A Associação Crianças Raízes do Abaeté, acolheu durante a sua existência, perspectivas de linguagens socioeducativas que afirmavam a dinâmica sócio-histórica e cultural do bairro de Itapuã.
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PRODESE E ACRA
VIDA QUE SEGUE...Uma das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.A Acra em parceria com o Prodese fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos nacionais e internacionais,participações exitosas em editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de ser e pertencer as suas comunalidades.Gostaríamos de registrar o nosso agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.
O Blog do Acra indica o filme: BESOURO: Da capoeira nasce, nasce um herói baseado na história do capoeirista baiano Manoel Henrique Pereira. O filme esteve na lista dos filmes brasileiros a serem indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o vencedor foi Salve Geral.
"Quando nasce Manoel Henrique Pereira, não havia nem dez anos que o Brasil tinha sido o último país do mundo a libertar seus escravos. Naqueles tempos pós-abolição nossos negros continuavam tão alijados da sociedade que muitos deles ainda se questionavam se a liberdade tinha sido, de fato, um bom negócio [...] 1897, ano em que Manoel Henrique Pereira, filho dos ex-escravos João Grosso e Maria Haifa, nasceu na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano.
Vinte anos depois, Manoel já era muito mais conhecido na cidade como Besouro Mangangá - ou Besouro Cordão de Ouro -, um jovem forte e corajoso, que não sabia ler nem escrever, mas que jogava capoeira como ninguém e não levava desaforo para casa. Como quase todos os negros de Santo Amaro na época, vivia em função das fazendas da região, trabalhando na roça de cana dos engenhos. Mas, ao contrário da maioria, ele não tinha medo dos patrões. E foram justamente os atritos com seus empregadores - e posteriormente com a polícia - que deixaram Besouro conhecido e começaram a escrever a sua imortalidade na cultura negra brasileira. Há poucos registros oficiais sobre sua trajetória, mas é de se supor que a postura pouco subserviente do capoeirista tenha sido interpretada pelas autoridades da época como uma verdadeira subversão. Não por acaso, constam nas histórias sobre ele episódios de brigas grandiosas com a polícia, nas quais ele sempre se saía melhor, mesmo quando enfrentava as balas de peito aberto. Relatos de fugas espetaculares, muitas vezes inexplicáveis, deram origem a seu principal apelido: Mangangá é uma denominação regional para um tipo de besouro que produz uma dolorosa ferroada. O capoeirista era, portanto, "aquele que batia e depois sumia". E sumia como? Voando, diziam as pessoas...
Histórias como essas, verdadeiras ou não, foram aos poucos construindo a fama de Besouro. Que se tornou um mito - e um símbolo da luta pelo reconhecimento da cultura negra no Brasil - nos anos que se sucederam à sua morte.
Morte que ocorreu, também, num episódio cercado de controvérsias. Sabe-se que ele foi esfaqueado, após uma briga com empregados de uma fazenda. Registros policiais de Santo Amaro indicam que ele foi vítima de uma emboscada preparada pelo filho de um fazendeiro, de quem era desafeto. Já a lenda reza que Besouro só morreu porque foi atingido por uma faca de ticum, madeira nobre e dura, tida no universo das religiões afro-brasileiras como a única capaz de matar um homem de "corpo fechado"."
Um dos aspectos principais do trabalho com a capoeira é a conscientização de seu valor como patrimônio cultural nas comunalidades africano-brasileiras e pelo que representa enquanto resistência dos povos africanos e africano-brasileiros e como referência do bairro de Itapuã e da cidade de Salvador, Ba.
No período de 13 a 25 de julho de 2009, a Associação Crianças Raízes do Abaeté, recebeu a visita do seu idealizador, contra-Mestre Luis Negão, e alunos/as do grupo Capoeira Abolição Oxford, sediada na cidade de Oxford, Inglaterra. O intercâmbio ACRA/Brasil com a Inglaterra se estabeleceu há cinco anos envolvendo também crianças e jovens da África do Sul. Através desse intercâmbio as crianças e jovens do ACRA têm a oportunidade de interagir com outras culturas comunicando as linguagens da tradição da capoeira da Bahia. Em 2008 a ACRA com o Grupo Capoeira Abolição Oxford criou as condições para a ida do professor Rupi e o aluno Jair "Teimoso" para à Áfirca do Sul e de dois jovens da África do Sul compartilharem suas experiências da cultura da capoeira na Bahia. São momentos muito especiais no contexto dos ciclos de culminância dos semestres na ACRA. Jair, que viajou para a África, disse ter gostado muito da viagem e das pessoas, que são muito "amigáveis". Após esse intercâmbio ele afirmou ter começado a pensar mais no seu futuro e de se dedicar mais aos estudos. Destacou que através da capoeira ele aprendeu a ser mais disciplinado e a respeitar os mais velhos.
Ainda em 2009 a ACRA está criando as condições para que a aluna Joice "Abelha" e o aluno Jair realizem o intercâmbio com a Inglaterra.
Em entrevista realizada pela equipe PRODESE/DAYÓ Joice, cujo apelido na capoeira é "abelha" comentou: “no futuro eu quero... pretendo ser uma bela capoeira e quero ensinar pras crianças também capoeira... e da viajem que vai ter [...] pra Inglaterra [...] além de conhecer o país, né... vou jogar capoeira lá, conhecer outras tradições, outras pessoas, outros lugares”.
Durante a culminância do primeiro semestre de 2009 o contra-mestre Luís Negão estabeleceu várias atividades em parceria com o professor Rupi e os integrantes do Grupo de Capoeira Abolição Oxford. Na oportunidade foram apresentados alguns resultados das oficinas que constituem o cotidiano da ACRA, a saber:
ORQUESTRA DE RITMOS E SONS
A orquestra de ritmos e sons, sob a responsabilidade do professor Sidney Argolo, articula o saber musical africano que envolve os berimbaus, xequerês, tambores e outros instrumentos da composição musical a partir de elementos da cultura de raiz. O Professor Sidney desenvolve ações em que os alunos constroem seus próprios instrumentos, conhecem sua história e a maneira correta de retirar o material da natureza sem agredí-la.
O desenvolvimento da musicalidade está vinculado às canções de domínio público e outras canções que fazem referência à cultura africana, ao cotidiano dos pescadores, das lavadeiras, das ganhadeiras e mantém vivos os valores comunais característicos da territorialidade do bairro de Itapuã e da cidade de Salvador-Bahia-Brasil. E neste momento dedicam-se a criação da música e coreografia para a história "Itapua, a Canção do Infinito" de autoria da professora Narcimária C. P. Luz. Vale ressaltar que "Itapuã, a Canção do Infinito" vem sendo elaborada também com a equipe PRODESE/DAYÓ formada por Paula Grejianin, Rosângela Accioly, Jacqueline P. Amor Divino e Daniela Cidreira. "Itapuã, a Canção do Infinito" será apresentada de modo itinerante pelo bairro de Itapuã e a cidade de Salvador promovendo o reconhecimento dos valores e linguagens que constituem a história de Itapuã.
DANÇA AFRO-BRASILEIRA
A atividade de dança promovida pela educadora Eliana dos Santos também está apoiada na tradição africana com coreografias que abraçam a corporeidade rítmica com vivências de preparação lúdico-estética. Nesta mobilidade, estão intrínsecos os traços da civilização africana que advém das vivências acumuladas pelas tradições, por sua vez são transformadas em linguagens, que se expressam, se intercambiam, evidenciando os modos de sociabilidades africano-brasileiros.
A dança e a orquestra de ritmos e sons estão sempre em diálogo intenso e neste momento de criação da coreografia da história “Itapuã, a Canção do Infinito" as aulas estão sendo realizadas em conjunto.
INGLÊS
A opção pelo ensino da língua inglesa está vinculada a necessidade de inserção no mercado de trabalho dos jovens e ao potencial turístico característico de Itapuã e da cidade de Salvador.
O curso de inglês oferecido na ACRA se desenvolve de maneira diferenciada, associado aos valores comunais do bairro. Assim, a dinâmica do curso contempla uma perspectiva inovadora que é a de trabalhar com textos do contínuo civilizatório africano-brasileiro, como por exemplo, o trabalho desenvolvido a partir de livros africanos e do livro "Os Contos Crioulos da Bahia", de Mestre Didi, cujo trabalho em sua primeira edição já está escrito em três idiomas o yorubá, o português e o inglês. Aqui, o aprendizado da língua estrangeira assume uma função importante, pois toda base metodológica desenvolvida pelo professor Abílio procura afirmar o patrimônio cultural africano-brasileiro saindo das referências europocêntricas lugar comum nos cusrsos de inglês. Então aprender Inglês na ACRA é através do universo de Itapuã!
O Professor Abílio de Mendonça além de professor de inglês é pesquisador de História, Arte e Literatura Africana.
GRAFITAGEM
Outra linguagem acolhida na ACRA é a grafitagem, pois tem uma relação especial com as expressões de resistência cultural através de sua exposição pelas ruas, colocando em evidência nossa pluralidade cultural.
O Professor Tárcio Vascolcellos tem em sua história o exemplo da arte da grafitagem como alternativa aos jovens da periferia e assim, procura divulgá-la vinculada ao respeito ao patrimônio público e privado e como veículo para o resgate e valorização da história, da biodiversidade, da cultura e identidade local partindo do repertório que as crianças e os jovens conhecem para confeccionarem desenhos e gravuras da territorialidade do Abaeté.
A ACRA tem a honra de apresentar para os visitantes do blog a extraordinária cantora e interprete sul africana Miriam Makeba, cuja obra valiosa e voz magnífica disseminou pelo mundo através de muitas gerações, mensagens exigindo o direito a alteridade civilizatória africana e incentivando campanhas contra o apartheid e todas as políticas racistas que infelizmente ainda persistem pelo mundo.
Aqui as interpretações de Miriam Makeba soam como uma homenagem singela que fazemos as crianças e jovens da África do Sul vinculados as comunidades com as quais a ACRA vem intercambiando através do Grupo Capoeira Abolição Oxford que nesse continente reconhecido como “berço da humanidade” vem assumindo iniciativas socioeducativas de suma importância.
Miriam Makeba faleceu em 10 de novembro de 2008 em pleno palco onde iria apresentar-se no contexto de um concerto dentro da perspectiva da afirmação dos direitos humanos.
Entrevista feita a Marco Aurélio Luz por Fala Nagô
Nesta entrevista exclusiva a Fala Nagô, Marco Aurélio aborda aspectos interessantes sobre a dinâmica do cotidiano curricular da experiência pluricultural africano-brasileira desenvolvida na Mini Comunidade Oba Biyi.A experiência educacional é relatada no livro “O Rei Nasce Aqui” em co-autoria com Mestre Didi Asipá. Marco Aurélio Luz possui os títulos de Elebogi na Comunidade terreiro Ile Asipá e de Oju Oba no Ilê Ase Opô Afonjá. É co-fundador da comunidade-terreiro e da Sociedade civil, acompanhando o Alapini Mestre Didi, desde quando se conheceram em 1974. Além dessa participação e compromisso comunitário, o Elebogi estende sua atuação em atividades acadêmicas e sócio-culturais, a saber: escultor de imagens da temática arte sacra afro-brasileira, Filósofo, Doutor em Comunicação, Pós-Doutorado em Ciências Sociais Paris V-Sorbonne-CEAQ-Centre D’Etudes sur L’actuel du Quotidien. Foi professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, do Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense-UFF e da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia onde criou na Pós-Graduação e Graduação a Linha de Pesquisa Educação e Pluralidade Cultural.
FALA NAGÔ: Qual o significado e o valor desse novo livro em co-autoria com Mestre Didi?
MARCO AURÉLIO LUZ: “O Rei Nasce Aqui” é um livro que se baseia na experiência pedagógica da Mini Comunidade Oba Biyi, nome em homenagem a Mãe Aninha fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá.Na Mini Comunidade Oba Biyi foi implantado um currículo pluricultural coordenado pelo grupo de trabalho em educação da SECNEB -Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil no âmbito da comunidade-terreiro Ile Axé Opô Afonjá nas décadas de 70 e 80, e que resultou numa verdadeira revolução na educação.
FALA NAGÔ: O que você chama de “revolução na educação”?
MARCO AURÉLIO LUZ: Para atender as expectativas das crianças e jovens integrantes de uma comunidade de tradições culturais afro-brasileira, e que se sentiam rejeitadas pelas escolas do sistema oficial de ensino, constituiu-se um novo “continente pedagógico” que iria caracterizar o projeto educacional Mini Comunidade Oba Biyi. O caminho indicado na primeira metade do século passado por Mãe Aninha, Iyalorixá Oba Biyi, de ver as crianças da comunidade no dia de amanhã “de anel no dedo e aos pés de Xangô ”inspirou a trajetória de nascimento de uma nova linguagem educacional. Fundou-se um espaço pedagógico assentado na recriação das linguagens e nos valores da comunidade. Da tradição nasceu o novo; gerado na criação um novo currículo, uma nova forma de aprendizagem. Uma revolução à lá Copérnico, uma inversão, o sol e não a Terra está no centro do universo. A cultura que guarda o saber da tradição comunitária passa a ocupar o centro da experiência educacional.Todavia, é uma revolução a passos de pombo como diria Nietzsche.
FALA NAGÔ: De que modo o ensino oficial é incapaz de acolher as crianças e jovens e mesmo os rejeitarem?
MARCO AURÉLIO LUZ: O sistema oficial de ensino se ergue em “território” do contexto ideológico laico, positivista se podemos assim dizer. A República desdobrada do mundo colonial ou neocolonial constitui sua Razão de Estado baseando-se na filosofia de Augusto Conte e de suas derivações ao longo do tempo. Ela vai cimentar os aparelhos de Estado e os aparelhos ideológicos de Estado como o da educação.
FALA NAGÔ: Mas como se operacionalizava essa rejeição?
MARCO AURÉLIO LUZ: A teoria dos três estágios da sociologia positivista qualifica e desqualifica linguagens e valores de civilizações diferentes num arcabouço ideológico evolucionista e europocêntrico. Supostamente ela anuncia a chegada da humanidade ou, da sociedade humana, a etapa positivista isto é, o Estado deverá reger as relações sociais baseado nos cânones da ciência da sociologia. As demais etapas, ultrapassadas e combatidas são a metafísica, baseada na predominância do discurso filosófico e, a religiosa baseada na linguagem do mito. Nesse contexto teórico-ideológico, a rejeição possui inúmeros aspectos, é o terreno onde se constrói o apartheid ideológico, onde derivam os preconceitos e os estereótipos. No sistema oficial de ensino, o eixo central da rejeição é o lugar de rainha do currículo escolar a ser ocupado pela ideologia de onipotência de conhecimento que envolve a ciência e a pura abstração, e ainda, consequentemente a crítica, a condenação e o combate incessante aos discursos míticos e filosóficos. Acrescente-se ainda que por sua vez o discurso científico cada vez mais visa atender as demandas da tecnologia e essa, por sua vez as demandas do produtivismo industrial, de estimulação militarista, fator de acumulação incessante do capital financeiro, uma ordem de valores bem distinta das elaborações sobre o mistério do existir constituinte dos demais discursos, especificamente em outros contextos culturais.
FALA NAGÔ: Então é essa ideologia que alicerça o sistema oficial de ensino?
MARCO AURÉLIO LUZ: Exatamente, ainda mais que a ideologia não é só discurso, mas, sobretudo instituição e exigência de determinados comportamentos. Nesse contexto a escrita foi “abduzida”, ou sugada pela Razão de Estado e pela burocracia onde se constituem as chefarias dos especialistas na geração e manutenção da “ordem” nas cidades. A escola está estruturada em torno dessa escrita e dessa burocracia. Isso faz com que a aprendizagem seja, sobretudo, a adaptação do corpo e da mente para esse tipo de comunicação cujo epítome se caracteriza pelas bibliotecas, com seu silêncio, sua cor pálida, seus móveis discretos para uma comunicação solipcista, mediatizada pelo livro num único apelo sensorial – olho-cérebro; a denominada sujeição voluntária para alguns ou sujeição premiada. Enfim a constituição do sujeito produtor e consumidor, o incluído na concorrência tecnológica.
FALA NAGÔ: Fale-nos dessa sujeição voluntária e premiada.
MARCO AURÉLIO LUZ: A sujeição voluntária é uma noção integrante do pensamento de Michel Maffesoli. Refere-se à acomodação do cidadão ante as seduções encantadoras dos discursos da Razão de Estado. A sedução premiada é mais ou menos como aquela descrita na famosa música Conceição cantada ou interpretada por Cauby Peixoto: “Vivia no morro a sonhar com coisas que o morro não tem”...
Em contextos pluriculturais a principal conseqüência dessas sujeições é que os jovens têm de abandonar o contexto de sociabilidade de suas tradições para se adaptar ao sistema de valores europocêntricos se tornando no dizer de Eldridge Cleaver, ”almas no exílio”. Hoje em dia porém, já existe defesa de proteção a essas enganações, como na música de Assis Valente, “quem desce do morro não morre no asfalto”... “Lá vem o Brasil descendo a ladeira”... ou como prevenia Dorival Caymmi, “pobre de quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz...” ou ainda como cantou o poeta Zé Kéti, “quando derem vez ao morro toda cidade vai cantar...”
FALA NAGÔ: E como a experiência da Mini Comunidade Oba Biyi sobrepujou esses obstáculos que resultaram na constituição de um novo continente pedagógico baseado nos valores das comunidades afro-brasileiras?
MARCO AURÉLIO LUZ: A constituição de um novo currículo brotou dos valores e das linguagens da tradição, da territorialidade “da porteira pra dentro da porteira pra fora” como se expressou, certa feita, Mãe Senhora, Iyalorixá Oxum Miuwá. Na civilização africana a religião ocupa lugar central e predominante, na tradição nagô, nada de importante deve ser feito sem mobilização de axé. Para tanto tudo começa com a consulta ao sistema oracular, onde o jogo de Ifá ou Erindilogun constitui o imponderável e se caracteriza pela interpretação sacerdotal baseada numa classificação combinada de mitos ou contos ou ainda awon itan em língua yorubá.
A partir de então são designados os rituais a serem realizados, sempre envolvidos pela expressão estética que magnifica o sagrado promovendo emoção e alegria numa forma de comunicação que promove a sociabilidade comunitária, o povo junto compartilhando as elaborações do mistério do existir, a pulsão comunal.
FALA NAGÔ: Então é desse território que se constitui o currículo pluricultural africano-brasileiro?
MARCO AURÉLIO LUZ: Sim! As recriações dos mitos ou contos já constituíam um gênero literário na obra de Mestre Didi. Além do valor de verdade no contexto da liturgia, os contos guardam uma sabedoria acumulada pela antiguidade resultante da experiência humana preservada pela tradição. Eles possuem uma dimensão de aprendizagem expressando preciosas lições de vida, uma filosofia nagô. Agregando um valor literário na língua portuguesa do Brasil entremeadas da maneira de falar dos antigos africanos e seus descendentes, sentenças em língua yoruba, os contos foram adaptados para a experiência da Mini Comunidade Oba Biyi por Mestre Didi, e por iniciativa dele, dando-lhes uma linguagem dramática contextualmente apropriada. Nessa linguagem sobressaem-se as dimensões estéticas emergentes da comunidade, especialmente a música percurssiva combinada com as danças dramáticas ou coreográficas.
FALA NAGÔ: E qual foi o papel dos contos no currículo pluricultural?
MARCO AURÉLIO LUZ: Foi fundamental! Em torno deles foram se organizando as atividades da aprendizagem, o espectro de conhecimentos de variados matizes, e que culminavam a cada semestre letivo no Festival de Artes Integradas Mini Comunidade Oba Biyi. Nessas ocasiões as crianças interagiam com a comunidade expressando emoções e conhecimentos de uma estética constituída de ludicidade, saber e alegria. Nessa toada fundou-se um novo território de aprendizagem, o da educação pluricultural africano-brasileira. Inaugura-se a possibilidade de circulação entre mundos sócio-culturais diferentes com liberdade e integridade.
FALA NAGÔ: Nos cursos de formação de professores há um uso impreciso de termos como multiculturalidade, interculturalidade, diversidade cultural...
MARCO AURÉLIO LUZ: Desde o início do projeto se falou em educação pluricultural. Eu entendo cultura como uma expressão derivada de contínuos civilizatórios. Falando em Brasil nós temos uma pluralidade de culturas derivadas do contínuo civilizatório aborígine, ou como se menciona geralmente de ameríndio, do contínuo civilizatório europeu, e do contínuo civilizatório africano, esse o mais antigo da humanidade.
FALA NAGÔ: Concluindo...
MARCO AURÉLIO LUZ: ”Do Mundo Fechado ao Universo Infinito”, como nos diz o título do livro do filósofo Alexandre Koyré. Os contos narrados e adaptados por Mestre Didi para a Mini comunidade Oba Biyi, além de constituir o currículo pluricultural, possuem uma dimensão especial. Eles transcendem a limitação imanente, da construção ideológica positivista da materialidade do “real” característico do contexto das projeções industrialistas mercadológicas sobre a escola oficial, e abrangem um outro real, isto é, o do universo infinito, lições de vida que compreendem o mistério do existir.
Neste sentido o currículo que emerge da tradição africano brasileira acompanha os valores, éticos e estéticos, e a visão de mundo herdada de nossa ancestralidade africana projetada desde os inícios da humanidade e suas primeiras e magníficas civilizações, cuja origem se perde na noite dos tempos...
MICHEL MAFFESOLI EM ORDEM DAS COISAS: PENSAR A PÓS-MODERNIDADEEditora: Forense Universitária/2016
Contra o racionalismo dessueto, o economicismo triunfante, o progressismo encantatório e a inautenticidade de suas fórmulas vazias, Michel Maffesoli canta a infinita ternura do mundo e nos lembra que o sentimento trágico da vida concorda com a Ordem das coisas.Neste novo ensaio, o teórico da pós-modernidade percorre com alegria o pensamento sociológico, perscruta as vibrações do viver-junto e insiste na oposição entre a potência horizontal secretada pela sabedoria popular e a rigidez do poder vertical, vinda de Deus ou das ideologias monoteístas.m
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
MICHEL MAFFESOLI EM HOMO EROTICUS PÓS-MODERNO: COMUNHOES EMOCIONAIS
Alquimias festivas, culto do prazer, começo da vida, retorno poderoso dos afetos e das emoções - Eros triunfa e nos ensina acerca da profundeza que se esconde sob a superfície das coisas, no oco de nosso cotidiano e de sua própria banalidade. Trunfo da razão sensível sobre os velhos racionalismos científicos, do querer-viver coletivo do indivíduo, de sua alegria dionisíaca sobre os monoteísmos dissecadores e morais áridas que esterilizam a ação. Triunfo de impulsões e do imaginário da progressividade criada por nossas elites e da virtuosidade de nossos bons pensamentos. Atento aos humores e aos entusiasmos secretos do corpo social, rodeados de vibrações do mundo que compõem nossa pós-modernidade, Michel Maffesoli assina uma obra importante, resultado de trinta anos de reflexão, um livro-manifesto que canta a eterna juventude do mundo e anuncia uma ruptura epistemológica destinada a renovar em profundidade as condições do pensamento filosófico. Orgia contemporânea, sobretudo pelo vigor e ousadia do pensamento.
RECOMENDAÇÕES DE LEITURA
Mônica Lemos Bitencourt.Salvador:Boa Ideia ,2016
EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIFERENÇAS: olhares (des)colonizados e territorialidades múltiplas
Mille Caroline Rodrigues Fernandes e Mariana Martins de
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
OBA NIJÔ
“Em Oba Nijo, O rei que dança pela liberdade, livro para o público infanto- juvenil, Narcimária do Patrocínio Luz nos leva a dar um passeio pela história da presença do negro baiano na luta pela liberdade através de um fato, a insurgência e revolta nas armações de pesca de Itapuã no século XIX, liderada por Francisco admirado como grande dançarino segundo as notícias oficiais... O ‘fato histórico’ é envolvido pela imaginação criativa dos valores e linguagens da tradição afro-brasileira. É a poética que vai constituir a narrativa de Narcimária. É a atmosfera da alusão à iniciação aos poderes da religião, que permite a autora embelezar seu texto com encantadoras fantasias. É todo um imaginário de encantamento poético que emerge dos fatos e torna-os mais reais.”
Marco Aurélio Luz
“Com muita alegria, felicito a Editora Pallas pela publicação muita oportuna deste belo livro de Narcimária Correia do Patrocínio Luz, OBA NJO, O REI QUE DANÇA PELA LIBERDADE, valiosa contribuição para a ainda escassa literatura infanto-juvenil afro-brasileira. A obra é enriquecida pelas ilustrações de Ronaldo Martins, imagens com traços e símbolos atraentes e significativos, inteiramente integradas e adequadas ao texto, coerentes com uma história de luta pela dignidade do povo negro no Brasil. Este livro não se direciona apenas a um público leitor afro-descendente, mas a todo brasileiro, independente de sua etnia ou origem, pois é de suma importância tanto o conhecimento e a divulgação de episódios de nosso passado histórico relativos à vida, ao labor e à resistência de nossos antepassados africanos, o que em geral ainda é silenciado, como a valorização da convivência na diversidade.”
Moema Parente Augel
COMUNICAÇÃO, MÚSICA POPULAR E SOCIABILIDADE
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
Recomendamos aos nossos visitantes o livro “Comunicação, Música Popular e Sociabilidade” de autoria do professor da Universidade Federal de Minas Gerais e um grande parceiro do PRODESE.
“O livro reúne pesquisas e estudos sobre diversidade de brasileiros afrodescendentes e eurodescendentes (negros e brancos) que aparecem através do repertório poético-musical (dito popular). Esta riqueza lítero-musical integra e ajuda a sustentar a formação sócio-cultural e histórica brasileira. Pelo rádio e pelo disco (mídias), vozes brancas e vozes negras criaram e propagaram canções que falam de amor, influenciadas pela origem étnico-cultural - produção coerente com o ethos, a ética, a lógica e a estética herdadas e recriadas pelos criadores que revalidaram ou reavaliaram valores originários de tradições míticas afro-brasileiras ou de tradições míticas cristãs e judaicas. Essas produções poético-musicais compõem uma rica e valiosa memória sonora e afetiva de dramas, de amores, de desamores e de errâncias de homens e de mulheres comuns. Cantando, esses brasileiros teceram e tecem, registraram e registram sua humanidade, no Brasil marcado pela diversidade étnica, cultural e social.” Dalmir Francisco
O livro pode ser adquirido na Fino Traço Editora no endereço
http://www.finotracoeditora.com.br/
ECOS QUE ENTOAM A MATA AFRICANO-BRASILEIRA
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
ECOS QUE ENTOAM UMA MATA AFRICANO-BRASILEIRA de autoria da professora Janice de Sena Nicolin
“O livro é fruto da análise da experiência vivida pelo Grupo Teatral Artebagaço em um colégio público de Ensino Médio na área de Língua Portuguesa, no bairro do Cabula, em Salvador. Concebida como Projeto Odeart, a experiência apela para a episteme africano-brasileira com o intuito de superar o etnocentrismo que alicerça as políticas públicas de Educação. Portanto, através da vivência no Cabula e do testemunho da história e sociabilidade de sua gente, a autora consegue trazer os problemas de educação com uma amplitude maior.”
O livro pode ser adquirido na editora EDUFBA no endereço http://www.edufba.ufba.br/
Preço : R$ 30,00
PARCERIA PRODESE E A TV ESCOLA
O PRODESE vem colaborando com o Ministério da Educação através da TV Escola,em programas,debates e publicações.
A seguir, algumas publicações recentes que contaram com a nossa colaboração e estão disponíveis no site http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/livros.asp.
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
PRODESE TV ESCOLA
NOVIDADE!
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AGADÁ DINÂMICA DA CIVILIZAÇÃO AFRICANO BRASILEIRA 3ª EDIÇÃO
Encontra-se disponível para compra nas Livrarias da Editora da Universidade Federal da Bahia e no setor comercial da Editora a 3ª edição da obra Agadá: dinâmica da civilização africano-brasileira, de autoria de Marco Aurélio de Luz.
Informações adicionais sobre este livro:
ISBN: 978-85-232-1074-8
Área: Ciências Sociais
Páginas: 596 p.
Formato: 17 cm x 24 cm
Peso: 870g
Preço: R$50,00
DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DIÁLOGOS E PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
A iniciativa de organizar esse livro é resultado de inquietações que apareceram durante nossa trajetória na Universidade, na área de Educação. É um livro que carrega não apenas as reflexões que fizemos durante anos na docência universitária, mas o fluxo de reflexões que permaneceram em nós, insistindo, incomodando e nos convidando a pensar para além dos grandes sistemas explicativos fincados na ortodoxia dos valores de prolongação colonial, ainda em voga nos espaços acadêmicos. Estamos comemorando dezesseis anos, e temos a alegria de festejar essa belíssima e corajosa trajetória, através da publicação deste livro. Autores/as Ana Rita Santiago, Henrique Cunha Júnior, Jackeline Pinto Amor Divino, Janice de Sena Nicolin, Januária Correia do Patrocínio, Magnaldo Oliveira dos Santos, Marco Aurélio Luz, Márcio Nery de Almeida, Mille Caroline Rodrigues Fernandes, Naiára dos Santos Bittencourt, Narcimária Correia do Patrocínio Luz, Ronaldo Martins dos Santos, Rosângela Accioly Lins Correia, Sérgio Ricardo Santos da Silva, Valdélio Santos Silva. Editora: EDITORA CRV/ ISBN: 978-85-8042-666-3/ Número de páginas: 246 Para adquirir o livro acesse a página da Editora CRV http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3796
O livro ITAPUÃ DA ANCESTRALIDADE AFRICANO-BRASILEIRA de autoria de
Narcimária C.P. Luz publicado pela EDUFBA, já está disponível nas livrarias.
Anotem onde o livro pode ser adquirido.
A EDUFBA dispõe de três livrarias: campus
do Canela (atrás da Reitoria), campus de Ondina (térreo da Biblioteca Reitor
Macedo Costa) e no Largo 2 de Julho, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO);
Também envia os livros para livrarias comerciais de Salvador (LDM, Civilização
Brasileira, Livraria do Aeroporto, Galeria do Livro e Livraria Nobel) e para um
distribuidor em São Paulo (Empório dos Livros
“Acredito em Educação como um caminho valioso para superarmos as
desigualdades sociais, a desesperança que toma o planeta... A Educação para mim
é uma forma de aplacarmos o ponto de interrogação que temos sobre o futuro.
Estamos vivendo uma sociedade que valoriza o ter mais que o ser... O dinheiro é
a máxima da vida agora, e esse valor coloca a vida por um fio...”
Professor Narciso José do Patrocínio diretor Presidente da ACRA
"Neste livro eu questiono o modelo de educação que temos hoje, oriundo do século
XIX e que não atende à modernidade, nem a especificidade de cada país... Não há
espaço para a diversidade cultural, nem para a sensibilidade. Há que considerar
os diversos saberes e incorporar a novidade... As formas de saber tem que dar as
mãos.. Não basta ter laptop e tablet nas salas. A questão da educação é o
professor. Tecnologias vão ser incorporadas se houver revalorização da função
dos docentes. O professor tem que estar no centro."
"Sou como fruta madura que cai lentamente. Procuro terra fértil para me transformar em semente e virar fruta novamente..." Mestre João Grande Essa sabedoria do Mestre João Grande,que marca a dinâmica da roda de capoeira,fez parte da nossa arte de viver e sonhar todos os dias de 2011 na ACRA. Continuaremos com ela nos nossos corações em 2012,compartilhando com outras pessoas que precisam acreditar na vida e a maturidade que a acompanha. As frutas que caem lentamente já anunciam o ciclo da vida. Estamos aqui de passagem... O mistério é transformamo-nos em sementes, que anunciam um futuro pleno, com outras frutas viçosas e saborosas que merecem ser compartilhadas com todos/as. A ACRA deseja que todas as crianças e jovens que hoje são sementes do amanhã, tornem-se belas frutas dignas para dar continuidade a outras SEMENTES. E a vida continua...
O arame tem a fibra de aguentar os toques da vareta ao som dos grãos contidos na palha trançada do caxixi.
Som:o resultante, terceiro elemento proporcionado pelo Senhor do movimento.
A cabaça - ventre no ventre constituindo a sonoridade.
Peixes , peixinhos filhos da Lagoa do Abaeté, filhos da CAPOEIRA.
Verde e Amarelo?
Ô sô, até na África sabem que ela é BRASILEIRA!,
Vá lá,Afrobrasileira!
A criação desse logo carregando toda essa concepção filosófica afrobrasileira é do escultor Marco Aurélio Luz
PRÊMIO DARDOS
O BLOG ACRA RECEBE MAIS UM PRÊMIO! PARABÉNS A TODA EQUIPE!
O Prêmio Itaú-Unicef visa reconhecer e estimular projetos de organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações socioeducativas, contribuindo, em articulação com a escola pública, para a educação integral de crianças e adolescentes. Ficamos muito honrados com o reconhecimento do nosso trabalho. Parabéns à toda Equipe ACRA DAYÓ"
Confiram o livro "Itapuã quem te viu e quem te vê" escrito para o público infanto-juvenil de autoria de Narcimária Luz
"Tun Óná Ri - Retomando o Caminho"
Esculturas de Marco Aurélio Luz - Elebogi. Á venda na Livraria EDUNEB (UNEB-Campus I, foyer do Teatro UNEB). (71) 3371-0107/ 0148 - Ramal 204 / 217
MOSTRA MIL CORES, MIL FOLHAS
Telas e poesias de Januária Correia do Patrocínio Luz que se intercambiam evidenciando a beleza do bairro de Itapuã e a sabedoria do viver cotidiano de sua população. A venda na Livraria EDUNEB (foyer do Teatro UNEB - UNEB, Campus I, Salvador). Telefnones: (71) 3371-0107 e 3371- 0148 - Ramal 204 e 217
"ALAFIÁ - PAZ E FELICIDADE"
Catálogo que reúne as Pinturas de Ronaldo Martins "frutos da árvore da sabedoria ancestral afriacana iorubá/nagô no Brasil". A venda na Livraria EDUNEB que fica no Campus I da Universidade do Estado da Bahia no espaço do foyer do Teatro UNEB. Telefones da EDUNEB (71) 3371-0107 ou (71) 3371-0148 - Ramal 204 ou 217
BLOG DA ACRA INDICA: Livro: OBA BIYI O REI NASCE AQUI
Marco Aurélio Luz e Deoscoredes M. dos Santos "Mestre Didi"
BLOG DA ACRA INDICA: Livro AGBON - ARTE, BELEZA E SABEDORIA ANCESTRAL AFRICANA
Ronaldo Martins é pesquisador do PRODESE, professor e artista plástico, para saber mais visite - http://www.ronaldomartinsarte.hpgvip.ig.com.br
"Todo indivíduo tem direito ao respeito da dignidade inerente à pessoa humana e ao reconhecimento da sua personalidade jurídica. Todas as formas de exploração e de aviltamento do homem, nomeadamente a escravatura, o tráfico de pessoas, a tortura física ou moral e as penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes são proibidos." (Artigo 5º - CARTA AFRICANA DOS DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS). Veja aqui o texto integral: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/africa/banjul.htm