Sérgio Bahialista
“Cordel
Pilando (Re) Elaborações de Valores Comunais e Perspectivas de Educar a
Pedagogia da Onça” Sérgio Ricardo Santos da Silva, Bahialista, nos permite
compreender a literatura de cordel como canal de linguagem importante para a
educação. Sérgio vai investir em reflexões que nos remetem ao mundo simbólico do
jogo poético-narrativo da literatura de cordel, e às perspectivas pedagógicas
que ela faz acontecer nas escolas e em outros espaços comunitários na
territorialidade de Sussuarana, que tem a onça como mito fundador, de onde se
desdobram ricas narrativas para a composição da literatura de cordel.
Professora Rosângela Accioly
"Agbalá
Àbádà: Uma Escuta Radical Para a Educação Infantil” Rosângela Accioly Lins Correia apresenta
reflexões e conceitos importantes para pensarmos a concepção de criança e
Educação Infantil para além dos discursos totalitários europocêntricos. O conceito
de alteridade radical e/ou escuta radical do filósofo Emmanuel Lévinas empresta
fôlego para a composição do ensaio da autora. Rosângela Accioly destaca o
universo socioeducativo do povo munduruku. Apresenta a abordagem da sua mais
recente pesquisa no campo da Descolonização e Educação através das
efervescências das linguagens lúdico-estéticas africano-brasileiras.
Na foto a autora Naiára (a segunda da esquerda para a direita )entre jovens da Steve Biko experiência de Educação que também compõe o capítulo de sua autoria.
Roda de capoeira na ACRA 2005
Para
concluir, apresentamos Dayó Compondo Linguagens Lúdico-Estéticas para a
Descolonização da Educação, contribuição de Narcimária C.P. Luz, que destaca
uma das principais bases de inspiração do PRODESE: a Associação Crianças Raízes
do Abaeté (Acra) e nela, as composições de linguagens lúdicas e estéticas
criadas para manter seu cotidiano. A Acra foi uma iniciativa institucional criada
no bairro de Itapuã, no município de Salvador na Bahia, e referência nacional
como “ponto de cultura” reconhecido pelo cultura” reconhecido pelo Ministério
da Cultura. Essa Associação, durante oito anos, proporcionou a crianças e
jovens descendentes de africanos e africanas espaços socioeducativos que
legitimassem o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
Destaque
para a capa do livro,que apresenta uma
ilustração que é um conjunto de sekerê (xequerê), instrumento musical que
constitui a orquestra percussiva africano-brasileira, confeccionados por
crianças e jovens que vivenciaram as linguagens lúdico-estéticas promovidas
pelos/as educadores/ as e pesquisadores/as do Prodese no âmbito do projeto de
extensão Dayó, desenvolvido na Associação Crianças Raízes do Abaeté.A confecção dos xequerês pelas crianças e jovens ficou sob a orientação do Professor Sidney Argolo.
DICA:
O livro pode ser adquirido através do site da Editora CRV http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3796
O livro pode ser adquirido através do site da Editora CRV http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3796
Vale a pena conferir!
sábado, 3 de agosto de 2013
AJUDE O MUNDO!!! UM DOS LEGADOS DO GENIAL MICHAEL JACKSON "Heal The World "
Convidamos todos/as a parar um pouquinho...
Escutem com o coração, e deixem florescer ideias e iniciativas corajosas e urgentes que sejam capazes de devolver a dignidade humana.
Ajudem o mundo!
Essa obra prima de Michael,faz parte do acervo do pensamento que encharca de entusiasmo,sonhos e projetos todos/as aqueles/as que fazem parte desse caminho que é DAR VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO.
Sim!
Através da poesia que circula pelo mundo, carregamos nos nossos corações a esperança e a coragem de erguer projetos políticos na área de Educação capazes de:transformar a arrogância,prepotência,a falta de caráter,as mentiras,as políticas de abandono e genocídio institucionalizadas,o medo que tenta nos aprisionar todos os dias,a ganância que expande violência, as guerras que dizimam vidas,humilhando,deixando gerações órfãs,destituindo os povos do direito a uma vida plena.
Michael se foi, mas nos deu a chance de escutar na sua poesia e na genialidade dos seus vídeos,perspectivas de um mundo melhor.
É para se emocionar!
Mais que isso!
Sair do comodismo(muitas vezes impregnado nos discursos)e tentar mudar o que está nos agredindo e que pode continuar a agredir as futuras gerações!
Podem achar que somos sonhadores/as(parafraseando Jonh Lenon)...
E daí?
Escutem com o coração!
FOI UM SUCESSO A 2ª EDIÇÃO AKPALÔ NOSSA HISTÓRIA !!!
Por Rosângela Accioly
Pesquisadora
do Prodese Rosângela Accioly, Dra. Eliane Cavalleiro, e o Líder da aldeia
Thá-fene Wakai.
Foi
realizado no dia 17 de julho, às 19h, no Centro de Cultura Mãe Mirinha de
Portão, Estrada do Coco, km 7,5um dos momentos planejados para 2013 da 2 ª
edição. do projeto Akpalô Nossa História, de autoria da professora e
pesquisadora Rosângela Accioly membro do grupo de pesquisa a do Programa Descolonização
e Educação, PRODESE/CNPq.
O
evento se destacou pelo sucesso das abordagens teórico-metodológicas e atrações
lúdico-estéticas que o envolveu. O projeto Akpalô Nossa História discute a
importância do patrimônio civilizatório africano-brasileiro e aborígine e a
urgência da implantação da Lei 10.639.03 no cotidiano escolar do município. A a
Lei completou dez anos em 2013 e para abir o debate,Rosângela Accioly convidou
a Dra. Eliane Cavalleiro, o cacique da aldeia Thá-fene para realizarem uma
palestra voltada para educadores/as da Região Metropolitana de Salvador.
Dr.
Charles Sacramento, e Dra. Eliane Cavalleiro.
A
secretária de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas, Márcia Tude, parabenizou a
iniciativa da Professora Rosângela pelo projeto Akpalô que reforça a aplicação
da Lei 10.639.03 no município. “Vamos fazer com que esta lei seja implementada
de forma mais efetiva.”
Estiveram
presentes à cerimônia de abertura, o Chefe de Gabinete da Secretaria de
Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia/SEPROMI Dr. Ataíde Lima, e o
professor Basilon, da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do
Estado da Bahia o Superintende Dr. Ailton Ferreira, a Vice-prefeita de Salvador
Célia Sacramento, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo/SECULT em Lauro
de Freitas, a Secretária Márcia Tude, da Secretaria Municipal de Educação/SEMED
em Lauro de Freitas, o Secretário Edmilson Pereira, a Vereadora do município
Aline Oliveira, e a Diretora do Departamento Pedagógico Vânia Pessoa.
Secretária
de Cultura e Turismo Marcia Tude, Rosângela Accioly, Secretário de Educação
Edmilson Pereira, e a professora do município Márcia Cristina.
Ataíde Lima, Chefe de Gabinete da SEPROMI,
Célia Sacramento Vice-prefeita de Salvador, Edmilson Pereira Secretário
de Educação em Lauro de Freitas, Márcia Tude Secretária de Cultura e Turismo em
Lauro de Freitas a a vereadora Aline Oliveira.
Rosângela
Accioly e Negra Jhô.
Vice-prefeita
de Salvador Célia Sacramento
Superintendente
de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Ailton
Ferreira.
Ao centro Secretária Municipal de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas Márcia Tude
Secretário
Municipal de Educação de Lauro de Freitas Edmilson Pereira
Ataíde Lima, chefe de gabinete da SEPROMI
O
evento tem o apoio da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, através das
secretarias municipais de Cultura e Turismo (Secult) e de Educação (Semed) e do
Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias de Promoção da Igualdade
Racial (Sepromi) e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), e do
Programa Descolonização e Educação (Prodese) da Universidade do Estado da Bahia
(Uneb).
Rosângela Accioly Lins Correia possui graduação em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil pela UNEB(2009) e mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade/ UNEB. Tem experiência na área de Educação desde 1995, é professora concursada no município de Lauro de Freitas, Está inscrita como Pesquisadora do PRODESE vinculado ao diretório de grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, Autora do Projeto Akpalô Nossa História finalista do XIII PRÊMIO ARTE NA ESCOLA CIDADÃ(2012) parceria com o projeto Sankofa:Mosaico Redivivo de História(S) da Educação. Ainda com o projeto Akpalô Nossa História em parceria com o projeto Sankofa: Mosaico Redivivo de História(S) da Educação, recebeu o prêmio ORIRERÊ CABEÇAS ILUMINADAS 2012, promoção da Secretaria da Educação do Paraná, Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Fórum Permanente de Educação para as Relações Étnico-Raciais, Conselho Municipal e Estadual de Educação de Curitiba no Paraná.
Rosângela Accioly Lins Correia possui graduação em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil pela UNEB(2009) e mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade/ UNEB. Tem experiência na área de Educação desde 1995, é professora concursada no município de Lauro de Freitas, Está inscrita como Pesquisadora do PRODESE vinculado ao diretório de grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, Autora do Projeto Akpalô Nossa História finalista do XIII PRÊMIO ARTE NA ESCOLA CIDADÃ(2012) parceria com o projeto Sankofa:Mosaico Redivivo de História(S) da Educação. Ainda com o projeto Akpalô Nossa História em parceria com o projeto Sankofa: Mosaico Redivivo de História(S) da Educação, recebeu o prêmio ORIRERÊ CABEÇAS ILUMINADAS 2012, promoção da Secretaria da Educação do Paraná, Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Fórum Permanente de Educação para as Relações Étnico-Raciais, Conselho Municipal e Estadual de Educação de Curitiba no Paraná.
Agradeço
a Deus Pai, Filho e Espírito Santo que são três em um, inexplicável e
insondável, como diz Gilberto Gil “Deus fará absurdos contanto que a vida seja
assim, um altar onde a gente celebre tudo que ele consentir” e assim o fez.
Em
especial ao amigo Diretor Jurídico da SEAP- BA Secretaria de Adm. Penitenciária
e Ressocialização, Dr. Charles Sacramento, que acreditou e incentivou o projeto
como um veículo de fortalecimento para o cumprimento da lei 10.639/03, que
torna obrigatório o estudo da história e cultura africana e afro-brasileira nas
escolas públicas e particulares em todo território nacional.
A
Sra. Rose Damasceno, querida amiga que carinhosamente abraçou o projeto para
sua realização, a Dra. Eliane Cavalleiro, que prontamente aceitou o convite
para da mesa Mesa Perspectivas e Discussões nos 10 anos da Lei 10.639.03.
Rose
Damasceno e professor Basilon da SEPROMI
A coordenadora do PRODESE Programa Descolonização
e Educação Narcimária Luz, ao querido Professor Narciso José, aos amigos
PRODESIANOS, como Sérgio Baialista, ao querido amigo, o artista plástico Thiago
Bols, que trabalhou na produção artística do projeto.
Pesquisadores
do PRODESE, Sérgio Baialista, Rosângela Accioly e a representante da Omoshalá
Artes Africanizadas.
Artista
Plástico Thiago Bols e Rosângela Accioly.
Ao
chefe de gabinete da SEPROMI Dr. Ataíde Lima, e ao Professor Basilon, que
representaram a
Secretaria de Promoção da Igualdade Racial com suas presenças e apoio na
realização do evento de abertura do projeto Akpalô.
Rosângela
Accioly e Professor Basilon da SEPROMI
A
Secretária Municipal de Cultura e Turismo Márcia Tude, que me oportunizou os
primeiros passos na realização desse empreendimento, ao Secretário Municipal de
Educação Edmilson Pereira, e ao Superintendente de Justiça Cidadania e Direitos
Humanos Dr. Ailton Ferreira que acreditou no projeto abrindo portas
institucionais para sua realização,
A
Vice-prefeita de Salvador Célia Sacramento, a vereadora Aline Oliveira, e a
Diretora do Departamento Pedagógico em Lauro de Freitas Vânia pessoa.
Aos
colaboradores Márcia luz, colegas de trabalho, a querida Negra Jhô, e a
Madalena da grife Mada Negrif, muito axé!
Componentes
do Desfile de penteados africanos Negra Jhô e da grife Mada Negrif.
Apresentação
de capoeira Mestre Sérgio, Lauro de Freitas.
Nicole
Accioly e Julia Damasceno.
A
todos que direta ou indiretamente seguraram as minhas mãos nessa caminhada,
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