Por Narcimária Luz
Selo
comemorativo
Criação
Marcelo Luz
A singularidade da obra Agadá Dinâmica da Civilização Africano-Brasileira reside, sobretudo, na implosão que o autor provoca com os limites positivistas, valorizando, a partir daí, as narrativas míticas da tradição africana como fonte da pujança do contínuo de civilização.
Sobre
isso, Marco Aurélio desenvolve reflexões importantes e decisivas para quem se propõe a fazer uma
imersão no Agadá.
Numa
dessas reflexões ele afirma:
“O
mito para nós, portanto, não somente se constituirá, na presente tese, no
principal discurso capaz de transmitir a especificidade da concepção de mundo
constituinte do processo civilizatório negro-africano, bem como sua forma
própria de comunicação, mas também, terão papel revolucionário de procurar
retirar-nos da ditadura da pretensa eficiência de "racionalidade" do
discurso científico para que se possa acordar e sair do pesadelo daquela
"paisagem de cogumelos atômicos".(1)
Goya
Lopes, "Fundo do mar"
Imagem
disponível em
https://www.premiopipa.com/2024/04/hanayra-negreiros-apresenta-exposicao-com-narrativas-entre-as-artes-visuais-e-a-moda/
“Somente
o mito poderá falar das diversas dimensões do existir característico da cultura
negra, onde o Ser é, e o não Ser também é: o mundo dos vivos, o existir dos
ancestrais, as forças cósmicas que governam o universo. Esse mundo e o além, em
processo de interação permanente. Em suma, o mito é o discurso capaz de
representar a vida e a morte, o tudo e o nada, o pleno e o vazio, o visível e o
invisível, o dito e o inefável, o mistério da existência ...”(2)
Imagem disponível https://blog.jumpinbed.com.br/cachoeiras-do-rio-de-janeiro/
“É o
mito que se constitui no discurso capaz de elaborar e realizar o reconhecimento
da alteridade, dos outros e do Outro, ao contrário da ciência totalitária, que
querendo explicar tudo, muito fala e pouco ou nada diz.”(3)
Awon
xekere kekere pequenas cabacinhas adornadas.
O
Xekere é importante instrumento sagrado na religião nagô.
No
universo simbólico nagô, há uma grande espiral mítica ligada aos feitos de Exu
Yangi, orixá representado por uma pedra (laterita) inaugural, de onde tudo se
desdobra para o infinito e reflete toda a dinâmica que energiza a vida
promovendo a expansão de civilização
envolta a comunicação entre Aiyê(mundo dos vivos) e Orun (o além).
Laterita
https://pt.dreamstime.com/rocha-laterita-sobre-fundo-branco-ou-tijolo-vermelha-%C3%A9-um-tipo-de-solo-causado-por-material-decaimento-chamado-processo-image180001928
Okotó
Foto
Narcimária luz
Esses símbolos espiralados de expansão, movimento, crescimento, dilatação, ampliação e extensão caracterizam a dimensão mítico-cósmica que rege a filosofia nagô e nela, um dos seus itans, que faz referência à origem de Exu Okòtò. Esse itan conta a façanha de Exu Okótó com Orumilá que adquiri, a capacidade de tornar-se múltiplo, amplificado, prolongado, expandindo os elos da espiral no orun, o além.
Estampa
Exu de Goya Lopes
Criação
feita para o afoxé Bandarere de Belo
Horizonte
,que em 2020 homenageou Exu.
Imagem
disponível em https://www.facebook.com/goya.lopes/photos/a.329896253819238/1723352914473558/?_rdr
A imagem dessa grande espiral “(...)desperta no seu interior a pulsação de movimentos dos quais se desdobram redes de alianças comunitárias, comunalidades. Nessa grande espiral, entrelaça-se a origem das cidades, compondo em seu traçado urbano elos de ancestralidade, cosmogonias, hierarquias, instituições, organização territorial, famílias, linhagens, grupos sociais, enfim uma vida social em que circula a dinâmica da existência, o ciclo vital que constitui morte, vida, nascimento, renascimentos, descendência.”(4)
Okotó
Foto Narcimária luz
Para que a espiral se expanda e irradie a dinâmica da complementação harmoniosa dos múltiplos e diferentes aspectos do existir, as células comunitárias instituem ritos de sociabilização que se caracterizam por cerimônias, celebrações, obrigações, ritualizações, condutas comportamentais prescritas por valores e linguagens características do patrimônio civilizatório que alicerça a espiral.
Imagem disponível em https://br.freepik.com/imagem-ia-premium/uma-concha-espiral-com-uma-ponta-pontiaguda-e-padroes-intrincados-fica-em-uma-superficie-de-madeira-rustica_312795932.htm
Através dos ritos de sociabilização, as pessoas passam a pertencer e serem dignas de respeito e admiração de todos os membros da sua célula comunitária, assumindo vínculos sociais que comunicam sua identidade própria e lhes dão acesso à hierarquização de poderes na dinâmica da espiral. São os ritos de sociabilização característicos das comunalidades tradicionais que constituem a dinâmica da formação social brasileira.
Aldeia Demini, Terra Indígena Yanomami,
Amazonas
Preparando a pupunha para festa
Foto: Kristian Bengtson, 2003
Imagem disponível em
https://img.socioambiental.org/d/373345-1/103_0302.jpg
Para a compreensão da dinâmica da espiral, Okòtò, é importante pensar que a fundação de uma cidade tem como ponto de origem o mercado e em torno dele vem o palácio, em torno do palácio se reúne as famílias, linhagens, hierarquias sacerdotais e política e assim vão se criando os elos que dão pulsação a espiral, que vai crescendo e expandindo vínculos de sociabilidade que organizam a vida das cidades.
Ilê
Ifé é um exemplo dessa dinâmica de expansão de civilização que teve
desdobramentos transatlânticos significativos, influenciando os modos de
organização das territorialidades africano-brasileiras.
Linhagens no entorno do afin palácio do Alafin em Oyo.
A família Asipá constitui uma das
sete linhagens fundadoras de Ketu e é originária de Oyo.
Assim,
a espiral Okòtò, desenha a circularidade de um tempo e espaço singular que
funda o traçado urbano das territorialidades, a dramatização da vida enfim,
histórias humanas.
Todo
um complexo de conhecimentos espiralados que permitem que cresçamos, juntos,
através de um forte laço comunal, tornando-nos uma das células dessa espiral.
Parafraseando Maffesoli (2007) [7], a prevalência daquilo que nos liga ao
outro.
Assim propus a metodologia compreensiva durante o ciclo de vivências na graduação e pós-graduação, primeiro por considerar que ela nos indica uma espiral imaginária, cuja estrutura é espontânea; segundo porque ela nos lança ao encontro de outras epistemes vinculadas às alteridades civilizatórias que dão pulsão e sabor às atividades de pesquisa que nos sempre propomos a realizar.
Na
nossa convivência com Muniz Sodré, aprendemos que é preciso pensar radicalmente
o lugar onde você está. Você só muda a partir da sua comunidade. Você só se
universaliza a partir da sua territorialidade.
Caruru (2022), de Goya Lopes.
Serigrafia
em tecido 100% algodão e impressão digital sobre tela.
Imagem
disponível em https://www.sescsp.org.br/editorial/uma-saga-afro-atlantica-exposicao-no-sesc-pinheiros-e-inspirada-no-livro-um-defeito-de-cor/
Ler e estudar Agadá é ousar a fazer o exercício de aproximação da espiral que caracteriza o PENSAMENTO AFRICANO BRASILEIRO.
É
uma obra que floresceu através do pensamento espiralado que cresce e se expande
como uma gestação, que liga a origem e o devir, a origem das comunalidades e as
experiências coletivas que as constituem.
Assim,
o Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira através da metodologia
compreensiva promove um exercício exaustivo de uma arqueologia das ideologias,
revisando criticamente conceitos e descrições identificando os obstáculos
ideológicos, colocando-as numa outra perspectiva que desestruture e/ou
desestabilize o racismo velado das grandes narrativas da abordagem histórica
que detêm o monopólio autocrático da suposta “verdade” que vem sustentando as
metodologias da pesquisa universitária.
Monumento
em homenagem a August Comte criador do positivismo evolucionista na praça da
Sorbonne Paris V.
https://paris1900.lartnouveau.com/paris05/places/place_de_la_sorbonne.htm
Agemo
o camaleão símbolo do conhecimento e sabedoria
Capa
do livro Pensamento Insurgente,2018/Edufba
criação do designer Marcelo Luz
Mas para além do universo mítico-simbólico da civilização africano-brasileira e toda a riqueza que o caracteriza, o livro se propõe também a sublinhar, que o elo mais forte do sistema colonial mercantilista escravista europeu foi o capital financeiro, e nele a atividade mais rentável era o tráfico escravista, que caracterizava a pedra angular do triângulo comercial Europa, África e América.
Tumbeiro
(2022), de Goya Lopes.
Serigrafia
em tecido 100% algodão e impressão digital sobre tela.
Imagem
disponível em https://www.sescsp.org.br/editorial/uma-saga-afro-atlantica-exposicao-no-sesc-pinheiros-e-inspirada-no-livro-um-defeito-de-cor/
Por
outro lado, o livro nos leva a perceber que o elo mais fraco desse sistema era
o próprio tráfico escravista, que proporcionava a incessante vinda dos
africanos para as Américas.
Esse
fato propiciou a expansão constante da insurgência de africanos nas Américas, a
exemplo de fatos históricos como Palmares, independência do Haiti , os grandes
quilombos da Jamaica, Cuba e, principalmente, a luta de afirmação existencial
cotidiana do povo negro, inviabilizando a acumulação mercantil escravista.
As
populações negras são apresentadas no livro como sujeitos coletivos da
história, que interferem diretamente no fim do tráfico e da escravatura, além
de repor, nas Américas, suas comunidades e instituições, baseadas em seus
valores, linguagens e formas de sociabilidade das suas diversas tradições
É
importante destacar a coexistência do contínuo civilizatório africano com as
civilizações fundadoras das Américas, marcando as diversas formas de
enfrentamento dessas populações.
Imagem disponível em https://conexaoplaneta.com.br/blog/o-kuarup-em-uma-aldeia-waura/
Agadá
aprofunda a perspectiva que trata da tensão entre os valores
etnocêntrico-evolucionistas que regem a sociedade oficial as comunalidades
africano-brasileiras e os povos originários, demonstrando, que é no seio dessa
tensão que se dá a dinâmica histórica das formações sociais nas Américas, para
além do paradigma das lutas de classe.
Exú Lonan o Asiwaju o que vai a frente abrindo os caminhos.
Escultura
de Marco Aurélio Luz
Foto:
Otun Elebogi
Essas
tensões se caracterizam pelo colonialismo e seus desdobramentos estratégicos,
como: catequização, políticas genocidas, políticas de embranquecimento,
repressão, recalque; por outro lado, há insurgências negras e dos povos
originários pela afirmação existencial e coletiva dos seus patrimônios
civilizatórios. Assim, essa luta envolve, portanto, formas geralmente desprezadas
pelos cientistas sociais, ou seja, uma dinâmica na microfísica do poder,
rotulada como "cultura", que abarca as tentativas de impor valores e
políticas de abandono para atender os interesses dos Estados transnacionais.
Ekun
meji dois leopardos símbolo de poder e nobreza africana
Escultura
de M.A.Luz
Foto
Hans Olubi
É de
suma importância ressaltar aqui, o repertório semântico que Marco Aurélio
semeou nas Ciências Humanas e Sociais, permitindo as gerações sucessoras o uso
de noções, categorias e conceitos que hoje fluem de forma leve e escorreita,
fortalecendo argumentações teórico-epistemológicas essenciais, a exemplo de:
processo civilizatório africano-brasileiro, continuum civilizatório,
ancestralidade, ideologia do recalque, dimensão lúdico-estética, Odara,
pluralidade cultural, akpalô, alteridade civilizatória, apartheid ideológico,
ancianidade, comunalidade, pedagogia nagô, dialética nagô, estética do sagrado,
dinâmica vivido-concebido, dimensão estética africano-brasileira da educação
episteme africano-brasileira, ética comunitária, genocídio neocolonial,
hierarquias comunais, identidade profunda, obstáculos ou entulhos
teórico-ideológicos, filosofia nagô, política de embranquecimento, pedagogia do
embranquecimento, patrimônio civilizatório, sociabilidade africano-brasileira e
outras tantas noções geradas através do pensamento africano-brasileiro.
Mulheres
e crianças Yanomami colhem folhas para transformar em timbó, substância que
utilizam para a pesca.
Imagem
disponível em https://survivalbrasil.org/povos/yanomami
Também é bom frisar que nem sempre essas noções, categorias e conceitos são aplicados com a devida ética exigida, omitindo o seu teor profundo, negligenciando a referência, a fonte, a qual é o Agadá de Marco Aurélio Luz.
Sobre
essa negligência, mais uma vez recordo do saudoso Professor e amigo Dalmir
Francisco, alertando-nos sobre o uso indevido do rico manancial de noções,
categorias e conceitos contidos no Agadá elaboradas por Marco Aurélio Luz.
“Fico
muito chateado ao ver pessoas usando os conceitos de Marco Aurélio extraídos do
Agadá, sem ter o zelo acadêmico de informar a fonte de onde os retirou.”
Dalmir Francisco(primeiro à esquerda da foto) saúda os tambores Bata do terreiro de Pai Adão no Encontro do INTECAB
Foto M A Luz
Agadá Dinâmica da Civilização Africano-Brasileira magnifica a episteme africana, abrindo perspectivas de afirmação do princípio de ancestralidade que dinamiza o estar no mundo de muitas comunalidades portadoras de sabedorias milenares.
Sendo
assim, ouso afirmar que o Agadá é um SAMBA!
Desfile
da Acadêmicos do Grande Rio em 2022 com o enredo homenageando Exú.
O
ator e dançarino Demerson D’Álvaro dramatizando Exu
Imagem
disponível em https://portalpopline.com.br/exu-grande-rio-primeiro-titulo-carnaval-carioca/
Samba
enredo e samba de roda!
É
samba, porque nos vincula à identidade profunda da civilização africano
brasileira, gerando um bom enredo que convida a formação de uma grande roda que
se expande como uma espiral.
Os
sambas se tornaram legendas na história do Brasil por várias razões: a primeira
por contar os modos de insurgência das populações negras e sua competência para
fundar territorialidades que recusam o recalque à sua alteridade civilizatória;
a segunda pela poesia que nos emociona e nos leva a dramatizar por meio da
dança e da ginga as situações que carregam a pulsão de sociabilidade
africano-brasileira.
Samba
de Roda
Ganhadeiras
de Itapuã
Imagem
disponível em https://todabahia.com.br/funceb-abre-inscricoes-para-projeto-mapa-musical-da-bahia/ganhadeiras-itapua-samba-roda/
Agadá
Dinâmica da Civilização Africano-Brasileira é o samba de roda, que traz o
movimento da espiral Okotô, pois tem a síncopa, cadência, ritmo e poesia que
expande a história e complexidade da civilização africana.
É samba, porque nos permite compreender o universo simbólico
mítico africano brasileiro e dele, aprender sobre como as comunalidades
africano-brasileiras repuseram suas tradições, instituições e sociabilidades,
mantendo com dignidade o legado das/os antepassados/as, características
essenciais no exercício do direito à nossa alteridade civilizatória.
Morro
da Mangueira
Voz
das comunidades
Imagem
disponível em https://vozdascomunidades.com.br/favelas/morro-da-mangueira-recebe-primeira-edicao-do-cinema-sobe-o-morro/
Alvorada
lá no morro/ Que beleza/ Ninguém chora/ Não há tristeza/ Ninguém sente
dissabor/ O sol colorindo é tão lindo/ É tão lindo/ E a natureza sorrindo/
Tingindo, tingindo” (Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Belo).
Agadá
nos chama atenção para a necessidade de transcender o discurso geográfico,
mensurável e estático que, esquadrinhando os espaços, diz o que é, e o que deve
ser o “morro”.
O
morro aqui é uma metáfora! Em cena estão todas as territorialidades no Brasil
imantadas pelo patrimônio de valores e linguagens africano-brasileiras.
Cartola
na comissão de Frente da Escola de Samba da Mangueira
Imagem
disponível em https://comissaodefrente.blogspot.com/2012/04/nossa-historia-cartola-mangueira-1978.html
“Podem
me prender/ Podem me bater/ Podem até deixar-me sem comer/ Que eu não mudo de
opinião/ Daqui do morro/ Eu não saio, não” (Zé Kéti).
De
um lado, a geografia e o traçado urbano eminentemente africano-brasileiro com
suas instituições e hierarquias; de outro, o asfalto (parafraseando Marco
Aurélio Luz) com a sua a geografia civilizatória racista e seu traçado urbano
asséptico produtivista, voltado para a acumulação de capital.
Morro
e asfalto, contraste da afirmação secular dos valores africanos-brasileiros
que, em espiral, nos liga à Rainha Nzinga dos reinos de Ndongo e Matamba, e
seus desdobramentos em Canudos no início do século XX.
Imagem
disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-favelas-cariocas.phtml
Todos
os sambas que destaquei falam das tensões e conflitos entre a singularidade
africano-brasileira e as políticas genocidas e de abandono que desencadeiam uma
dinâmica da violência que vem ceifando a vida de milhares de homens, mulheres,
crianças e jovens.
“Eu
sou o samba/ A voz do morro sou eu mesmo sim senhor/ Quero mostrar ao mundo que
tenho valor/ Eu sou o rei do terreiro/ Eu sou o samba/ Sou eu quem levo a
alegria/ Para milhões de corações brasileiros/ Salve o samba, queremos samba/
Quem está pedindo é a voz do povo de um país/ Salve o samba, queremos samba/
Essa melodia de um Brasil feliz” (Zé Kéti).
Zé
Kéti compositor do samba A Voz do Morro
Imagem
disponível em
https://www.cartacapital.com.br/cultura/ze-keti-a-voz-do-morro-que-ocupou-o-asfalto-nasceu-ha-100-anos/
Aqui
vale lembrar a preciosa expressão de Nei Lopes no prefácio da 5ª edição do
Agadá ao se referir a Marco Aurélio como um “herói fundador”.
É necessário fazer esse registro!
Awon Agbé e Caxixi
Arte de Narcimária luz
Por fim, insisto aqui em afirmar: a contribuição desse clássico, Agadá, dinâmica da civilização africano-brasileira exalta o pensamento africano, abrindo perspectivas de afirmação do princípio de ancestralidade que dinamiza o estar no mundo de muitas comunalidades na Bahia, portadoras de sabedorias milenares, nos permitindo a compreensão da África e sua expansão transatlântica nas Américas e Caribe a partir do repertório recriado aqui, tornando-o visceral em nossas vidas.
REFERÊNCIAS
[1] OJO, Afolabi. Yoruba Palaces, a Study of
Afins of Yorubaland. Londres:University of London Press 1966, p. 71
[2]LUZ,
Marco Aurélio. Agadá, dinâmica da civilização
africano-brasileira.Salvador:Edufba,1995.
[3]
Idem op cit.
[4] LUZ, Narcimária. Por uma metodologia compreensiva. In:LUZ, Marco Aurélio; Luz Narcimária (Org)Pensamento Insurgente, direito à alteridade, comunicação e educação. Salvador, Edufba,2018.
LUZ, Narcimária. Ritos De Sociabilização Enciclopédia Intercom de Comunicação.
– São Paulo: Sociedade Brasileira De Estudos Interdisciplinares da Comunicação,
2010.
MAFFESOLI. Michel. O Ritmo da Vida: variações sobre o imaginário pós-moderno.
Rio de Janeiro: Record,2007.