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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Lélia Gonzales





Legado de Lélia Gonzalez é tema de exposição e mesa no Pelourinho
Ações são promovidas pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias, unidade da SecultBA


Precursora do feminismo negro no Brasil, a vida e influência da intelectual, professora, militante e ativista política Lélia Gonzalez é tema de uma programação especial no Pelourinho. A abertura da exposição “Lélia Gonzalez: O Feminismo Negro no Palco da História” acontece na próxima terça-feira, 25 de julho, às 14h, data do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Já na sexta-feira, 28, às 16h, sete mulheres negras consideradas referências no meio cultural e da militância se encontram para debater os “Avanços nas conquistas a partir do legado de Lélia Gonzalez”. Toda a programação acontece na sede do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), casa 12, no Largo do Pelourinho.

A exposição, que já passou por Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é trazida pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através do CCPI, em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH) e o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher – Lauro de Freitas. Uma série de 16 banners relata a vida e legado de Lélia Gonzalez, a sua infância em Belo Horizonte e a partida com a família para o Rio de Janeiro, a sua brilhante jornada acadêmica, a tomada de consciência de sua situação como uma mulher negra numa sociedade em que o machismo e o racismo predominavam, iniciando a sua extensa trajetória como militante, que a levou a ter uma ativa participação política no Brasil e no exterior. Os quadros reúnem fotografias, cartas, relatos, imagens raras, depoimentos, um extenso material para não apenas conhecer a história, mas compreender de fato tudo o que Lélia representa. A visitação permanece até 31 de julho.

Também na abertura da exposição, 25 de julho, e em comemoração ao Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, é a hora do Sarau das Pretas, comandado pelo Slam das Minas BA. A ação consiste num encontro em que as poetas demonstram seus desempenhos com os versos, tudo isso com muita força, beleza e adrenalina. O evento é uma parceria da SecultBA com o Instituto Odara.

Penúltima filha entre 18 irmãos, vinda de origem humilde, única da casa a ter ido além do ensino superior, Lélia Gonzalez foi a personificação de uma mulher à frente do seu tempo, inspirando outras mulheres de sua geração e também as gerações seguintes. Sete destas mulheres negras que mantém o legado de Lélia estarão reunidas para conversar sobre os avanços nas conquistas a partir de tudo o que ela deixou. São elas a diretora do CCPI e co-fundadora do Movimento Negro Unificado e do Ilê Aiyê, Arany Santana; a militante negra, feminista, psicóloga e perita criminal Vanda Menezes; a professora, coreógrafa e dançarina do Balé Folclórico, Nildinha Fonseca; a presidente do projeto Didá, Débora Souza; a empreendedora de estética e Rainha do Ilê em 1980, Gerusa Menezes; a professora universitária e militante Ana Célia; e a jornalista, apresentadora de TV e militante Wanda Chase. O debate será na sexta-feira, 28, também na sede do CCPI, às 16h, e o acesso é gratuito.

O Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) é responsável pela execução, proteção e promoção das políticas públicas de valorização e fortalecimento das manifestações populares e de identidade, orientadas de acordo com o pensamento contemporâneo da Unesco e do Ministério da Cultura. Seu campo de atuação contempla a cultura do sertão, de matrizes africanas, ciganas e indígenas, LGBT, infância e idosos. Coordena o projeto Pelourinho Cultural, responsável pela programação artística dos largos do Pelourinho e suas grandes festas populares.


Serviço:

Exposição Lélia Gonzalez: O Feminismo Negro no Palco da História
Abertura: 25 de julho, 14h
Atração: Slam das Minas – BA: convida Sarau das Pretas
Visitação: 25 de julho a 31 de julho de 2017
Local: Hall do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Casa 12, Largo do Pelourinho
Funcionamento: segunda a sexta, 08h30 às 12h e 13h30 às 17h30
Gratuito

Mesa redonda: Avanços nas Conquistas a partir do legado da Lélia Gonzalez
Participantes: Arany Santana; Vanda Menezes; Nildinha Fonseca; Débora Souza; Gerusa Menezes; Ana Célia; Wanda Chase.
Local: Salão principal do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Casa 12, Largo do Pelourinho
Data: 28 de julho, 16h
Gratuito


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