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PRODESE E ACRA



VIDA QUE SEGUE...Uma
das principais bases de inspiração do PRODESE foi a Associação Crianças Raízes
do Abaeté-Acra,espaço institucional onde concebemos composições de linguagens
lúdicas e estéticas criadas para manter seu cotidiano.A Acra foi uma iniciativa
institucional criada no bairro de Itapuã no município de Salvador na Bahia, e
referência nacional como “ponto de cultura” reconhecido pelo Ministério da
Cultura. Essa Associação durante oito anos,proporcionou a crianças e jovens
descendentes de africanos e africanas,espaços socioeducativos que legitimassem
o patrimônio civilizatório dos seus antepassados.
A Acra em parceria com o Prodese
fomentou várias iniciativas institucionais,a exemplo de publicações,eventos
nacionais e internacionais,participações exitosas em
editais,concursos,oficinas,festivais,etc vinculadas a presença africana em
Itapuã e sua expansão através das formas de sociabilidade criadas pelos
pescadores,lavadeiras e ganhadeiras,que mantiveram a riqueza do patrimônio
africano e seu contínuo na Bahia e Brasil.É através desses vínculos de
comunalidade africana, que a ACRA desenvolveu suas atividades abrindo
perspectivas de valores e linguagens para que as , crianças tenham orgulho de
ser e pertencer as suas comunalidades.
Gostaríamos de registrar o nosso
agradecimento profundo a Associação Crianças Raízes do Abaeté(Acra),na pessoa
do seu Diretor Presidente professor Narciso José do Patrocínio e toda a sua
equipe de educadores, pela oportunidade de vivenciarmos uma duradoura e valiosa
parceria durante o período de 2005 a 2012,culminando com premiações de destaque
nacional e a composição de várias iniciativas de linguagens, que influenciaram
sobremaneira a alegria de viver e ser, de crianças e jovens do bairro de
Itapuã em Salvador na Bahia,Brasil.


domingo, 11 de maio de 2014

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM ITAPUÃ :50 ANOS DO COLÉGIO ESTADUAL GOVERNADOR LOMANTO JÚNIOR


Foto do acervo do Professor Narciso José do Patrocínio

Por Camila Barreto

Fundado no ano de 1964, o Colégio Estadual Governador Lomanto Junior, completou 50 anos de atuação no último dia 07 de março. A instituição pública que começou com seis salas e pouco mais de 130 alunos, no antigo Clube Pinaúna, cresceu vertiginosamente em cinco décadas.  Atualmente, estudam cerca de 1.700 alunos, possuindo turmas desde o Ensino Fundamental ao Médio, além de cursos profissionalizantes.
Mais do que um colégio, o ex-diretor Narciso José do Patrocínio (79), que trabalhou durante 16 anos, considera que a chegada da instituição foi um divisor de águas na história de Itapuã. “Gosto de usar um discurso do professor Fraga Lima. Itapuã teve duas fases: antes do Lomanto e depois do Lomanto. O professor Cid Teixeira, um dos grandes mestres na Bahia, também tem uma frase que gosto de usar: o homem de Itapuã viu primeiro o avião, para depois ver o automóvel”, diz.


Professor Narciso em uma das inúmeras homenagens recebida em reconhecimento pela sua dedicação a educação na Bahia

Nessa linha, o educador destaca que o Lomanto Júnior foi a primeira instituição do bairro a ter o curso de ginásio. “Até então, a população só conseguia fazer o curso primário. Em consequência, ficou anos reprimida, sem ter para onde avançar”, afirma Narciso. “Com a abertura do Lomanto Júnior, comecei a presenciar pai, mãe e filho estudando juntos. Muitos retornavam à sala de aula, para concluir a formação no ginásio”, completa.
Narciso conta que em 1966, começam a funcionar os cursos de Contabilidade, para o 2º grau e o curso Normal ou Magistério. Nesse mesmo período, o ex-diretor que acabava de ser contratado, teve como missão resgatar as tradições de Itapuã para a sala de aula, incluindo os grupos folclóricos e as atividades culturais.
A partir disso, o colégio começou a viver tempos de ouro, com a conquista de prêmios em campeonatos educativos e esportivos, como as Olimpíadas Baiana da Primavera, em 1971 e o Festival de Música Estudantil. Outro destaque era o grupo folclórico do colégio, que viajava com o governador para apresentações sociais. “Isso levantou a autoestima da comunidade e dos alunos”, diz.



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